Capítulo 11. Ivan: Você foi feita para amar.

279 51 855
                                    

ATENÇÃO: APRESENTA CONTEÚDO ADULTO.

Entrevista 06

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Entrevista 06. Transcrição áudio: Ivan

Ivan: - Se eu me recordo bem sobre o que aconteceu durante o dia, antes do assalto a noite?  Pode apostar que sim,  algumas horas antes eu e o meu grupo, à essa altura já incluíamos Carolina e Débora, moradoras recentes da região, todos nós passamos o dia passeando pelos cânions que ficam próximos da cidade, como é mesmo que Débora chama? A cidade do fim do mundo, ou algo do tipo. Era um passeio de despedida já que pretendíamos viajar na madrugada do outro dia, retornaríamos para as nossas casas.

__________ _ _

Ivan: - Estávamos inicialmente em dois jipes, em um jipe encontrávamos eu, Débora e Jonas e no outro Rafael, Carolina e Leandro. Jonas guiou o passeio por ser o mais experiente em trilhas e escaladas na região. Sim, durante a manhã foi muito tranquilo, finalizamos aquela primeira etapa do dia, apreciando o salto parcial de uma cachoeira, parcial porque primeiro acima a água corria por degraus de rochas, para depois saltar em uma piscina de água cristalina.

Como durante o verão onde estávamos atraiam muitos turistas, escolhemos parar em uma piscina natural que estivesse mais isolada, por essa razão, foi preciso que nos arriscássemos percorrendo um caminho feito entre algumas formações rochosas.

Nossa adrenalina estava às alturas, paramos para nos banhar, eu e Débora que já estávamos a cada dia mais próximos e praticamente entregues a ter um momento apenas nosso, sentamos mais afastados dos demais, por isso, não acompanhamos algumas discussões entre eles. Acredito que eles poderão falar melhor sobre isso se assim quiserem.

Sentado na beira da piscina natural, para meu deleite, acompanhei ávido Débora se despir da camiseta e bermuda, confesso que estranhei um pouco o seu maiô antiquado e comprido para a época, depois de ter visto ela da cintura para cima de biquíni, mas, não me importava as escolhas daquela mulher para trajes de banho.

Eu estava ansioso por aquele momento, quando finalmente ela sentou ao meu lado. Ela falou. - Me ajuda a amarrar meu cabelo? - Alcancei das sua mãos um elástico e prontamente obedeci, se aquela era a intenção para que eu desvendasse alguns dos seus segredos, conseguiu, da maneira mais natural que eu  podia, disse a ela, tocando de leve a pele do seu pescoço. - "cicatrizes de guerra?" . - Ela sorriu amarga. - Tão antigas que mal me lembro dos detalhes. - Preferi não perguntar mais nada apenas demonstrei que não estava alheio- - Sinto muito Débora, não imagino o monstro...

Foi ela quem continuou. - Na verdade, monstra, quando meus pais na época descobriram, eles fizeram de tudo para que eu pudesse psicologicamente me recuperar. Mas, as vozes que me diziam que eu era uma imprestável, má e que merecia apanhar ou ganhar beliscões as vezes ressurgem.

Ela continuou. - Tenho outras Ivan, sempre em lugares difíceis de encontrar, mas, elas estão aqui. Me ouvindo falar, parece tão cedo para confidenciar algo assim... - Tentei deixá-la a vontade. - Não, se queremos dar um passo na nossa intimidade, pode falar, já conversamos sobre tantas coisas nos últimos dias, fico honrado que você queira me dar esse voto de confiança.

Estradas CruzadasOnde histórias criam vida. Descubra agora