O início de tudo

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Dulce María Espinosa Saviñón

Minha vida sempre foi muito complicada, perdi meu pai aos dez anos ficando apenas minha irmã Maitê e minha mãe, se é que pode chamar aquela mulher de mãe. Quando ele morreu eu pensei que ficaríamos na pior porque minha irmã só tinha dezoito anos, trabalhava de recepcionista e claro tinha a ajuda do pai dela, mas não poderia abusar até porque ele não tinha obrigação alguma comigo

Aos dezoito anos eu era como qualquer garota da minha idade com sonhos e cheia de planos para minha vida, entre eles eu tinha o sonho de ser mãe, um deles eu conseguiria que era me formar na faculdade de medicina. Meu sonho foi desde pequenininha quando via meu pai ajudar aos vizinhos ao qual não tinha condições de ir ao hospital, levávamos uma vida humilde, porém muito confortável e nunca nos faltou nada, principalmente nos estudos que mesmo depois de morto nos deixou uma grande quantia para que eu realizasse meu sonho de fazer medicina e para o futuro de Mai mesmo ele não sendo o pai

Não preciso nem dizer que minha mãe odiou não ter recebido um por centro dessa quantia, dizia que meu pai deixou um peso morto para ela. Eu sofri bastante com a ausência dele desencadeando um transtorno alimentar, ganhei peso dos meus dez até os dezoito anos que foi quando minha mãe quis fazer negócios com um dos donos do hospital central da cidade

O filho dele era um dos piores seres humanos da face da terra, com fama de ser mulherengo e também envolvido com drogas, por conta disso que o pai queria o casar o mais rápido possível com a intuição de deixar o hospital para ele achando que talvez ele criasse juízo

🧾 Tempos atrás 🧾

Blanca - Dulce Maria arrume-se que receberemos a visita do senhor Henique Uckermann nesta casa

Maitê - E para que mamãe? Ele pretende dar um emprego para Dulce agora que faltam dois anos para que ela se forme?

Blanca - Muito Melhor! Sua irmã se casará dentro de um ano, antes mesmo se formar

Dulce - O que mamãe? Eu não posso me casar! Sabe bem que meus planos não envolvem me casar, não agora

Blanca - Eu pouco me importo com seus planos Dulce Maria, você não imagina os milhões que ganharei com esse casamento promissor

Maitê - E porque não casa a senhora? Já que quer tanto o dinheiro, casa-se a senhora! - Maitê sempre foi meu braço direito

Blanca - Na verdade você que deveria estar se casando com ele por ter a mesma idade que Alessandro, o filho de Henrique, contudo, você prefere ficar com aquele morto de fome do seu namorado

Dulce - Mas mamãe, eu não quero me casar

Blanca - Já disse que você não tem querer Dulce Maria, além de tudo você é minha única filha virgem da maneira como Henrique quer. Veja se não coloca aquelas roupas que marcam os seus pneus, enfie-se dentro de uma cinta modeladora

E foi exatamente naquela noite que o meu tormento começou, Alessandro disse que jamais poderia se casar com uma pessoa acima do peso como eu estava e desse dia em dia eu passei a comer apenas alface e frango. Todos os dias era acordada as cinco da manhã para caminhar até as nove, na parte da tarde fazia mais três horas de academia e apenas me restava tempo a noite para estudar, essa foi a minha rotina por longos dois anos

Quando completei vinte anos eu achei que seria o ano da minha liberdade, até porque foi o ano em que me formei a Médica, fui a oradora da turma e era nítido o orgulho que minha irmã carregava nos olhos. Ela já estava noiva de Samuel, portanto, ele veio a falecer em um assalto quando voltava do trabalho e com isso ela estava vivendo um momento de luto

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