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Nina narrando.

Termino de pentear meu cabelo em frente ao espelho e escuto o barulho da porta sendo destrancada e já sei que é Martino, ele vêm praticamente toda manhã. Saio do banheiro um pouco apressada para vê-lo e o mesmo já me recebe sorrindo, me sento na cama e ele se joga deitando sua cabeça em meu colo, deixo minha mão cair e começar um leve cafuné.

— O que fazia antes de eu chegar? — ele brinca com o seu piercing na língua que devo admitir que já me peguei imaginando como deve ser ter um, ou sentir um...

— Tinha acabado de tomar banho e estava penteando meu cabelo, não há muitas coisas que eu possa fazer neste quarto. — reviro os olhos entendiantemente porque realmente é péssimo ficar aqui dentro o dia todo.

— Humm... Sabe, sonhei com você hoje. — ele olha para cima encontrando meus olhos, já eu encaro profundamente a imensidão cor de chocolate que era sua íris.

— Sério? Espero que tenha sido um bom sonho então, um que eu não esteje presa em um quarto. — ironizo e ele sorri ladino.

— Bem, você estava presa em um quarto, mas você queria estar ali e com certeza eu a queria ali ainda mais. — franzo o cenho confusa, com o que exatamente ele havia sonhado?

— Vai me contar o que eu fazia em seu sonho ou não? — ergo uma sombrancelha e ele parece ponderar sobre isso por um tempo.

— Agora não, talvez daqui a pouco, talvez amanhã, talvez semana que vem... — e ele iria continuar, mas eu o interrompo.

— Cuidado para não demorar tanto, daqui a pouco eu não estarei mais aqui. — seu rosto se fecha em uma carranca e mesmo que eu queira acreditar que ele verdadeiramente se importa se eu vá, eu sei que não, eu sei o que ele quer de mim fazendo tudo isso.

— Eu te contarei um dia, e você ainda estará ao meu lado, isto é uma promessa. — ele afirma prendendo meu olhar no seu.

— Certo, irei acreditar em você então. — antes que eu pudesse voltar a acariciar seu couro cabeludo, ele se levanta, ficando de pé ao lado da cama e me puxando pra ele.

— Preparada para hoje?! — ele começa a me rodpiar em piruetas estranhas e eu não posso conter o riso.

— O que tem hoje? — arregalo os olhos preocupada.

— Você voltará a ver a luz solar e a sentirá em sua pele, graças à mim, é claro. — ele para de me girar e eu o encaro abrindo um sorriso enorme, pulando em cima dele em seguida.

Passo meus braços por seu pescoço e ele segura em minha cintura para me segurar, mas acaba tropeçando e se escorando na cama, para depois descer lentamente até o chão, me colocando ao seu lado enquanto riamos. Ficamos lado a lado, encostado contra a cama.

— Enquanto você ainda não pode descer, porque quem irá levá-la será a Loira, podemos jogar um jogo, o que acha? — sugere e eu acho interessante, a quanto tempo não jogo nada com ninguém.

— Que tipo de jogo? — questiono curiosa, virando o meu rosto para o seu, deixando minha cabeça cair para trás no acolchoado da cama.

— Um que é um pouco diferente... — sua voz fica mais firme e seus olhos parecem brilhar em intenção.

— Diferente como? — engulo à seco e mordo meu lábio inferior nervosa.

— Você vai gostar. — ele afirma.

— Certo, e como funciona? — questiono curiosa.

— É como o mestre mandou, você faz o que eu digo, mas só que tocando partes do seu corpo. — ele passa seus olhos pelas minhas pernas e sobe para meus seios, logo depois voltando ao meu rosto, então ergo uma sombrancelha em dúvida, eu sei onde isso pode chegar, não sou inocente.

Just call me a babyOnde histórias criam vida. Descubra agora