A segunda apresentação era sobre uma menininha linda que sonhava em ser jogadora de basquete, no entanto, ela havia sofrido um grave acidente com o pai em uma queda de helicóptero o levando a óbito e ela ficou paraplégica fechando as portas para seus sonhos, Isabel, a mãe da menina explicou toda a situação de Erika
Isabel – É triste quando notamos o olhar de pena das pessoas, o médico quando avaliou o caso da minha filha disse olhando nos olhos dela que o sonho de ser uma jogadora de basquete havia sido arrancado de suas mãos, vocês não devem imaginar o quanto me doeu ouvir aqui, eu quis acabar com a minha vida ali mesmo – A mãe se emocionou
Isabel– Hoje a minha filha é jogadora de basquete mesmo sendo cadeirante, faz várias e várias acrobacias, batem com as cadeiras e tudo aquilo é fantástico porque vê-la sendo tão feliz com o que se ama, é realmente uma prova de superação e essa escola apenas reforça tudo sobre o que é ter respeito pelo próximo - Passou o microfone para a filha
Erika – Os médicos nunca me deram nenhuma certeza de que eu poderia me tornar jogadora de basquete ou não, passei por inúmeros médicos e nenhum deles nunca me deram uma comprovação ao certo, alguns dizem que eu posso voltar a andar e outros dizem ser algo totalmente irreversível porque dependia muito de cada organismo por diferirem, no entanto, o basquete foi a minha superação para me reerguer e a escola realmente
Próximo ao palco de apresentações havia uma cesta de basquete e ela deu um show acertando todas as cestas e nos mostrando que não foi uma cadeira de rodas que a fez desistir dos seus sonhos, a próxima mãe que veio fazer a apresentação foi uma das apresentações mais linda da tarde, a mãe tinha um caso raro de nanismo e o filho era de estatura normal, Elisabeth explicou todos os obstáculos que enfrentou para conseguir chegar onde chegou com Pedro Daniel, o seu filho
Elisabeth – Quando eu me casei com o meu marido eu já casei com a ideia de não dar filhos a ele, porque eu tinha muito medo de como seria a minha gestação, principalmente se viesse uma criança de estatura normal e foram muitos obstáculos porque três meses após meu casamento eu descobri a gravidez, eu me envergonho em dizer isso, no entanto, eu pensei milhares de vezes em como seria se eu viesse abortar – Todos se chocaram
Elisabeth – Mas quando eu ouvi o coraçãozinho de Pedro Daniel foi impossível seguir com essa ideia, eu tive uma gravidez tranquila, um parto tranquilo também e até mesmo dormia nos primeiros dias de sua vida no berço junto dele, verificando como estava indo a respiraçãozinha dele, mas o medo foi o mesmo de que muitas mães que passaram por esse palco hoje, o medo do preconceito que ele passaria na escola, quando ele entrou para a escola eu evitava o levar e o trazer da escola, sempre deixava para que meu marido fizesse isso, até o dia em que ele não pode buscar e eu fui o buscar, os olhares maldosos queimavam minha pele como se fossem brasas, as pessoas não entendiam como que uma pessoa da minha estatura seria mãe de uma pessoa de estatura normal e sofri preconceito da própria professora que negou que eu levasse meu filho por ser impossível que ele fosse meu filho e é por isso que eu digo que o diferente choca, mas deve ser respeitado – Ela passou o microfone para o filho
Pedro Daniel – Que o amor vença o preconceito!
No painel central do palco começou rodar alguns vídeos durante a gestação e o durante o dia a dia, passou um vídeo em que Pedro Daniel era recém-nascido e estava dormindo junto da mãe dentro do berço e o último vídeo foi o que mais nos emocionou, Pedro Daniel trazia um banquinho para que a mãe descesse do sofá e era incrível como ele entendia as limitações da mãe, a coisa mais linda!
Ali passaram muitas pessoas demonstrando as diferenças, passou um casal gay explicando que o diferente choca justamente por diferem, mas que os pais deveriam ensinar sobre respeito as crianças, também passou a história de Simone e Glauco que é uma criança autista, mas muito esperta que nos ensinou sobre como era inclusão, que não é apenas colocar junto, mas sim preparar o ambiente e as pessoas que irão conviver com os outros e havia finalmente chegado a minha vez de me expressar, eu estava tão emocionada que eu não sabia nem ao certo o que eu iria falar e me peguei sendo puxada por Pérola que antes era ela que estava com medo de travar
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| Cura-me | Vondy |
Fanfiction+18 | • Ela uma Médica com dores e traumas acumulados do passado, ele um Médico Cirurgião e filho de um dos donos do Hospital Imperial Clin Uckermann. Ambos com dores do passado e com motivos completamente diferentes, sem saberem buscar a cura de su...