20 - Conversa

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N/A: Adivinha quem apareceu com capítulo novo mais rápido que o costume? Siiim, euzinha! Gostaram? Enfim, sinto lhes informar, mas essa história foi planejada para ser pequena mesmo, portanto, em breve ela chegará ao fim! Ainda não decidi se faço ou não uma segunda temporada, mas prometo deixá-los a par das minhas decisões :)

**Capítulo revisado minuciosamente, mas alguma coisa deve ter passado batido, apenas finja que os erros não existem hshshs

**Não se esqueça de registrar seu voto caso tenha gostado e, se quiser, comente sua opinião, isso é importante e eu amo ler feedbacks!

Boa leitura, gente!

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Amabel se remexeu no sofá, passou a mão nos olhos e engoliu em seco, sem saber ao certo o que falar e como explicar suas atitudes que quase levaram a vida de Gzrel e que deixou o seu melhor amigo órfão.

A jovem ergueu os olhos e estremeceu ao encarar o homem à sua frente. Os olhos, antes roxos, agora estavam escuros e sérios. Os braços cruzados sobre o peito, os músculos enrijecidos por baixo da camisa de linho... Gzrel estava mais sério que o costume, de uma forma que Amabel nunca tinha visto.

- Eu... acho que devo começar pedindo desculpas a vocês e... – Amabel começou com a voz baixa e ainda trêmula. Gzrel raspou a garganta e arrumou a postura no sofá.

- Não quero ouvir suas desculpas, quero ouvir suas explicações – Disse com a voz cortante. A jovem mordeu o lábio inferior e respirou fundo antes de retomar as palavras.

- Bem... antes que eu chegasse aqui em Holly Island, eu tinha uma vida... uma vida que eu amava, sabe? Eu vivia como uma pessoa normal de vinte e cinco anos, podia fazer minhas próprias escolhas e minhas próprias regras e estava prestes a dar um grande passo na minha vida e, num piscar de olhos, tudo mudou. Sem que eu tivesse escolha, vim parar num lugar onde as pessoas podem controlar o tempo, o mar, as cores com apenas um movimento de mão ou algumas palavras, como vocês esperavam que eu reagiria? Essa ilha é totalmente diferente da realidade em que eu estava acostumada... só o que eu queria era voltar para casa, para a minha casa. Apenas implorar isso à vocês eu já sabia que não adiantaria, então resolvi agir por mim mesma e... eu queria voltar a ser quem eu era antes de toda essa tempestade me atingir em cheio.

Gzrel ouviu a jovem atentamente e assentia de vez em quando, enquanto a mesma falava. O homem soltou um suspiro baixo e passou a mão pelos cabelos, agora suavizando um pouco sua expressão.

- Já sabemos o quão difícil é encarar uma realidade alternativa, principalmente quando ela lhe é enfiada goela abaixo e, por essa razão, somos treinados para ter toda a paciência necessária com um recém-chegado, até porque, uma hora ou outra, a realidade terá que ser aceita pois não é possível mudá-la. Nunca a impedimos de expressar seus sentimentos, mas você encontrou uma maneira errada de fazer isso, mesmo depois de saber o real motivo de estar aqui. Não foi eu, ou Celine ou qualquer outro nativo que escolheu isso por você, foi a sua genitora e ela fez isso para salvar a sua vida, sacrificando ela e o primogênito, afim de lhe dar uma chance, ou melhor, lhe dar a eternidade para viver... só o que está ao nosso alcance – Gzrel apontou para sua esposa, que estava ao se lado – É receber quem quer que chegue e amá-los, fazê-los sentir-se em casa, acolhê-los da melhor maneira que conseguirmos.

- Mas, como qualquer outro lugar, seja a ilha ou seja o seu mundo, há regras para que as coisas se mantenham em ordem e elas devem ser seguidas, ou as consequências vêm e nem sempre são agradáveis – Dessa vez, era Celine quem estava falando. Amabel desviou o olhar para a mulher – A primeira que expomos pra você foi o respeito mútuo, e você ignorou essa e todas as outras... você mentiu descaradamente, gritou mesmo depois de Israfil lhe dizer que gritos aqui são proibidos, nos xingou de diversas formas, fugiu e nem preciso dizer qual foi o resultado disso, não é? Somos os adultos aqui, conhecemos a ilha e sabemos o que pode acontecer se algo sai do nosso controle, qualquer passo em falso e pode acontecer uma catástrofe... se você está aqui, querendo ou não, deve colaborar para que as coisas não fujam do controle.

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