Eu não sabia bem o que fazer, estava em outro país, sozinha, não sabia como falar a mesma língua que as pessoas e além do mais Victória que era a única que falava com perfeição, não estava ali por perto para me socorrer, tentei me levantar para alcançar o celular e a dor passou a durar por mais tempo, comecei a sentir a necessidade de empurra, não conseguia acreditar no que estava acontecendo, eu continuava a menstruar, eu não tive enjoos, desejos, nenhum tipo de sintoma, como poderia eu estar grávida?
Ainda era uma novidade porque ainda assim eu pensava ser algum tipo de cisto que estourou, ou até mesmo algum problema com o meu útero que estivesse com necessidade de empurrar, mas quem é que eu queria enganar sendo médica? Pelos sintomas, pelas dores as quais tive experiência com a Pérola só pode ser uma coisa, eu estou grávida! Grávida de um filho do Christopher, o filho que ele tanto quis
Dulce - Meu Deus, ontem mesmo Christopher catucou a cabeça da criança - Gemi de dor - Como pode eu não ter tido nenhum sintoma?
Eu consegui levantar e até iria ligar para Christopher ou para Victória para poder me acudir, entretanto, não via necessidade até porque o meu único problema era a dor. Peguei uma toalha felpuda e enchi a banheira com uma água quentinha em que eu pudesse relaxar, deixei por perto um cadarço e utilizei a própria água do banho para esterilizar já que não havia álcool por perto
Vira e mexe vinha aquela necessidade em empurrar, achei melhor entrar na banheira que me cobriu com a água bem quentinha, molhei todo o meu corpo e levando a mão até a minha intimidade passando o polegar ao redor me dando a certeza que eu estava em trabalho de parto. Novamente veio uma contração e cada vez que vinha era uma mais forte do que a outra, mas eu precisava respeitar o tempo desse bebê
Fiquei mais ou menos uma hora dentro dessa banheira, estaria totalmente relaxada se não fosse as contrações a cada um minuto e estava perto do momento de parir. Lavei as mãos com sabão, levantei-me da banheira de forma que eu ficasse de cocoras e esperei a próxima contração, quando veio eu fiz força umas três vezes, logo senti o feto vindo em minha mão dando o seu chorinho fino
Dulce - Oh Deus - Chorei aliviada - É um menino!
Eu custava acreditar, não dava para entender como eu estava grávida todo esse tempo e nem se quer notar um sintoma que fosse ou talvez eu não tivesse tido nenhum sintoma realmente. Passei a mão no rostinho dele fazendo um carinho buscando qualquer semelhança minha ou de Christopher, eu tinha ali o bisturi que meu pai havia me dado de presente e pensei que veio no momento certo, contudo, era arriscado eu o machucar por estar tão nervosa, então preferi amarrar o cordão umbilical com um cadarço e cortei com o bisturi da sorte
Dulce – Bisturi do seu avô veio no momento certo meu amor! – Deu um cheirinho em sua bochecha - O seu pai te quis tanto, eu tinha tantos medos, mas sentir você aqui em meus braços é mágico
Peguei uma das toalhas e molhei na água morna para o limpar, ele era tão pequenininho que eu tinha receio de que ele estivesse fora do padrão de um recém-nascido ou até mesmo que ele precisasse ficar em uma incubadora, acontece que ele já foi muito forte só de ter sobrevivido mesmo com tantas loucuras que essa mãe louca dele fez sem saber que o carregava
Dulce – Seu nome vai ser Vittor Fernando, em homenagem aos seus dois avôs!
Ouvi de longe o celular tocar, portanto, eu era toda atenção ao Vittor Fernando e não poderia deixá-lo ali sozinho. Eu queria tanto que o pai dele estivesse aqui para cuidar dele ou até mesmo o avô que é um ótimo médico, agora eu só queria ir embora mais do que de pressa! Não é momento de focar apenas na empresa, mas também em meu filho
Eu não tinha uma roupinha se quer para ele, o enrolei na toalha deixando no centro da cama e tomei um banho, eu precisava descansar até porque já estava mais do que cansada após fazer tanta força, mas eu precisava voltar para o meu país de origem. Fiz todas as minhas malas, coloquei um vestido com sobretudo e óculos de sol para que ninguém notasse que eu estava com a cara de derrotada
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| Cura-me | Vondy |
Fanfiction+18 | • Ela uma Médica com dores e traumas acumulados do passado, ele um Médico Cirurgião e filho de um dos donos do Hospital Imperial Clin Uckermann. Ambos com dores do passado e com motivos completamente diferentes, sem saberem buscar a cura de su...