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Seu instinto parecia adverti-la de que era o tipo de homem que qualquer mulher com um mínimo de juízo deveria evitar

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Seu instinto parecia adverti-la de que era o tipo de homem que qualquer mulher com um mínimo de juízo deveria evitar.

Algumas horas depois, descobriu, horrorizada, que havia sido colocada ao lado do conde Senju, na mesa de jantar. O fato de não parecer mais feliz do que ela por ser seu vizinho não foi de muita ajuda.

Como sua madrinha havia enfatizado que a noite seria informal, S/n deixara de lado o vestido longo que trouxera, optando por uma bela saia de georgette branca, com estampa de girassóis, que flutuava quando ela se movia, e uma blusa de seda, também branca. Nenhuma das duas peças era da grife Galantana, como era fácil de perceber logo no primeiro olhar, estava certa.

Também não tinha a menor ideia de quem havia criado o terno caro dele, mas concluiu que provavelmente se tratava de um Armani.

Na outra ponta da mesa, Silvia estava resplandecente num vestido curto social azul-real, que ia até o alto do pescoço, na frente, mas era profundamente cavado nas costas. Parecia ter recuperado o seu equilíbrio; de fato, aparentava estar quase triunfante, e conversava animadamente com seus vizinhos como se não tivesse preocupação alguma na vida.

S/n ainda não tivera a chance de conversar em particular com sua prima, que não estava em seu quarto, na ponta oposta do casarão, quando fora procurá-la.

— Posso lhe servir um pouco de salada de tomate? — perguntou o conde Senju, com fria educação, e ela desviou o olhar de seu prato, alarmada.

— Não... obrigada.

— Parece que a assusto, signorina — prosseguiu, depois de uma pausa. — Ou será que simplesmente prefere comer em silêncio?

— Acho que... nenhum dos dois.

— Fico aliviado por ouvir isso.

Ele sorriu pela primeira vez, e S/n sentiu a sua garganta se fechar, reagindo, relutantemente, a todo o impacto do seu poder de atração.

— Creio que já nos encontramos antes, embora não tivéssemos sido formalmente apresentados — prosseguiu. — Certa noite, na casa de Ernesto Alberoni, eu creio.

— Talvez — disse S/n, olhando fixamente sua comida. — E-eu não me lembro.

Che peccato — disse. — Não sabia que a nossa anfitriã tinha mais que uma afilhada. Você a visita com frequência?

— Tanto quanto possível.

Ela teve vontade de dizer: Silvia não lhe contou como ela me arrastou até aqui para servir de álibi para vocês?, mas decidiu não fazer.

— Fiquei um pouco curioso com sua presença numa festa cuja maioria dos convidados é tão mais velha.

— O mesmo poderia ser dito a seu respeito, conde Senju.

𝐎 𝐃𝐈𝐀𝐁𝐎 𝐕𝐄𝐒𝐓𝐄 𝐀𝐙𝐔𝐋❜  𝗍𝗈𝖻𝗂𝗋𝖺𝗆𝖺 𝗌𝖾𝗇𝗃𝗎Onde histórias criam vida. Descubra agora