Prólogo

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Russell bate o pé feito uma criança birrenta, ao lhe dizerem que sua presença é solicitada no escritório do pai

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Russell bate o pé feito uma criança birrenta, ao lhe dizerem que sua presença é solicitada no escritório do pai. Olhou as horas em seu relógio de pulso, constatando nem ser oito da manhã. Bufou praguejando.

Ao entrar no escritório, sem nem ao menos bater na porta, deu de cara com toda a família Ziegler, seus parentes mais próximos, de convivência diária. A contra gosto, é claro.

Sua mãe, Victory nem se deu o trabalho de olhar para trás, de onde estar parada de frente a janela, que tem como vista os jardins dos fundos, que lhe dar como um bônus, o belo e bronzeado jardineiro James, sucessor do pai na profissão e emprego.

Elliot, seu cunhado, marido de sua irmã mais nova, o olhou rapidamente com um certo desdém, ele almeja ganhar reconhecimento do sogro, para assim quem sabe entrar na linha de sucessão. Ganhará? Bom, Elliot não tem um bom nível de caráter, o que ele julga que Russell também não. Disfarçado de toda desinteresse, o que mais Russell tem, é caráter. Daphne sorriu para o irmão, enquanto afaga Penélope, um pudol que teima em morrer. Elliot, seu marido, que está sentado ao seu lado, no braço da poltrona, lhe cochicha algo em seu ouvido, ela tenta disfarçar, mas não antes que Russell perceba o mesmo certo desdém direcionada a ele.

Sarah a filha do meio está de pé, bem atrás da irmã e cunhado, ela estende a mão discretamente em direção ao irmão, lhe mostrando o dedo do meio. Esse é um gesto nada elegante para uma dama da alta sociedade, para ninguém vamos, na verdade, mas em relação a esses dois, é um código secreto para quando algum dos dois está ferrado. Não quer Russell não soubesse disso, já que sua presença foi solicitada a essa hora da manhã, pois faz tempo desde a última vez.

O rapaz passou a mão nos cabelos e sentou-se na poltrona vaga, seu pai, que está com rosto praticamente enterrado em alguns papéis, desviou momentaneamente atenção para o filho. Andrew, o patriarca da família, tem uma expressão permanente no rosto de quem vai lhe contar um segredo e, ao mesmo tempo, te esfaquear pelas costas.

— Está atrasado meu jovem!

— Se eu soubesse que minha presença era tão requisitada, a ponto de todo mundo está a minha espera em pleno início da manhã, eu teria feito um pouco mais de esforço e teria demorado mais.

O escritório todo ficou em silêncio, ninguém se atreveu a rir ou completar a piada que para Andrew de total desrespeito, especialmente com ele mesmo.

— Claro. Sempre que qualquer oportunidade para ser um babaca mimado surge, você vai lá e agarrar. — Russell não gostou nem um pouco da retruca do pai, mesmo assim riu.

— Entre ser e não ser, eu prefiro sempre ser. Como já dizia, a deusa Tereza.

— Essa conversa está nos levando algum lugar? — Victory se pronunciou pela primeira vez, tirando sua atenção das "flores" do jardim, virando-se para todos ali presente.

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