Nota do escritor: Em um capítulo anterior, precisamente no capítulo quatro, eu me apresentei, será a primeira vez que serei mencionada nessa história. Talvez, agora, você compreenda as razões da minha investigação, você realmente não iria querer saber se o seu pai está envolvido em um assassinato? Se você carregou a infância inteira a desconfiança de que vivia em uma cidade que era uma farsa não tentaria ao menos confirmar a sua desconfiança?Nota do escritor: - Quero acreditar que eles não têm nada haver com esse assassinato, mas, não me resta dúvidas, ou eles estão protegendo o assassino ou os segredos guardados nesse caderno. Preciso saber a respeito daquele homem que a atropelou, mas, aparentemente não deixou familiares e dependentes. Se ela era chantagista como diziam pela cidade, qualquer um teria interesse em roubar ou queimar o diário. Porque eles não queimaram enquanto podiam? E por que alguém esperou tanto tempo para fazer justiça a morte dela?
Nota do escritor: Não se enganem com a atmosfera amistosa e de romance dessa história, isso é o que querem que acreditemos.
Entrevista 05. Trechos daTranscrição entrevistado: Rafael
Rafael: - Você quer que eu não te chame de filha? ... Ok, senhorita ... Eu me chamo Rafael, eu tinha trinta e um anos naquela época, morava na capital, advogado, já era pai da Zoe, uma adorável menina de seis anos, separado havia um ano da Helena, minha antiga namoradinha da escola. Como eu me via naquele tempo? Como uma pessoa que sentia uma enorme sensação de vazio, eu me sentia aprisionado a algumas mentiras, ao mesmo tempo me via como alguém com um imenso sentimento de gratidão por todos aqueles que estiveram na minha vida quando eu era criança.
Rafael: - Sobre o verão que eu e meus amigos nos reencontramos? Qual parte você quer saber?
Rafael: ... ... ... - Depois da festa celeiro no início da manhã, eu estava na frente do meu chalé para não perder o sinal do celular, conversando com a minha ex mulher Helena... ok, não vou dizer que ela é...
Rafael: - Enquanto eu me despedia da Helena, as vozes das crianças e da Carolina me chamaram a atenção, eu estava com saudades da Zoe, sem me dar conta fui caminhando na direção da piscina. Carol estava sentada na borda brincando com elas, se não fosse pelo tamanho, de longe, a julgaria uma fedelha, com uma camiseta que deveria ter duas vezes o seu tamanho, dois coques no alto da cabeça, ela balançava as longas pernas com um sorriso de ponta a ponta nos lábios.
Rafael: - Quando desliguei o telefone, mal percebi a bola caída próxima aos meus pés, um garoto se aproximou com os braços estendidos. Lancei a bola em direção ao moleque, tirei a camiseta dos meus ombros largos e a joguei em uma cadeira, depois, mergulhei em direção aos pés das crianças. - Alguém chamou um tubarão? - Não precisou de muito tempo para perceber a aprovação da garotada, fiquei por ali brincando algum tempo com elas, quando me sentei ao lado da moça para descansar.
Rafael:- Você está bem Rafael? - Menti. - Estou sim, Obrigado. - Ela sorriu - Sabe, depois de quatro anos aqui, acho que já reconheço um pai com saudades. Quantos anos ela tem? - Suspirei. - Seis anos, em alguns dias ela estará aqui brincando com eles. Eu nunca fiquei tanto tempo longe dela.- Carolina sorriu. - Vou amar conhecê-la. Deve ser a parte mais difícil..você sabe...de uma separação. - Meu pensamento voou para longe dali. - Talvez. Zoe nos uniu como um casal, sempre fomos sobretudo amigos.
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Estradas Cruzadas
Mystery / ThrillerO que você seria capaz de fazer em nome do amor? Esta é uma ou mais histórias de amor que se cruzam a partir de um elo antigo de amizade nutridos desde a adolescência. Um contador de histórias misterioso propõe-se a escrever e desvendar um assalto...