Concorrência a presidência

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Christopher Von Uckermann

Quando meus avós morreram, deixaram o Hospital Imperial Clin Uckermann na divisão do meu pai e meus dois tios Henrique e Guilherme. Meu pai tinha bastante interesse por ser o melhor médico cirurgião plástico, meu tio Guilherme após o nascimento de Anahí não quis se envolver com nada do hospital, já Henrique sempre teve interesse pela presidência até porque era o mais ambicioso

Henrique queria deixar Alessandro na presidência, acontece que meu avô deixou claro no testamento que o hospital só teria um novo presidente se fosse um dos três filhos, caso não fosse nenhum dos filhos, o neto ou neta que lhe desse um bisneto primeiro mesmo em morte, essa foi a cláusula principal no testamento

Eu confesso não tinha interesse na concorrência da presidência do hospital, meu único intuito é apenas trabalhar no hospital de meu avô e honrar o nome dele. Me formei em medicina muito cedo, logo após conclui fazendo Neurocirurgia e hoje posso falar com orgulho que sou o melhor e maior Neurocirurgião da região, você só consegue abrir um crânio quando se tem um domínio muito grande sobre essa anatomia e o meu futuro é continuar oferecendo o que eu tenho de melhor para os meus pacientes

Alexandra – Eu acho que você deveria concorrer à presidência também, tem tanto direito assim como Alessandro

Christopher – Mãe, a vontade do vovô não era essa e a senhora sabe!

Alexandra – Claro que era, o testamento foi aberto e estava a clausula lá bem clara que o primeiro neto a ter filhos teria a presidência

Christopher – Mamãe, por favor! Eu me contento em ser apenas chefe Cirurgião, amo o que faço

Alexandra – Você também precisa pensar em Ana Heloísa meu filho, esse hospital depois vai passar a ser dela também

Christopher – Mamãe, a Ana tem apenas sete anos e independente do que ela quiser, eu estou muito bem profissionalmente e financeiramente também. Agora bom dia, eu preciso ir levar Ana Heloísa na escola e ir para o trabalho

Ana Heloísa é minha princesa, tem apenas sete anos, mas uma cabecinha de adulto, eu tive muito medo de cria-la sem a mãe até porque a mesma foi embora três meses depois que ela nasceu. De inicio eu fiquei desesperado, até leva-la para faculdade eu levava só para não a deixar com nenhum desconhecido, quando nos tornamos pais é raro deixarmos nossa cria com qualquer pessoa, até mesmo se for conhecida

Ana Heloísa – Papai, eu posso ir com o senhor?

Christopher – Não princesa, você vai para escola e eu vou para o trabalho

Ana Heloísa – Tudo bem, eu peço pra tia Anahí me levar para o trabalho com ela

Christopher – Anahí não vai me desobedecer a Ana, vá para escola sim! De tarde quando eu lhe buscar, a gente almoça e eu compro um sorvete para você. O que acha?

Era difícil dizer não a Ana, contudo, uma criança não vive apenas de SIM, mas sim de limites. Fui para reunião encontrar meu pai, ele está querendo se aposentar e passar a presidência mesmo eu dizendo que não quero

Victor – Meu filho, entenda que eu não confio em Alessandro. Sei que o hospital decairia nas mãos dele, ele é ambicioso e faz de tudo por dinheiro

Christopher – Pai, o senhor sempre me apoiou quanto a isso! Sempre foi a favor e contra o que a mamãe queria

Victor – É diferente meu filho, sua mãe só quer que você aceite essa presidência por questão de dinheiro e ego. O ego dela é maior do que ver o Alessandro sentado em uma cadeira que aos olhos dela deveria ser sua

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