Vamos de mais um romance clichê, onde o protagonista faz a primeira coisa idiota que passa pela sua cabeça.
Duologia gostosinha onde dois amigos são os protagonistas.
Dinheiro, romance e drama.
Russell sempre se viu e desejou estar de frente aos n...
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O fim-de-semana foi tranquilo, enquanto eu curtir a praia, Russell trabalhava do deck. Isso pelas manhã, nas tardes, saímos para almoçar e vagar pelas ruas da cidade. À noite assistíamos a um filme qualquer, abraçados. Evitamos tocar sobre a conversa do outro dia. Mas quando olho para ele, lembro do beijo. Nos beijamos e foi longo e muito bom. Diferente da outra vez.
— É só juntar o útil ao agradável. — Sentir minhas bochechas esquentarem. Mordi o lábio aproximando meu rosto do dele.
— Gostei quando você me beijou. E gostaria que... — Antes que concluísse a frase, sentir seus lábios nos meus. Foi exatamente como da outra vez, só que um pouco mais forte. Com pouco mais de pressão, me agarrei a ele pela cintura, o puxando para mais perto. Abrir os lábios, o beijo ficou mais intenso, com mordida, chupada. Seu corpo quente e grande, colado ao meu, me esfreguei nele num gemido sofrido. Nos afastamos como quem não queria isso e realmente se não tivesse não está afastado, não sei o que teria acontecido... sei sim. Ah como sei.
— Jesus! — Encostou sua testa na minha — Tenho que te beijar mais vezes.
Rir.
Eu gostaria disso.
*
— O que foi? — Russell perguntou ao entrar no carro.
— Nada.
— Sua cara diz o contrário.
— Só estou pensando, que agora vai ser diferente. A nossa bolha.
Estou uma péssima sensação em relação a isso.
— Nada vai ser diferente, além de eu ter que ir trabalhar.
— Não podemos ficar aqui, só nós dois?
Na minha cabeça essa possibilidade é melhor e faz total sentido ficarmos aqui.
— Não, Grace. É meio que uma tradição morarmos com nossos pais.
Agora isso, não faz sentido.
— Por quê?
— Não sei. Só...
— Dependência.
Concluir por ele.
— Não é bem isso.
É sim.
— É o que parece.
— Pode parecer, mas é uma coisa que vem antas da gente e gostamos.
Gostam?
Para você gostar de algo, tem que se sentir à vontade, bem-vindo, aceito e não foi o que pareceu, quer dizer, não aceitaram a escolha dele e pelo o quê ele contou e o que demonstraram, não é a primeira vez que ele tem suas escolhas questionadas, anuladas, mesmo que ele saiba o que esteja fazendo.
