15° Capítulo

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Como já se estava a fazer tarde, decidi voltar para a minha cabana em que a única coisa que queria naquele momento era dormir. Já repararam no que me tem acontecido desde o primeiro dia? Parece que estou aqui á uns dois meses e na realidade só passaram dois dias! Estou tão cansada, mas isso não me vai impedir de descobrir quem escreveu aquele bilhete. E aparentemente, esse alguém não gosta de mim por alguma razão.

Estou prestes a chegar á minha cabana quando algo, que presumo que seja uma corda, me faz uma rasteira. O meu dia ainda não acabou.





-Desastrada!- berrou um.

-Inútil!- disse outro.

-Ridícula!- afirmou uma voz feminina.

-Falhada!- Gritou outra voz, mas aquela já me era familiar. "Constança"





Não me consegui mexer porque a pancada tinha sido forte e tinha batido com a cabeça numa parte do chão feito de aço. Sentia o meu nariz a deitar sangue e a ouvir umas vozes:





-Estás bem?- sabia que era um rapaz pelo timbre de voz mas não conseguia ver muito bem.

-Uhhhhmmmmm!- digo tentando transmitir a sensação de dor que estava a ter naquele momento.

-Eu vou chamar alg...- não acabei de ouvir o que o rapaz ia dizer porque desmaiei por completo.





(...)





Sinto um liquido a escorrer pela minha garganta com sabor a mirtilo e pepitas de chocolate e começo a abrir os olhos.

-Olá Anna!- disse Teodor.

-Hey!! O que fazes aqui?- perguntei.

-Eu tenho estado da trabalhar, mas não quer dizer que esteja desligado deste mundo.

-Aí!- disse com uma forte dor de cabeça.

-Não te podes mexer. Tens que ficar em repouso absoluto, até recuperares por completo.

-Teodor, o teu tempo acabou. Estão mais pessoas a querer entrar.- disse uma rapariga jovem, que penso ser uma enfermeira.

-Anna eu vou ter de ir mas não faças nenhuns esforços até recuperares, ok?

-Ok!- disse num tom de brincadeira.





Teodor saiu da sala onde me encontrava e cerca de 5 minutos depois vejo um rapaz loiro, entroncado...O namorado da Constança! O que é que ele faz aqui?









-Olá!- cumprimentei na tentativa de terminar com aquele ambiente constrangedor.

-Olá, então como ficaste assim?- questionou.

-Estava a ir em direção á minha cabana, quando tropeço em algo e caio.- respondi, ocultando a parte de ter ouvido insultos e de um deles ser da sua namorada. Acho que isso não me ia facilitar a vida.

-Fui eu que te encontrei no chão, e chamei ajuda.- o rapaz disse aquilo e eu abri a boca sem prenunciar nenhum som, com ar de espanto.

-Muito obrigada, nem sei como te agradecer!

-Não tens que agradecer, não fiz mais que a minha obrigação.

-Eu tenho que agradecer! Se não fosses tu eu poderia estar num estado bem pior.- disse num tom de agradecimento.- Nós já não nos cruzámos antes?- aquela era obviamente uma pergunta retórica, mas eu queria fazer conversa.

-Já, mas não te perguntei o nome.

-Annabeth Chase,mas podes-me chamar só por Anna. E teu?

-James Darkness.

-Posso saber de que cabana és?- questiono curiosa.

-Cabana 8, filhos de Apolo.- respondeu.

-Eu sou da caban...

-Não precisas de dizer. Eu sei.

-Como é que sabes?

-Eu estava presente na tua praxe.





Ó meu Zeus, que vergonha! Será que ele viu aquele líquido a escorrer pelo meu corpo? "Claro que sim, parva, isso aconteceu três segundos depois de dizerem de quem és filha"- disse o meu subconsciente. Acho que nunca estive tão envergonhada.





-E chegaste a ver...ahm...tu sabes, penso eu.

-Sim. Não te preocupes com o que se passou. Acontece todos os anos, mas a parte dos insultos foi novidade este ano.

-Sinto-me tão privilegiada!- disse com sarcasmo.

-James, vais ter que ir embora. As visitas já acabaram por hoje.- avisou a enfermeira.

O rapaz levantou-se sem se despedir não transparecendo qualquer emoção.

Adormeci minutos depois, adormeço a pensar em olhos castanhos brilhantes, e cabelos loiros perfeitamente despenteados.









#Hey!! Td bem?

Está aqui mais um capitulo!

O que estão a achar da história?

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Bjinhos,

xx Lu :)

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