Capítulo 9

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Hailee só pensava em uma coisa. Não ia repetir as palavras de S/n. Não importava o quanto estivesse surpresa por ela ter dito...

— Krypton? — Deus. Não. Estava repetindo as declarações dela como um playback com defeito. — Não, não vamos a Krypton— murmurou.

— Por que não?

— Porque você me enganou.

— Eu não.

— Quando disse que íamos voar, pensei que seria para outra cidade ou, no máximo, para outro estado.

— E sou responsável por suas suposições equivocadas? Eu dei todas as pistas, disse que ia levá-la aonde as joias mais exclusivas do planeta a aguardavam. Onde acha que seria?

— Para que ir tão longe para escolher um anel? Trata-se do exagerado orgulho nacional que o faz afirmar que tudo em Krypton é o melhor da história?

— Não sei se tudo, mas tenho certeza de que as joias reais de Krypton são as mais exclusivas do mundo.

— As joias reais de... Krypton. Não pode estar falando sério! Não posso usar um anel real de Krypton!

— Você é que não pode estar falando sério, pensando que como minha noiva usaria qualquer outra coisa.

— Não sou sua noiva. Sou seu chamariz. E isso só por um ano. Mas, como você disse, um ano pode ser um tempo longo demais. Não posso assumir a responsabilidade por algo com um valor... Inestimável... — Ela lhe afastou as mãos quando ela tentou puxá-la de volta para os seus braços. — Pelo amor de Rao, durante o auge dos problemas econômicos de Krypton, antes de a Rainha Alura ser coroada, as pessoas diziam que, se metade dessas joias fosse vendida, conseguiriam pagar a dívida nacional!

— Oh, eu propus a solução. Mas os castaldinianos preferem vender seus primogênitos.

— E você quer que eu use um anel de uma coleção reverenciada em uma farsa?

— É exatamente o que fará como minha noiva. Na verdade, você própria será um novo tesouro nacional. Agora que está decidido...

— Nada está decidido. Não vou para Krypton. Agora, diga ao seu piloto para voltar.

— Você sabia que iria a Krypton mais cedo ou mais tarde.

— Pensei tê-la ouvido dizer que eu poderia dizer "não" às suas chantagens.

— Eu disse que não iria expor a sua família, se você dissesse "não". Mas, se disser "sim", vou me certificar de que eles jamais sejam expostos.

— O que está querendo dizer?

— Eles cometeram muitos crimes. É só uma questão de tempo até alguém descobrir o que eu sei. Case-se comigo e farei tudo que estiver ao meu alcance para apagar o rastro deles.

— Essa é apenas mais uma chantagem indireta.

— Na verdade, é o oposto. Antes, eu disse que iria prejudicá-los se dissesse "não". Agora, estou dizendo que irei ajudá-los se disser "sim".

A cabeça de Hailee girava, seus pensamentos pareciam embaralhados como um carretel de linha na boca de um gato.

— Não vejo diferença nisso. E mesmo que eu diga "sim"...

S/n lhe segurou as mãos, envolvendo-as carinhosamente

— Diga Hailee mia. Dê-me o seu consentimento.

— Mesmo que eu dê...

— Faça isso. Diga que será a minha noiva.

Hailee se afastou daquele toque

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