Despejadas 🧳

376 48 175
                                    

Dulce María Espinoza Saviñón

Que noite maravilhosa passei com Christopher, foi algo novo e eu me sentia nos céus. Claro que meu corpo estava parecendo que havia sido atropelada por uma capivara raivosa e a culpa é toda do Crossfit, se algum dia eu quis dar uma de crossfiteira, não era eu!

Fiz de tudo e mais um pouco, até dancei ao pole dance tentando seduzir o Chris, mas tudo que consegui foi parecer uma lagartixa que se perdeu da família, nosso jantar foi maravilhoso também, tanto que até esquecemos todo o banquete japonês em algum canto daquele quarto

Perdemos totalmente a hora, na verdade eu não vi a noite passar tão depressa como passou, contudo, acredito que dê para aguentar um plantão de doze horas ou melhor, de menos de doze até porque já havíamos no atrasado. Christopher pagou tudo e me deixou em casa até que eu arrumasse uma peça de roupa para trabalhar

Dulce – Maitê? Já acordada? Aconteceu algo? – Notei que minha irmã não havia dormido a noite por conta das olheiras – Eu mandei mensagem avisando que passaria a noite com o Chris

Maitê – Está tudo indo Dulce, ontem a dona Bel pediu que desocupássemos a casa. Nos deu uma semana para encontrar para onde ir

Dulce – Mas porquê? Estamos com o aluguel em dia, não? Porque vamos ser despejadas?

Maitê – Estamos, mas ela vai aumentar o aluguel Dulce. Não há o que fazer, eu já tentei de tudo e ela está irredutível

Dulce – Eu pago, eu tenho guardado e agora eu trabalho Mai, não temos com o que se preocupar

Maitê – Dulce, as coisas não são assim. Ela triplicou o valor do aluguel e se formos pagar com seu salário vamos acabar passando fome, eu estou desempregada irmã

Dulce - Aquele esqueleto judiado está pensando o que? Ela que enfie essa caixa de fosforo que ela chama de casa no cu dela! – Sai pisando duro enquanto arrumava minha roupa de serviço

Maitê mora aqui desde que se casou com Samuel, inclusive foi ele mesmo que alugou essa casa junto com a Mai e desde então sempre pagamos o aluguel rigorosamente bem até porque apesar de pequena, é uma casa boa de se viver e próximo de tudo que precisamos, mesmo que o valor seja alto sempre seguramos as pontas

Maitê – Não fica assim Dulce, você chegou com um sorriso tão lindo no rosto. Se eu soubesse eu não te contaria

Dulce – E ia contar quando? Quando eu chegasse e encontrasse minhas coisas na rua Mai? Isso não é certo, você vive aqui a anos, tem ótimas lembranças dessa casa – Notei a mesma derramar algumas lágrimas – Não fica assim minha irmã, estamos juntas nessa!

Maitê – Como se não fosse tudo, chegamos noticias de que meu pai foi visto pelas redondezas Dul

Dulce – Onde? Vamos procura-lo Mai

Maitê – Eu já fiz isso, passei a noite inteira rodando a rua para ver se encontrava, mas nada – Abaixou o olhar para disfarçar as lágrimas – Eu vou sair para procurar trabalho, encontrando eu vou fazer de tudo para encontra-lo e vou o internar

Dulce – Eu sei o quanto é difícil Mai, mas não perca as esperanças, quando eu largar do serviço eu venho correndo para te ajudar a procurar, eu prometo!

Maitê – Você está com uma cara de acabada Dulce, é melhor que mais tarde você descanse!

Dulce – Que nada, é só das varadas que eu levei mesmo, nem dormimos a noite contudo, nada que café reforçado não me desperte e mais tarde eu vou te ajudar a procura-lo

Maitê - O Christian está de folga hoje e ficou de passar o dia comigo, vamos procura-lo juntos

Dulce – Um ódio que a policia não queira se movimentar por ser um caso de alcoolismo, não prestam para nada!

| Cura-me | Vondy |Onde histórias criam vida. Descubra agora