Os rostos foram as únicas coisas que permaneceram na sua memória. O da condessa, impassível; o de sua madrinha, radiante, com uma expressão ansiosa nos olhos; o do signor Barzado tentando esconder o espanto, tanto dele quanto de sua mulher, o de Ciprianto, atônito também, mas feliz e, acima de tudo, o de Silvia, sentada ao lado do marido que evidentemente se divertia com tudo aquilo. Os lábios dela estavam esticados num sorriso, mas seus olhos arderam de raiva quando o Príncipe Damiano anunciou o noivado com grande prazer, e Tobirama tomou a mão de S/n, brilhando com o fogo azul da safira, e a levou formalmente aos lábios.
O almoço fora suntuoso, mas ela comera como um autômato, mal degustando a comida. Depois vieram os brindes. A boca já doía por causa do esforço de sorrir e receber os votos de felicidade.
Ela enrijeceu todo o seu corpo para receber o beijo de Silvia e depois a viu voltar-se para Tobirama e murmurar, com voz rouca:
— Parabéns, mio caro. É mesmo muito esperto.
S/n ficou sem palavras quando Ernesto, depois de lhe desejar felicidades sem convicção alguma, disse:
— Tudo foi muito repentino, S/n. Nem sabia que você conhecia o conde Senju. — Tobirama sorriu ao lado dela e retrucou:
— Tenho que agradecer por isso, signor Alberoni. Nós nos conhecemos no jantar ao qual compareci, em sua casa.
Mais tarde, sentindo o rosto quente devido a um rubor de puro embaraço, ela o ouviu se defender novamente das perguntas quanto ao grande dia, perguntando-se por que estava tão surpresa, uma vez que se livrar de situações problemáticas era provavelmente um fato diário para ele.
Agora, estava finalmente sozinha em seu quarto, com as persianas fechadas e a porta trancada. Uma precaução desnecessária, porém instintiva, uma vez que ainda tremia por dentro por causa do surpreendente roçar de lábios de Tobirama nos dela ao acompanhá-la até a escada e sussurrar:
— Em breve estaremos fazendo a siesta juntos, mia caríssima.
O fato de saber que aquele comentário se destinava aos outros e que não estava sendo sincero não afetou em nada a sua reação, o que a deixou bastante preocupada.
Repetindo mentalmente que não podia bancar a tola, virou-se de lado e tentou relaxar. Sua rosa fora salva da mesa do almoço por Giovanni e estava agora num fino vaso de vidro ao lado de sua cama.
Poderia tê-la dispensado, pensou, ao sentir seu perfume evocativo alcançá-la, trazendo lembranças tão indesejáveis quanto perigosas e advertindo-a de que as semanas que viriam poderiam ser as mais difíceis de toda a sua vida.Seu problema mais imediato, concluiu, sombria, era a sugestão que rapidamente havia se transformando num decreto, de que passasse a residir no palazzo Damiano, em Roma, a fim de se preparar para o casamento e evitar qualquer nova tentação antes de legalizar sua união com Tobirama.
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𝐎 𝐃𝐈𝐀𝐁𝐎 𝐕𝐄𝐒𝐓𝐄 𝐀𝐙𝐔𝐋❜ 𝗍𝗈𝖻𝗂𝗋𝖺𝗆𝖺 𝗌𝖾𝗇𝗃𝗎
Fanfic𓏲𝐎 𝐃𝐈𝐀𝐁𝐎 𝐕𝐄𝐒𝐓𝐄 𝐀𝐙𝐔𝐋"ꪶ﹆ཻ⁚ 𝖠𝗌 𝖾𝗌𝗍𝗋𝖺𝗍𝖾́𝗀𝗂𝖺𝗌 𝖽𝖾 𝗆𝖺𝗇𝗂𝗉𝗎𝗅𝖺𝖼̧𝖺̃𝗈 𝖽𝖺 𝗉𝗈𝖽𝖾𝗋𝗈𝗌𝖺 𝖿𝖺𝗆𝗂́𝗅𝗂𝖺 𝖲𝖾𝗇𝗃𝗎 𝖺𝗉𝗋𝗂𝗌𝗂𝗈𝗇𝖺𝗋𝖺𝗆 𝖲/𝗇 𝖡𝖾𝖺𝗎𝗆𝗈𝗇𝗍 𝖾𝗆 𝗎𝗆 𝖼𝖺𝗌𝖺𝗆𝖾𝗇𝗍𝗈 𝖽𝖾 𝗂𝗇𝗍𝖾𝗋𝖾�...