Capítulo XXII

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JUNGKOOK

— O que você está dizendo? — Perguntei. 

Eu queria ser perfeitamente claro.

— Eu me sinto atraído por você, garoto da fraternidade. Da mesma forma que você é por mim.

— Você é gay?

Ele sorriu maliciosamente. 

— Eu estive com muitas mulheres para me chamar de gay. Então, talvez eu seja bi. Inferno, eu não sei. Colocar um rótulo não o tornará mais fácil de entender.

Eu balancei a cabeça, totalmente de acordo. 

— Ou mais fácil de sentir.

Ele desviou o olhar e suspirou. 

— Venho lutando, também, por muito tempo. Nós sempre... meio que tivemos essa química entre nós. Você sabe? — Ele olhou para mim para confirmação.

— Eu acho que aquele beijo provou isso —, eu respondi, triste.

— Eu quero fazer de novo —. Sua voz era um meio rosnado.

— Graças a Deus —, eu exclamei. 

Estar em um relacionamento (se é que é isso) com outro homem não vai ser fácil. 

Não era algo que eu escolheria para mim.

Mas o amor escolheu por mim.

Depois de beijá-lo, depois de se sentar aqui com ele assim.... tornou-se tão claro para mim que a única coisa mais difícil do que estar com Jimin seria não estar com ele.

— Naquela noite, no meu quarto, quando estava bêbado... As coisas que você sussurrou? Elas me afetaram, em um nível que eu nunca entendi. Ou tentei. Isso me assustou tanto, Jun.

— Eu sei cara —. Eu esfreguei minha mão livre sobre o meu rosto.

— Eu pareço como um maldito gay dizendo isso. Mas é verdade. Eu tenho muito medo ultimamente.

Eu não queria isso para ele. 

Eu queria que ele estivesse seguro. 

Feliz. 

Tudo.

Ele se virou e olhou para mim. 

Procurei seus olhos, na esperança de encontrar as palavras que poderia fazer isso mais fácil.

— A única vez que eu não estava com medo foi quando você me beijou.

Acho que eu não precisava de palavras, porque ele já as tinha.

Estávamos incrivelmente perto. 

Poucos centímetros um do outro. 

Seus olhos eram tão sinceros, tão abertos naquele momento que fez meu coração vibrar. 

Soltei nossas mãos e coloquei a palma da mão contra o lado de seu rosto, na sua bochecha.

— Eu também não estava —, Eu confidenciei.

Desta vez, ele me beijou.

Meu coração cantou como todos os filmes da Disney que eu sempre pensei que eram mudos. 

Mas merda, se não se são impressionantes.

Meus dedos esfregaram contra a barba em seu rosto, e ele puxou meu lábio inferior entre os seus.

Ele chupou e lambeu, meus dedos arrastaram em torno de seu pescoço e mergulhou nos fios curtos do seu couro cabeludo.

Ele soltou meu lábio e gemeu, cobrindo minha boca completamente. 

Addicted To Speed - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora