Capítulo XXXIX

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JUNGKOOK

Fraturado.

Quebrado.

Não todo.

Vai curar, mas nunca será como antes. 

Esse foi o prognóstico para as minhas costelas. 

Por toda a minha vida.

Soomi não ficou muito tempo. 

Ela cutucou e cutucou, e fez um monte de perguntas. 

Nenhuma delas era pessoal. 

Nenhuma delas era curiosa. 

Isso me fez pensar o quanto Hobi disse a ela, se ela sabia o porquê de eu estar assim.

Quando terminou, ela escutou o meu peito uma última vez, me pedindo para respirar profundamente e expirar. 

Doeu como um inferno. 

Claro, isso era normal. 

Ter uma ou duas costelas quebradas, tornaria doloroso respirar. 

Inferno, eu tive sorte que a costela não perfurou algum órgão, como o pulmão. 

Se esse fosse o caso, eu estaria no hospital agora, não deitado na cama de Jimin.

Eu gostava de sua cama.

Eu poderia até argumentar que era o meu lugar favorito.

Talvez estar no hospital tivesse sido mais fácil.

— Lembre-se do que eu disse —. Soomi recuou e colocou seu estetoscópio em sua bolsa. — Anti-inflamatório, movimentos limitados, e ir para o hospital se você começar a se sentir pior de qualquer forma.

— Entendi —. Eu concordei, na esperança de impedir outra revisão, da longa lista de sintomas que eu precisava observar.

— Mantenha esses cortes limpos —. Ela prosseguiu e olhou para o corte na minha cabeça. — Gelo no olho e talvez no lábio.

Ela parecia estar divagando de repente, agora que seus instrumentos foram guardados e seu exame oficial havia terminado, ela estava se tornando menos robótica.

— Eu estou bem, Sra. Jung —, eu disse suavemente e coloquei uma mão em seu braço. — Obrigado por ter vindo, especialmente tão tarde.

Ela sorriu. 

— Eu sempre vou vir —, ela disse baixinho. Ela cobriu a minha mão livre com a sua. — Eu sinto muito que isso tenha acontecido.

Eu fiz um som de desprezo. 

— Eu sou um cara durão. Dou conta disso.

— Você não deveria ter passado por isso.

— Quanto Hoseok te disse? — Perguntei curioso.

— Ele não precisava dizer nada. O olhar no rosto de Jimin quando entrei na casa disse tudo.’

Todos ficavam dizendo isso.

Droga. 

Jimin e eu seriamos péssimos no poker.

— Ele está muito chateado —, eu disse, por falta de saber o que dizer.

— É difícil ver alguém que amamos com dor.

— Sim, bem, a dor não vai a lugar nenhum —. Eu murmurei, um pensamento que acidentalmente disse em voz alta.

— Sabe qual é o melhor remédio para a dor? —, Ela perguntou, apertando a minha mão antes de me soltar.

— Cerveja? — Perguntei, esperançoso.

Addicted To Speed - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora