Capítulo 16

744 50 5
                                    

Hailee

Decidida. Era como me encontrava, eu visitaria minha mãe, eu precisava vê-la depois de tudo. Peter, não voltaria tão cedo, fazia dias que não a visitava. Quando entro no meu antigo lar, memórias ressurgem como pisca pisca. Balanço a cabeça, para evitar lembranças.

- Cheri - chamei-a pelo nome é puro hábito adentro na cozinha - Mamãe, você tá aí?

- Aqui querida.

Enunciou ela com a voz distante. Se não está na cozinha, indica que ela está no jardim. Rumo ao jardim apressadamente, como se minha vida dependesse disso. Assim que a avisto, meu coração bombeia com mais tranquilidade. Cheri, está com os cabelos ondulados soltos, e pendidos com uma tiara cor azul, seus olhos claros, me fitam e se contraem em estranheza.

- Mamãe - murmuro querendo abraçá-la e é assim que faço correndo para seus braços - Sentir, tanto sua falta.

Ela me afaga, me recebendo e embrenhando seus dedos delicados na minha nuca.

- Oi, Hailee. O que foi filha? Que carinha é essa?

Perguntou afetiva assim que me afasto. Se eu contasse a ela, os motivos da minha tristeza, Cheri não me perdoaria. Saber que Peter, está a atraindo e sem se importar, é um golpe.

- É saudade mãe.

- Se meteu em encrenca - adivinhou franzindo a testa nada surpresa - Vê se cresce Hailee. Já é bem grandinha para ficar dando trabalho.

- Despedir meu empresário.

Revelei num relampejo, e Cheri assente seriamente.

- Brigaram. Não me é novidade, levando em conta que você o dispensou. Foi precipitado, ou é uma decisão definitiva?

- Definitivo mãe. Nick, não estava se empenhando como deveria. Ele vivia fazendo fofocas para o papai, como se eu fosse de menor. Caramba, sou eu quem pagava o salário dele. Cansei de ser passada para trás.

Cheri arqueia a sobrancelha.

- Finalmente, confesso que não ia com a cara do fedelho. Eu te disse uma vez, que deveria avaliar a contratação, mas você deu ouvidos ao seu pai. E ele já tá sabendo?

- O que você acha? Nick, fez questão de pedir o osso para ele. Peter, alegou que não aprovou minha atitude. Mas ele que se acostume, Nick, não me empresaria mais.

- Você tem que contratar um novo. Sabe que precisa de empresário, e ficar sem um gerará prejuízo.

- Estou procurando um. Camila ficou de marcar entrevista. Mãe, eu vim saber como você está.

Cheri sorri de canto. Um sorriso não muito convicente.

- Preocupada com seu pai - ela revela tensa fazendo com quê a culpa me pese - Peter, não me telefonou a dois dias. Eu liguei para ele, e cai na caixa postal. Como se ele tivesse bloqueado meu número, ou só me ignorando mesmo.

- Deve ser a reunião com os acionistas. Mamãe, não fique preocupada - entrelaço nossas mãos - Papai, está bem. Atolado de serviços, ele faz de tudo para imperiar ainda mais, e por nós.

- Tanta dedicação, eu queria que ele arranjasse tempo para família - confessou aborrecida - Você não entenderia filha. Nunca se apaixonou, ao ponto de querer o parceiro sempre por perto. O amor não sustenta, não paga as contas e nem banca a alimentação. No entanto ele é prioridade, envolve fidelidade, companheirismo e parceria. Coisa que a muito tempo, seu pai não se esforça para demonstrar.

Se ela soubesse, ou sequer suspeitasse que ele está demonstrando descaradamente e com várias vadias em Londres. Meu pai vou um bom educador, me ensinou e me impulsionou a ser a mulher que sou hoje. Entretanto desaprovo e repudio a normalidade e naturalidade que ele denomina a traição. Neste ponto, sou desfavorável a ele, e não posso mover-me contra sua canalhice.

Efeito Safica Onde histórias criam vida. Descubra agora