Capítulo 12

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Allison estava em seu escritório analizando alguns documentos do Casino, Isadora estava trabalhando, havia voltado a trabalhar, pois estava surtando em ter que ficar só em casa. Por Allison ela nem iria, mas não ia pressioná-la, se ela queria trabalhar, tudo bem. Elas contrataram uma babá para cuidar de Lindsay, essa por sua vez estava na sala com a pequena, foi pega de surpresa quando Allison chegou cedo em casa.
 
Algumas coisas tiravam sua atenção, o fato de CJ estar quieto a deixava muito receosa do que poderia vir. Outra coisa era não conseguir falar com Lis desde a última conversa que tiveram. Já havia mandado várias mensagens, já havia ligado várias vezes, mas não tinha resposta alguma. Pensou em ir até a casa dela, mas também achou melhor não, só precisava que ela pelo menos atendesse alguma ligação. Tudo o que ouvia até então após chamar diversas vezes era que a caixa postal dela estava cheia. Logo seu celular começou a tocar e achando que era Lis, ela o pegou em mãos, mas viu que se tratava de um número privado.
 
- Alô? - Disse após ouvir a respiração do outro lado.
 
- Não achou que eu tinha esquecido de você não é? - Questionou a voz do outro lado.
 
- CJ. - Murmurou ela ao reconhecer a voz. - O que você quer?
 
- Que sinta o mesmo que eu quando perdi meu amigo. - Ao ouvir isso Allison deu uma gargalhada gostosa e bem debochada.
 
- E o que você sentiu CJ? Você não tem sentimentos por ninguém, nem por você mesmo. Mandou matar o seu próprio pai e acha mesmo que vou acreditar que tem algum sentimento? Me poupe, só se for ódio. Isso eu sei que sente por mim. Mas de fato a morte de nenhum deles foi de fato uma tragédia pra você. Você não sabe nem o que é luto, não sabe nem o que isso significa. - Disparou ela o deixando irritado.
 
- Você mexeu com a pessoa errada. - Debateu ele.
 
- Não, eu não mexi com você. Se lembra bem que eu estava na minha quando você veio me encher a porra do saco? A única coisa que fiz foi ganhar de você, e eu não tenho culpa que você não sabe dirigir. Sugiro que treine um pouco mais. - Respondeu. - Agora se me permite, eu estou cheia de coisas pra fazer, ao contrário de você.
 
- Vai se arrepender se desligar. - Ameaçou do outro lado da linha.
 
- Aé? Por que? - Alfinetou.
 
- Você vai fazer tudo o que eu mandar. - Allison deu risada outra vez.
 
- O que foi? Quer correr de novo? Você não cansa, não é mesmo? - Debochou ela.
 
- “Isadora Hastings Arquitetura e Construção”... É o nome da empresa da sua namoradinha não é? - Indagou ele a fazendo engolir a seco. - Eu estou bem na frente, é uma faixada e tanto, aposto que ela está lá em cima agora em um escritório provavelmente. Devo fazer uma visita?
 
- Não se atreva!! - Exclamou Allison num tom ríspido. - Você está blefando. - Logo ela recebeu uma mensagem e ao tirar o celular do ouvido para ver o que era, CJ tinha mandado uma foto dele em frente a faixada do prédio. - Que porra você quer que eu faça? - Questionou após colocar o celular no ouvido novamente.
 
- Eu disse, não me subestime Allison. - Lembrou ele. - Você vai terminar com sua namoradinha. - Ordenou.
 
- O que? Como assim? O que você ganha com isso? Eu não vou terminar com ela. - Disparou irritada.
 
- Ganho o seu sofrimento, principalmente quando ela te tratar como um lixo quando fizer isso depois de provavelmente ter prometido estar sempre com ela. - Respondeu. - Você vai terminar sim, ou eu subo agora e estouro a cabeça dela com uma bala. Depois eu sumo com a sua filhinha, posso ganhar uma boa grana vendendo ela no estrangeiro...
 
- SEU DOENTE FILHO DA PUTA!! - Exclamou num tom mais alto. A babá pôde ouvir da sala, mas achou melhor não se intrometer nos assuntos de Allison.
 
- E aí? Eu vou ser bonzinho com você, te dou uma semana. Faça isso, ou você vai perder de verdade as duas. E se envolver a polícia ou contar pra qualquer pessoa eu faço uma caça completa. Pego sua mãe, depois sua irmã, seu pai, suas amiguinhas... Uma semana. - Debateu finalizando a chamada em seguida sem dar a ela chance de responder. Allison colocou seu celular sobre a mesa e com as duas mãos fechadas deu um soco dublo na mesma fazendo o porta canetas saltar e virar. Não acreditava que isso estava acontecendo, precisava parar CJ o quanto antes, precisava encontrá-lo.

Amor Sem Limites IIOnde histórias criam vida. Descubra agora