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Ao chegar ao palazzo, no dia seguinte, Tobirama foi informado pelo mordomo de que a signorina estava no pátio, e que ficaria honrado de levá-lo até lá.
Ao que parecia, o propósito de sua visita não era segredo para ninguém, pensou ele, sombriamente, ao seguir Massimo. O pátio nos fundos do palazzo era pequeno, mas muito agradável, sombreado por um limoeiro. O cenário ideal para um encontro daquele tipo, pensou cinicamente.
S/n estava sentada na ampla borda de pedra do lago de dourados, com a cabeça baixa, brincando com os dedos na água. Assim que Massimo o anunciou, ela se levantou abruptamente e Tobirama se deu conta de que estava tão ou mais tensa quanto ele.
Ainda mais pálida do que o habitual. Seus olhos estavam sombrios e os lábios comprimidos, numa tentativa de fazê-los parar de tremer. Estava apavorada, e, subitamente, sentiu necessidade de acalmá-la, de explicar que a união que estava sendo proposta não incluiria nenhuma das habituais obrigações físicas conjugais e que ela desfrutaria de todo o conforto enquanto estivessem casados.
— Buona sera, S/n. Come sta? — Ele se deteve e, ao ver que não respondia, prosseguiu: — Acho que sabe por que estou aqui.
— Sim. — A voz dela estava rouca, as mãos cerradas sobre as pregas de sua saia. — Preciso que saiba que... não posso. O que está me pedindo... é impossível.
— Mas ainda nem sabe o que quero. Foi isso o que vim discutir com você a sós. Um arranjo do qual só nós estaremos a par. Está disposta ao menos a me ouvir?
— Não adianta. E eu preciso parar com isso, enquanto é tempo. Podem ter forçado você a me pedir em casamento, mas não podem me obrigar a aceitar.
— Acho que está superestimando a tolerância do Príncipe, mia bella. Espera que nos casemos. Ecco, o casamento acontecerá.
— Não — disse S/n. — Não posso.
— Existe outro homem em sua vida?
— Não é essa a questão.
Suspirando, Tobirama caminhou até ela e se sentou, convidando-a a se juntar a ele com um breve gesto. Ela obedeceu, sem dizer coisa alguma, mantendo uma distância mais do que decorosa entre ambos, fazendo-o conter um gesto de irritação.
— Nossos sonhos não estão em questão nesse caso, S/n. Já me comprometi com um grande gasto por conta de minha companhia, com base num pacote financeiro fechado, a princípio com o Crédito Europa. Mas a menos que se torne minha esposa, o pacote será retirado e minhas interações com o banco, que já são de conhecimento público, serão canceladas com resultados potencialmente desastrosos. A Galantana garante a sobrevivência de muitas outras pessoas nessa época difícil, e não vou colocar o sucesso atual de minha companhia, nem o futuro de minha força de trabalho e fornecedores em risco enquanto puder evitar tal catástrofe. — Olhou-a, contraindo a boca, ironicamente. — É evidente que não me quer como marido. Permita que seja igualmente franco e diga que também não a desejo como esposa. Sugiro, portanto, que encaremos o nosso casamento como nada mais do que um simples negócio, uma inconveniência temporária que poderá ser rapidamente solucionada assim que a expansão da Galantana for paga. Como não compartilharemos nada mais do que um teto, poderemos providenciar uma discreta anulação, e receberá uma generosa quantia em troca de sua cooperação. — Sorriu, esperando que ela afrouxasse. — O que acha?
Uma cor tempestuosa aqueceu o rosto dela.
— Esta é a ideia mais imoral que já ouvi, e você deve estar louco se acha que vou concordar com uma coisa dessas.
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𝐎 𝐃𝐈𝐀𝐁𝐎 𝐕𝐄𝐒𝐓𝐄 𝐀𝐙𝐔𝐋❜ 𝗍𝗈𝖻𝗂𝗋𝖺𝗆𝖺 𝗌𝖾𝗇𝗃𝗎
Fanfiction𓏲𝐎 𝐃𝐈𝐀𝐁𝐎 𝐕𝐄𝐒𝐓𝐄 𝐀𝐙𝐔𝐋"ꪶ﹆ཻ⁚ 𝖠𝗌 𝖾𝗌𝗍𝗋𝖺𝗍𝖾́𝗀𝗂𝖺𝗌 𝖽𝖾 𝗆𝖺𝗇𝗂𝗉𝗎𝗅𝖺𝖼̧𝖺̃𝗈 𝖽𝖺 𝗉𝗈𝖽𝖾𝗋𝗈𝗌𝖺 𝖿𝖺𝗆𝗂́𝗅𝗂𝖺 𝖲𝖾𝗇𝗃𝗎 𝖺𝗉𝗋𝗂𝗌𝗂𝗈𝗇𝖺𝗋𝖺𝗆 𝖲/𝗇 𝖡𝖾𝖺𝗎𝗆𝗈𝗇𝗍 𝖾𝗆 𝗎𝗆 𝖼𝖺𝗌𝖺𝗆𝖾𝗇𝗍𝗈 𝖽𝖾 𝗂𝗇𝗍𝖾𝗋𝖾�...