[il destino si intreccia]

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AVISO: Assim como o capítulo anterior, esse terá palavras de baixo calão.

boa leitura!

Sonhos eram algo definitivamente estranho, era algo que não se conseguia se explicar com clareza,  por definição sonhos são um conjunto de ideias e de imagens que se apresentam ao espírito durante o sono, se fosse ver pelo lado científico de toda ...

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Sonhos eram algo definitivamente estranho, era algo que não se conseguia se explicar com clareza, por definição sonhos são um conjunto de ideias e de imagens que se apresentam ao espírito durante o sono, se fosse ver pelo lado científico de toda essa coisa, sonho era apenas uma forma do seu subconsciente colocar para fora tudo que a pessoa não quis digerir durante o dia, e para Alexander, nenhuma das duas maneiras foram muito agradáveis durante aquela noite. Depois da reunião da madrugada, tudo parecia um turbilhão de imagens e sons ao mesmo tempo, uma hora aparecendo imagens que o outro conseguia associar ao Submundo, que acaba passando para imagens da Clave e do Instituto, e uma hora elas de mesclavam de tal maneira, que sequer conseguia distinguir o que era o que, algo tão misturado que só piorava tudo para Alec. Seu sono estava tão pesado naquele momento que sequer percebeu quando uma figura entrou rapidamente no seu quarto, normalmente seu sono era tão leve que conseguia acordar até mesmo com uma respiração na parte de fora do seu quarto, também não se mexeu quando a figura parou ao seu lado na cama e o encarou por no mínimo uns 5 minutos, como se estivesse dando a certeza que ele estava dormindo. E como se finalmente tivesse se decidido, pulou em cima do mais velho, o balanção tão forte que a cabeça do moreno batia no travesseiro, os olhos azuis se abrindo no susto. - Vamos loga nessa porra Alexander, as fofocas de ontem a noite não vão magicamente se contar sozinhas. - A voz de Jace invadiu o quarto, e finalmente os olhos do parabatai haviam se focado no mais novo, o sol entrava no comodo, fazendo co9m que os fios loiros brilhassem em um dourado praticamente vivo, como se, de certa forma, os cabelos estivessem em chamas. Um anjo enviado para lhe acordar e o obrigar a contas as coisas que aconteceram na reunião da madrugada, Alec pensava que realmente deveria ter feito algo muito errado na sua vida passada. - Pelo amor de Deus Jace, faz o favor de sair de cima de mim -. resmungou, rolando na cama até conseguir tirar o corpo pesado de cima do seu - e pelo anjo, que horas são? - Agora é atualmente treze e cinquenta e seis, o que são quase duas horas da tarde, resumindo, você dormiu a manhã inteira. Isabelle mandou eu não te acordar antes do meio dia, ela soube que a reunião foi de madrugada. O mais velho novamente resmungou algo, passando as mãos pelo rosto com o objetivo de tentar tirar aquela preguiça inevitável que lhe dava quando acabava de acordar. Os cabelos estavam bagunçados, cada ponta ia para uma direção, o que Jace achava que fazia o parabatai parecer bem mais com a idade que tinha do que quando estava nos seus momentos mais sérios e arrumado, achava que de alguma maneira ele sempre parecia ter mais de 20 anos quando estava em missões ou precisava falar sobre algo, iria culpar o cargo de diretor do instituto por isso. Essa aparência jovial combinava mais com ele. Alec estava bem mais confuso e parecia muito mais cansado do que quando tinha ido dormir, seu corpo estava totalmente dolorido e sua cabeça havia começado com um latejar insistente que ele sabia que só iria passar com algum remédio. Resmungou mais algumas vezes como um velho ranzinza antes de finalmente ter vontade de levantar da cama, os sons de estralho preenchendo o quarto enquanto se alongava ali. - Tu tá crocantezão ein, Alec. - o loiro comentou brincando, recebendo apenas uma pequena revirada de olhos em resposta. A dinâmica dos dois sempre havia sido desse jeito, o mais novo sempre fazia alguma piada ou algum tipo de comentário totalmente sarcástico e o mais velho apenas o respondia mandando calar a boca ou falar algo com mais sentido. Quando eram mais novos, Alexander comparava a sua amizade com aquelas duplas de amigos de livros de fantasia e aventura que lia, sempre falava que iriam ser assim quando crescesse, Jace seria a pipa que fica grudada com a sua linha, eram bons juntos, mas separados não conseguiam fazerem mais do que o necessário. Jace é sua âncora, para que não afunde no mar de responsabilidades. - Jace, quer fazer um grande favor para mim? Pede comida no Jade Wolf e espera lá na biblioteca, esse lugar 'tá frio demais, meu deus. - Respondeu simples, encarando o outro com o seu olhar típico de "não faça mais nenhuma pergunta", queria poder tomar um banho e clarear as ideias sobre ontem antes de falar qualquer coisa para os seus irmãos, claramente excluiria bastante partes. O parabatia apenas balançou a cabeça em negação, lançando beijinhos com as mãos antes de finalmente sair do quarto e, como se tivesse sido totalmente criado para atormentar a vida de Alexander, deixou a porta aberta sem sequer fazer o mínimo esforço de encostá-la. O moreno só conseguia suspirar com aquilo, já havia se estressado e sequer fazia vinte minutos que estava acordado, a paciência era uma dádiva divina dada para si para que não jogasse Jace da torre mais alta da Igreja. Suspirou pela enémisa vez quando finalmente fechou a porta do quarto, se preparando para tomar mais um banho, os cabelos estavam ficando grudados no rosto e a roupa parecia desconfortável demais com aquilo. Dessa vez ficou bem mais tempo no banheiro do que havia planejado, se esquecendo por um momento que tinha que falar com os dois, só veio a lembrança novamente quando saiu do banho e viu o horário, xingando baixinho enquanto começava a trocar de roupa rapidamente. Havia passado mais de 40 minutos no banho e provavelmente a comida já havia chego, seu estômago já reclamava de fome, então seria algo bom se pudesse comer alguma coisa enquanto seus irmãos lhe enchiam de perguntas. Colocou o seu típico conjunto de roupas, até parecia que não tinha outro, e desceu para a biblioteca, um arrepio surgindo no seu corpo enquanto ia até o outro cômodo, como aquele Instituto poderia ser tão frio? Tentaria pedir para a Clave algum sistema de aquecimento melhor, porque estava ficando impossível viver daquela maneira, parecia que sempre estavam no inverno. Não demorou muito para chegar na biblioteca, conseguindo sentir o cheiro da comida chinesa saindo pelas frestas da porta, um cheiro que fez seu estômago reclamar de fome. Sem mais nenhuma cerimônia o jovem abriu a porta, com a sua melhor cara de cu ao olhar para os dois seres ali, que já tinham devorado praticamente uma caixa inteira de porco mushu sozinhos, o que Alec achava uma heregia, estavam comendo sem ele, e ele não deixaria aquilo passar batido. - Muito bonito vocês dois ein, realmente muito lindo isso ai - a voz ecoava por todas as prateleiras do lugar, a voz se elevando muito mais do que o tom de voz que o mais velho estava falando. Os dois olharam para o maior como se estivessem sido pegos quebrando algo, estavam paralisados, Isabelle tinha parado com os hashis na metade do caminho da sua boca, o conteúdo que estava lá já havia caído na mesa. - Parece que não querem ouvir mesmo sobre o que aconteceu naquela reunião né?Tudo bem, já estou indo embora. - Ah nem vem Alec, você pode vir aqui. - Não deu sequer tempo do moreno fazer algum drama e virar para a porta quando a mais nova pulou em cima de si e o jogou na cadeira ao seu lado, colocando um pouco de porco mushu na sua boca quando este abriu a boca para fazer alguma reclamação. Logo depois a garota se sentou também, comendo rapidamente o porco que havia caído na mesa. - Regra dos 5 segundos. - Desculpa te informar, mas isso foi bem mais do que 5 segundos, Isabelle. - Sinceramente, Jace, só come ai vai. - A mais nova finalmente tinha se pronunciado, voltando a sua atenção para o irmão mais velho, um sorriso inocente se fazendo presente no rosto, o sorriso que sempre fazia quando estava querendo alguma coisa. - Você sabe que eu te amo né, maninho? Te amo muitão, agora me conta o que aconteceu na reunião. Alec achava simplesmente incrível o fato de que seus irmãos conseguiam ser tão 'sutis' quando queriam saber sobre as coisas que queriam, o moreno apenas terminou de mastigar o que já estava na boca e se afundou um pouco na cadeira, aquela seria uma longa tarde. - Bom, vamos começar pelo fato de que essa reunião foi de madrugada, como uma dessas coisas poderia ser eita na madrugada? Já falei um monte de vezes para o papai que eles deveriam instalar uma rede de wifi melhor aqui. - Seu tom de voz já era de reclamação, odiava quando as coisas não estavam dentro do seu controle. - Além de que fui o último a entrar na chamada, já ganhei um puta esporro por causa disso. - Isso é porque você nasceu como uma idosinha e gosta de dormir cedo. E lá estava Jace, com as suas acusações e zoações de Jace, ele não conseguia ficar com a boca fechada por mais de 5 minutos, se não fizesse algum comentário sarcástico nesse tempo, provavelmente morreria com uma overdose do próprio veneno, como a boa cobra que era. - Jace um desafio sério para você. Fica 10 minutos sem falar nada e eu não conto para a mamãe que você quebrou os vidros da sala de treinamento. - Você fez o que, Jace? - Tá tudo de boa, Alec, relaxa, não foram todos assim, foi só um tá? E foi um acidente, eu não joguei a faca 'sem querer' na janela. - Jace, você é impossível - no final apenas revirou os olhos pelo comportamento do seu parabatai, era impossível que ele tentasse fazer algo mais de boa ou pelo menos sem que quisesse matar o mais novo estrangulado. - Tá, fiquem quietos até eu terminar. Dessa maneira ele começou a contar o contexto geral de toda a reunião, contando sobre a movimentação do Submundo e sobre como os Institutos seriam responsáveis por algumas partes da máfia, desviando eficientemente das perguntas que Isabelle fazia sobre o que o instituto faria e ignorou os comentários de Jace, que se resumiam apenas em tentar sequestrar o líder deles antes que eles tomassem alguma ação. Deixou de fora as partes mais específicas e como algumas coisas estavam bem mais estranhas que o normal, que o M.O era o mesmo dos feiticeiros e que pareciam que estavam tirando todos os seus informantes e conhecidos da lista dos caçadores de caminho, e que estavam o deixando praticamente no escuro. Não queria tirar essa esperança dos outros dois, era injusto, era bem mais fácil carregar esse fardo sozinho do que compartilha-los com os irmãos, sempre fora assim, e continuaria por mais algum tempo. Não houve muita reação por parte dos dois quando terminou de falar, havia sido bem mais de boa do que Alec realmente esperava, o que deixou o mais velho até que surpreso, nenhum dos dois fez um estardalhaço ou quis reclamar que eram menores de idades e que foram deixados de lado. Sabia que o parabatai iria reclamar sobre isso com ele mais tarde ou em alguma das missões, mas por enquanto estava tudo certo. Os dois ficaram em silêncio por um tempo, como se estivessem absorvendo tudo que haviam ouvido. - Bom, o que a gente vai fazer agora? Eu sei que tem mais coisa nisso, a gente tem uma missão né? - Jace finalmente se pronunciou, os olhos brilhando com a animação excessiva que Alec conhecia bem, e sabia no que isso iria dar. - Eu sei que tem algo, vamos precisar caçar alguns vampiros ou lobisomens, ou precisar socar alguma fadas? Eu to totalmente feliz com isso. - Não, totalmente não tem mais nada. Você vai ficar ai quietinho com a Isabelle, porque caso você não saiba, você ainda tem 17 anos, e eu sou o responsável pelo Instituto, ou seja, eu mando em você. Agora fiquem ai comendo o resto da comida enquanto eu to indo treinar. - Já começo se levantando, pegando mais um pedaço de comida antes de dar um beijo na testa da irmã e bagunçar os cabelos do parabatai e parando na porta por um momento. - E não quero bagunça de nenhum de vocês fazendo bagunça. Falou finalmente, dando um olhar sério para os dois antes que saísse dali. Precisava tirar um tempo para pensar sobre tudo, mal tinha acordado e já foi bombardeado com perguntas do Jace, precisava de um tempo para descansar e extravasar tudo que sentia. Estava começando a ficar irritado, e não queria descontar essa irritação e frustração em nenhum dos dois, eles não tinham culpa de nada, mas algumas vezes tudo que eles faziam ficava demais e esse demais o irritava. Felizmente a desculpa de que iria treinar era a mais convincente naquele momento, não iria na sala de treinamento, talvez fosse apenas correr por volta do quarteirão até simplesmente as pernas falharem de exaustão. * O dia estava nublado, praticamente escuro mesmo que fosse no meio da tarde. Provavelmente choveria mais tarde de acordo com os cálculos do moreno, uma chuva não faria mal para si, não mesmo, ver se a água limpava todos os pensamentos da reunião. Havia recebido um grande esporro dos pais, quando foi para o quarto trocar de roupa finalmente teve tempo de ver o celular e as 500 mensagens que seus pais haviam mandado, claramente tinha mais da sua mãe. Ele ficou quase 10 minutos ouvindo todos os áudios, sobre como ela esperava mais dele sobre como diretor do Instituto, que ele não precisava fazer essas perguntas se fossem ser idiotas e óbvias e que ela esperava que ele estivesse pelo menos tomando conta dos irmãos e não dormindo a tarde inteira. Depois foi ouvir a do pai, felizmente não foi tão ruim assim quanto foi o da sua mãe, mas Alec achava o tom decepcionado do pai mil vezes pior do que o tom histérico da sua mãe. Porque com ela, o jovem já estava acostumado com os surtos diários, mas raramente o pai lhe dava esporros e broncas, então era bem mais chocante e complicado do que normalmente. E agora estava caminhando por ali, pensando em tudo que tinha acontecido, amava seus pais e amava a sua família, mas era tão complicado ter que lidar com tudo isso sozinho enquanto os pais viajavam para diversos lugares e ele ficava sozinho para cuidar de tudo e ser responsável por tudo. Não era justo consigo, ele nunca tinha tido a escolha de ter aquela posição para si, lhe foi jogada como se fosse um brinquedo de criança e que ninguém queria, e Alec teve que aceitar aquilo de bom grado e como se nunca estivesse cansado ou irritado na vida, o que tornava a vida muito mais complicada. Principalmente quando Jace queria algo que não precisava ou que queria implicar e fazer tudo que quisesse. Não era como se não gostasse do Jace, era o seu parabatai e o amava mais do que era a maneira que gostaria, mas enquanto Alec sempre tentava seguir as regras e deixar todo mundo seguro, Jace esperava quebrar todas as leis possíveis e tentar suicídio a cada missão. E isso muitas vezes era irritante e cansativo, não conseguia discutir com ele, o loiro sempre queria estar certo, sempre vinha com argumentos e o jovem apenas concordava e deixava quieto, estava cansado demais para sequer tentar discutir com ele, tinha coisas mais importantes para fazer. Agora estava caminhando, ou melhor, correndo, para tentar tirar qualquer pensamento da sua mente, qualquer pensamento que o fizesse lembrar disso ou que o estressasse. Estava correndo a tanto tempo que as pernas estavam fracas, queimavam de dor. Mas pelo menos isso amenizava todos os seus sentimentos, fazia ele se concentrar apenas na sua dor e no seu cansaço, e isso já era o suficiente para si. Apenas percebeu que já era de noite quando teve que se obrigar a fazer uma pausa, sentou em um dos brancos de uma praça qualquer para conseguir respirar, seu peito doída e mal conseguia sentir suas pernas. O suor escorria pelo seu rosto fazendo arder seus olhos e os cabelos e as roupas estavam totalmente grudadas no seu corpo, a brisa da noite era a única coisa que lhe refrescava nesse momento. O moreno olhou pra cima nesse momento, as nuvens tinham saído do céu e a lua brilhava forte naquele momento, era uma noite bonita tinha que admitir, mas não estava com ânimo nenhum para voltar para o Instituto. Sabia que tanto Isabelle quanto Jace tinham lhe mandado mensagem, mas assim como na vez com o seus pais, não tinha a mínima vontade de responder nada. Se levantou do banco com um suspiro, provavelmente iria dar mais alguma volta e depois cair na cama de sono, estava se preparando para correr novamente quando um jogo de cores lhe chamou a atenção, como uma grande lâmpada atraindo uma mosca para perto. * Pandemônio era uma das baladas mais famosas que haviam no Submundo, era como um ponto neutro entre todas as partes, ninguém comandava acima de alguém ali, não era território de ninguém, era apenas um lugar para todos se divertirem, venderem suas drogas e ficarem de boa sem o medo de alguma hora a polícia bater ali. Nunca aparecia alguém ali. Magnus estava sentado em um dos sofás da área vip, tinha um drink em uma das suas mãos e uma maconha na outra, assim como também diversas pessoas em casa milímetro do sofá, conversando, brincando e tomando alguma coisa, a maioria ali estava totalmente bêbados ou drogados, e enquanto estivesse recebendo dinheiro por aquilo, o feiticeiro estava plenamente feliz de ficar ao lado deles. Os olhos analisavam toda a pista de dança, a área vip era um lugar mais alto, o que lhe dava uma ótima visão de toda a passarela e de tudo que estava se passando por ali. Seus olhos dançavam pelas pessoas na pista e no bar, até parar em alguém, alguém totalmente diferente do perfil de quem iria ali, o que simplesmente chamou a atenção do moreno. Um sorriso surgiu no rosto com aquilo, colocando o copo em cima da mesa enquanto se levantava e começava a descer até a pista de dança, se movia rapidamente entre todos aqueles corpos se mexendo grudados ao som de alguma música eletrônica. Magnus se movia como uma cobra, indo em busca da sua presa, o que não demorou muito para achar, aquele jovem era como um pontinho brilhante e cheio de luz, um pontinho bem atraente e jovial, o tipo perfeito do homem. - Parece um pouco perdido, gatinho? Posso te ajudar em algo? - o sorriso não saiu do seu rosto quando o rosto do outro se virou para encará-lo. Ah, aqueles olhos azuis eram perfeitos em qualquer lugar.

Nemenci & Amanti [malec]Onde histórias criam vida. Descubra agora