35 - refúgio

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maya's pov

estou a tanto tempo trancada em meu escritório resolvendo a bagunça, que perdi a noção do tempo. a luz que invade os pequenos espaços entre a persiana posta na janela é da lua e dos postes, já não mais dourada.
solto a caneta que segurava por horas, e estico a ponta dos meus dedos para alcançar meu celular que havia esquecido no lado oposto da mesa. pelo horário, esperava várias mensagens de carina, mas para a minha surpresa, não havia nada. nenhuma sequer.

após o diálogo nada esperado por mim, tento a ligar várias vezes, quando finalmente obtenho sucesso, ripley entra em minha sala acompanhado pela mais nova chefe de batalhão, ross

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após o diálogo nada esperado por mim, tento a ligar várias vezes, quando finalmente obtenho sucesso, ripley entra em minha sala acompanhado pela mais nova chefe de batalhão, ross. tenho de desligar a ligação antes mesmo de ouvir a voz de minha namorada. voltando minha atenção para o par (estranhamente) sorridente em minha frente.

- boa noite, capitã bishop! nos daria um minuto da sua atenção? - o mais velho diz e afirmo, sem questionar. - o dixon foi preso.

- quê?! - não consigo conter minha surpresa, e de certo modo, felicidade, ao ouvir a notícia. - como assim? por quê?

- todos os relatórios com detalhes vão ser repassados para todas as estações, não se preocupe bishop. - ross diz enquanto balanço a cabeça positivamente, me esforçando para esconder meu sorriso. - pode gargalhar, capitã.  - a mesma solta uma risada alta, surpreendendo a mim e ao lucas.

- é realmente inevitável, me desculpa. - te acompanho nos risos. - e irônico!

- viemos conversar com você, porque isso abre inúmeras chances no seu meio de trabalho, tenho certeza que tens noção disso, estou certo? - confirmo. - ótimo. após os relatórios serem enviados voltamos a combinar os próximos passos.

- obrigada chefes, estou aqui disposta para o que precisarem. - recebo sorrisos em troca, e os acompanho até a porta.

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e em hipótese alguma m conseguiria ficar o restante da noite com a incerteza de que carina estaria bem, então corro para casa ainda com dúvidas de que conseguiria de fato, passar a noite com ela

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e em hipótese alguma m conseguiria ficar o restante da noite com a incerteza de que carina estaria bem, então corro para casa ainda com dúvidas de que conseguiria de fato, passar a noite com ela. já que não controlo as chamadas e urgências.

ao entrar em nosso apartamento, observo o lugar levemente bagunçado, e chamo o nome da minha namorada repetidamente, não recebendo nenhuma resposta. olho ao redor, nenhum vestígio da italiana além de seu jaleco jogado no sofá junto de sua 'bolsa do trabalho'.

- carina? - insisto, mas continuo sem te ouvir.

...

carina's pov

- carina? - escuto a minha voz favorita me chamando, e lembro das últimas 12 horas. decido permanecer no quarto, coberta dos pés à cabeça deitada no meu lado da cama. - amor? - a voz fica mais perto quando escuto seus passos apressados adentrarem no cômodo onde estou presente. - você está aqui, que bom, senti sua falta. - meus planos eram continuar embaixo do cobertor, mas falho na primeira oportunidade.

- será mesmo, maya? - a questiono, te olhando fixamente nos olhos.

- o que quer dizer com isso? - a loira se aproxima, franzindo o cenho, e descartando seus sapatos ao se juntar a mim na cama.

- você me ignorou por quase doze horas, e não me perguntou como eu estava, não disse um "seu dia foi bom, carina?" "eu te amo, se cuida" ou um "vou me esforçar pra te ver no fim do dia."

- mas eu me esforcei, estou aqui, não estou? - bufo ao ouvir aquela frase.

- está aqui porque sentiu minha falta ou por que teve medo de eu te deixar pela maneira que conversamos por mensagem? - minha namorada coloca uma mão em meu rosto, fazendo uma expressão triste e preocupada. - eu me senti de lado maya. senti como se eu não fosse importante, ou pelo menos não tanto quanto sua papelada ou reuniões.

- desculpa mas eu não tinha como... - a interrompo.

- eu não te pedi horas do seu dia, eu só queria cinco minutos de conversa, pra compartilhar minhas coisas também. eu sou sua namorada, maya. eu quero que você saiba o que acontece comigo.

- eu também quero! e quero muito meu amor, eu amo te ouvir. prometo que esse caos no meu trabalho vai ser resolvido logo. - maya respira fundo, parece mais nervosa após perceber minhas lágrimas.

- e até lá? vou ser deixada de lado e ser tratada como um personagem secundário na sua rotina? - a loira é rápida em negar.

- não. não vai porque vou me esforçar e mudar minha rotina porque não vivo somente em torno do trabalho. eu tenho você e quero ter você, então não. não vai ser deixada de lado, nunca foi segunda opção em nada para mim, e te peço desculpas novamente se te fiz sentir assim. - mais uma respiração profunda.

- eu te amo maya. você é meu refúgio, meu alívio no final do dia e tudo que eu mais quero no mundo é... - "casar com você" são as palavras cortadas em minha fala. - ...te ter aqui pra sempre. - maya me beija delicadamente.

- me perdoa? - nossas testas estão coladas e o oceano de seus olhos coincidem com a tristeza dos meus.

- só se você fizer massagem nos meus pés pelos próximos dias. - ela ri, e quase começo a chorar novamente ao escutar sua risada. eu amo sua risada.

- feito! - nos beijamos de uma forma tão intensa, que me deixou sem ar em pouquíssimos segundos. - você é a protagonista dos episódios mais felizes em minha vida.

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oii, queríamos agradecer pelos 20k de leituras  fizemos uma thread no twitter ( @savresd ) mostrando os perfis de cada personagem pra divertir e aproximar um pouco os leitores da vida dos mesmos. esperamos que gostem!

beijos, madu e maju. :)

me encontra - marina Onde histórias criam vida. Descubra agora