13

3.9K 308 59
                                        

Nina narrando.

A cara de poucos amigos de Loira faz com que eu nem sequer abra a boca, nesse tempo aqui eu já percebi que dialogar com eles não é fácil, as vezes até mesmo com Martino é difícil.

— Você tem meia hora, aproveite como quiser, porque por mim você não estaria aqui fora — ela cruza os braços me encarando e eu posso ver a luz do sol adentrando a sala ampla. — É ridículo uma pessoa que sequestramos tenha tantos direitos e privilégios assim. — ok, de fato não acho que seja normal, mas também não é um mar de rosas, passo por várias situações aqui que me sinto enojada.

— Fui sequestrada sem o menor motivo, então acho que algumas regalias podem ser feitas. — dou passos em direção à porta aberta que dava para lá fora.

— Tudo se tem um motivo, lindinha, você logo saberá o seu motivo. — ela ri seco e eu fico intrigada, mas não ouso perguntar nada.

— Vai ficar passeando por aqui ou vai sair? — ela reclama e eu me viro para ela.

— Tudo bem, Loira, eu já to... — interrompo minha frase quando escuto um barulho de tiro e meu coração dispara, me deixando apavorada.

Loira fica com os olhos alarmados e puxa uma pistola da cintura.

— Fica atrás de mim e faz silêncio — ela murmura e faz sinal com a mão para irmos para trás de uma pilastra. — Sem gracinhas, ou será o seu sangue espalhado nesse chão. — ela diz se virando e pressionado uma faca que não faço ideia de onde tirou em minha garganta.

Assinto com a cabeça com minha respiração ofegante e sinto minhas pernas tremerem quando outro tiro é dado. Loira tenta ver de onde isso está vindo e eu continuo paralisada, até que vários tiros começam a ser disparados, um atrás do outro sem pausa, todos contra a gente.

— VEM, VEM, VEM!!! — Loira me arrasta com ela para atrás do sofá e eu vejo tudo a nossa volta ser estourado com balas.

Jarros se quebravam, buracos nas paredes eram formados, quadros furados e eu não conseguia me concentrar em nada. Todo meu corpo estava tremendo, minhas mãos suavam frio e meu coração parecia querer sair pela boca, eu não conseguia controlar minha respiração e enquanto isso Loira tentava atirar contra quem quer que seja que esteja tentando nos matar.

O problema é que ela tem uma pistola e eles metralhadoras pelo que parece.

— Fica abaixada aí e só saia se um dos nossos vier te pegar! — ela diz me encarando fixamente e eu arregalo os olhos mais desesperada ainda.

— Não, não, não. Não me deixa aqui sozinha, eu vou acabar morrendo! — agarro seu braço e ela suspira.

— Se eu não tentar algo, nós duas acabaremos mortas! — ela pega a minha mão e pela primeira vez sinto confiança em alguém aqui dentro, o que é irônico se pensar na situação em que estamos.

Foi só ela terminar de falar que vejo os três homens, mais 4 seguranças entrando na sala e atirando em tudo que se move. O olhar de Martino se encontra no meu e posso ver o exato momento em que seus olhos pareciam ter mudado, ele toma à frente e quando espio pelo canto o vejo matando um por um que entrava.

Sua arma acaba a munição e ele puxa algumas facas, sem misericórdia, ele esfaqueia as costas de um homem e lança sua faca em outro, rasgando o pescoço do que vinha para cima dele.

— Martino! — Matteo o grita e ele o ignora.

— RECUA! Não sabemos quantos são e eu quero que alguns fiquem vivos ainda. — Mattia grita após atirar em um cara que vinha pelos cantos.

Just call me a babyOnde histórias criam vida. Descubra agora