Sequestradora de crianças 🧷

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Ele me viu, portanto, não pareceu nada assustado para quem estava traindo a mulher tendo filho fora do casamento

Victor – Minha nora querida, que prazer em te ver por aqui! - Abriu um sorriso cínico

Dulce - Sua cara não arde não? Tudo bem que dona Alexandra já esteja velha, enrugada, mas ela mudou e não merece essa traição

Victor - Eu não estou entendendo Dulce - Franziu o cenho - Que traição?

Dulce - Não seja cafajeste! O senhor nem tem mais idade para dar no coro, mas logo largou uma de barriga fora do Brasil

Victor - Dulce, essa criança é meu afilhado! É filho de um amigo meu que trabalhou no hospital, lembra que você atendeu a ex-mulher dele com Christopher?

Dulce - Não

Victor - Lembra, claro que lembra, ele trabalhava lá no hospital e engravidou uma secretária, ele a mandou para longe por ser casado e arcaria com todas as despesas, quando nasceu a mãe mandou uma mensagem para ele escrito pão de queijo

Dulce - Meu Deus, eu lembro! A mãe das crianças ainda mandou um cartão postal escrito "Três pães de queijo, dois com linguiça e outro sem", mas não me diga que o senhor que anda sendo o provolone dessa família

Victor - Claro que não minha querida - Gargalhou - Ele é apenas um dos gêmeos, esse meu amigo se casou com a mãe das crianças assim que a esposa dele descobriu a verdade e eu vim visitá-lo por ser aniversário dele, mas estou surpreso em te encontrar por aqui

Dulce – E o senhor não sabe que eu iria vir para Argentina? – Ele focou na toalha entre meus braços que já que soava um chorinho fino

Victor – Isso é uma criança Dulce? De quem é essa criança? - Ouvimos uma correria e eram os policiais atrás de mim

Dulce – Seu neto, eu estava grávida e não sabia! Passei pelas reuniões e hoje cedo eu dei à luz sem nem mesmo saber que estava grávida, uma experiência única fazer o meu próprio parto – Ele arregalou os olhos ficando branco feito um papel – Eu já estava indo de volta para o Brasil, mas esses policiais não me deixam ir

Victor – É claro, é preciso da certidão de nascimento dele, Dulce, você já o levou para o hospital para ver se está tudo bem? – Pegou meu filho dos meus braços – Que coisa mais linda, meu Deus!

Dulce – Sim, é tão calminho!

Victor – E qual é o nome dele?

Dulce – Vittor Fernando em homenagem aos dois avós – Percebi a emoção em seu olhar – Eu só quero ir para o Brasil seu Victor, apenas isso!

Victor – Iremos, faça o seguinte! Vou chamar o pai de Enzo para o leva para casa, ele é meu afilhado! – Bagunçou os cabelos do menino – E eu vou ficar com você no hospital até dar o momento de ter alta

Dulce – Mas eu preciso falar com Christopher – Choraminguei

Victor – Pode deixar que eu ligo para ele e te passo seu celular

Os policiais me levaram ao hospital, fizemos exame de DNA já que eles estavam desconfiados de que eu fosse uma sequestradora de crianças, ao invés de ser a mãe do menino e logo após eles foram embora. A enfermeira levou o meu menino e eu pedi que seu Victor o acompanhasse, até porque eu tinha medo que algo pudesse acontecer por lembrar que a última vez em que vi Pérola quando pequena foi no hospital também, meu celular voltou a tocar e eu atendi, era Christopher em uma chamada de vídeo, então logo atendi

Christopher – Oi meu amor, veja o desfile conosco!

Ana Heloísa estava linda na passarela, toda cheia de poder e era assim que eu queria ver a minha menina, alegre, feliz e confiante de que esse é apenas o começo. Comecei a chorar de imaginar qual seria a reação deles, ao descobrirem que nossa família agora há um novo membro

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