9 - Indiferença paternal

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 N/A: Boa noite, pessoal! Espero que vocês estejam bem e, desde já, peço desculpas pela demora na atualização, infelizmente eu terei aula até dia 31/12, então está tudo bem corrido pra mim, sejam compreensivos hshshs.

**Não se esqueçam de votar e comentar o que acharam, o feedback de vocês é muito importantes pra mim!

**Aceito sugestões e críticas construtivas são muito bem-vindas!

**Capítulo revisado, mas ainda pode haver erros de digitação, apenas ignore-os.

Boa leitura :)

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Melchior guiava o filho pela mão, enquanto seguia, em silêncio, a trilha que os levariam para sua casa. Arthur, por sua vez, mantinha a boca fechada e os olhos colados no chão, pois sabia o quanto o pai estava irritado e chateado com ele.

- Papai? - Arthur chamou, com a voz baixa, fazendo o homem lhe olhar de forma impaciente – Eu não queria causar problemas, sinto muito.

- Você nunca quer causar problemas, mas sempre o faz, Arthur. Não adianta se arrepender agora que a besteira já está feita.

- Eu só queria mostrar a vila à Amabel, nem iríamos na taberna, mas daí ela insistiu e...

- E mais nada! Eu não quero saber. Por sorte, Israfil é um homem compreensivo, ou eu perderia meu trabalho por tua irresponsabilidade!

Arthur mordeu o lábio inferior e tornou a abaixar a cabeça, achando um grande exagero, por parte do pai, toda essa irritação por algo considerado tão pequeno e inútil pelo jovem.

Não demoraram muito para darem de frente à uma casinha simples, de madeira encaixada, que contava apenas com cinco cômodos. Diferente da maioria dos moradores nativos da ilha, Melchior não possuía riquezas significativas, isso porque seus dons apenas lhe permitia ser bons com jardins e com o mar, e o homem não procurava lhes aperfeiçoar, como faziam, normalmente, todos os seres mágicos da ilha.

Melchior era um dos melhores navegadores já visto em Holly Island, ele conseguia controlar o mar com maestria e não tinha medo de enfrentar nenhum obstáculo encontrado, mas depois que perdeu a esposa em uma de suas malucas aventuras, se absteve de fazer qualquer coisa relacionada ao mar, desde então, o homem se tornara uma máquina de fazer jardins e disciplinar o filho, quando necessário.

Como o próprio Arthur frisou à Amabel, nem tudo na ilha beirava a perfeição. Seu pai se tornou uma pessoa fria, que nem se esforçava para demonstrar amor ao filho. Arthur tinha impressão que o homem só estava ali do seu lado porque a ilha lhe impôs essa responsabilidade, caso contrário, já teria se livrado do menino há muito tempo.

- Está esperando que eu vá lhe buscar? – Melchior perguntou, vendo o filho parado no batente da porta. Arthur olhou para o pai de forma suplicante.

- Eu realmente estou arrependido pelo que fiz, papai...

- Um... dois...

O jovem suspirou e passou a mão pelo rosto, em seguida se arrastou para dentro da casa. Melchior agarrou-o pelo braço e o arrastou para a escrivaninha da sala, fazendo com que o mesmo se debruçasse sobre o móvel, em seguida, retirou o cinto que prendia suas calças e o dobrou na mão.

- Diga-me os motivos pela qual você irá apanhar, Arthur – Começou o homem, fazendo o filho estremecer.

- Eu saí sem permissão, ainda levei Amabel comigo e forjamos nossa própria identidade para entrarmos na taberna...

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