Capítulo XIV

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JUNGKOOK

Eu menti para Jimin.

Eu disse a ele que tinha negócios da fraternidade e não podia sair com ele e Jin esta noite.

Então, chamei um táxi e encontrei-o no campus, longe da casa Alpha U. 

Depois que dei ao motorista o endereço do lugar que queria ir, deixei o meu telefone desligado e guardei no meu bolso.

Eu estava nervoso e meio assustado, mas não o suficiente, para mudar de ideia.

Em vez disso, sentei na parte de trás do táxi e pensei em Jimin. 

Eu sabia que não deveria. 

Mas era algo que eu nunca havia me permitido antes.

Antes, eu estava muito ocupado negando como me sentia.

Eu não tenho que negar mais. 

Pelo menos não dentro da minha própria cabeça.

Então pensei sobre ele. 

Sobre o modo que às vezes doía para correr meus dedos pelo seu cabelo quando estava uma bagunça. 

Como as vezes em que ele não se barbeava e apareciam alguns pêlos em seu queixo e eu me continha para não tocá-lo e sentir a aspereza na minha palma.

Como sua risada fazia meu estômago apertar e como quando eu olhava para seus dedos agarrando um volante? 

Eu às vezes gostaria que fosse minha mão.

Eu também me permiti pensar sobre a maneira que me sentia tê-lo em meus braços. 

Ele era forte e capaz. 

Seu corpo era duro, e seus braços agarraram-me apertado. 

Eu amei isso. 

Eu sempre fui o primeiro a fazer o movimento, com as mulheres. 

Era eu que as envolvia. 

Elas eram sempre tão pequenas e frágeis.

Não Jimin.

Ele tinha braços capazes de me segurar, ombros largos o suficiente para descansar minha cabeça. 

Eu não teria que me preocupar com meu tamanho com ele. 

Eu não teria que me preocupar se iria machucá-lo.

Se alguma coisa, ele tinha o poder de me machucar.

Nunca me senti vulnerável antes. 

E eu não tinha certeza se gostava.

Trinta minutos depois, o táxi entrou no estacionamento de um edifício bem iluminado. 

Estava cheio de carros, e música filtrava para fora do interior. 

Paguei a tarifa astronômica e fiquei ali na entrada até que o motorista estivesse fora de vista.

A porta do lugar se abriu e dois caras saíram. 

Eles estavam rindo e tinham seus braços frouxamente presos um ao outro. 

Mesmo eu olhando para eles, eles não me viram. 

Para eles, eles estavam sozinhos.

Quando um bêbado tropeçou, o outro o pegou e corrigiu ele. 

— Vamos lá —. Ele riu. — Vamos jogar você na cama.

— Só se você vier comigo —, o mais bêbado do casal disse.

Addicted To Speed - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora