Talvez você seja meu refúgio

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Josie saltzman

-posso saber onde a senhorita vai toda arrumada desse jeito? - brinquei ao ver minha irmã entrar na sala

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-posso saber onde a senhorita vai toda arrumada desse jeito? - brinquei ao ver minha irmã entrar na sala.

-vou sair com meu namorado, amorzinho. - se gabou terminando de passar gloss nos lábios.

-obrigada por ser específica, irmã. - sorri cínica para a mesma que me deu língua. - bash te leva para sair todos os dias... aproveita bem viu, são raras pessoas assim hoje em dia.

-não tenho culpa se ele faz tudo a moda antiga. Bash é um verdadeiro cavalheiro, sempre abrindo a porta do carro para mim, beijando minha mão, fazendo tudo que eu quero... se é que me entendeu.

Pensei em rebater pedindo encarecidamente para ela não tocar em assuntos desse tipo comigo. Por mais que minha irmã seja o fogo em pessoa, não gosto de imaginar ela em momentos impróprios. É meio que nojento. Lizzie recebeu uma mensagem de sebastian avisando que a esperava no andar debaixo. Ela saiu animada de casa dizendo que provavelmente voltaria tarde, como sempre faz. Bom, eu ficarei em casa fazendo qualquer coisa para me entreter.

Nessa tarde de domingo, fui assistir minha série favorita do momento: bridgerton. Mesmo sendo de época, gosto bastante do conteúdo. Em todos os sentidos, é claro. Só acho que daphne se humilha demais para um homem. Justo para um homem. Se fosse para alguém com xereca nos meios da perna com certeza eu passaria pano.

Fiquei tão entretida na tv dentro do quarto que nem percebi minha campainha tocar e alguém bater na porta desesperadamente. Com todo meu ódio pela a vítima, fui caminhando até a porta. Pronta para dar meu discurso de bons modos, eu abri a mesma dando de cara com alguém que pensei ver outro dia, não hoje. Hope estava na minha frente, com um semblante péssimo. Olheiras debaixo dos seus lindos olhos azuis, o nariz empinado super delicado vermelho feito pimentão. Quis brigar com ela por chegar assim na minha casa, mas acabei que desistindo no processo.

-hope...? - pisque duas vezes. - o que aconteceu? Por que você tá com cara de quem chorou a noite toda?

-posso entrar?

-claro, entra.

Ela passou por mim analisando todo o local como se não conhecesse. Fechei a porta virando minha atenção somente para ela. Hope mantinha o olhar no chão, não querendo me encarar.

-se você tiver fazendo algo importante eu posso ir embora. Não quero atrapalhar um dos dias de descanso que você tem na semana.

-não estou fazendo nada. Pode ficar se quiser. - sorri me aproximando dela. -não vai responder minha pergunta? O que aconteceu com você?

-eu... eu não quero falar disso, josie. Será que posso ficar aqui por um tempinho sem tocar no assunto?

-não vou te forçar fazer nada, meu bem.

Andei até ela olhando sua face minuciosamente. Algo havia acontecido para ela estar nesse estado tão crítico: hope parecia abalada. O peso em cada palavra pronunciada me dava calafrios. Cheguei mais perto envolvendo seu corpo ao meu em um abraço calmo, cheio de carinho, tentando, de alguma forma, dizer que eu estava aqui e que tudo ficaria bem. Ela não retribuiu o abraço, mas seu rosto foi para curva do meu pescoço dando um leve beijo no local que me fez estremecer.

Toxic love. (HOSIE AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora