Capítulo 15

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O tempo estava fechado anunciando que uma tempestade viria, muitos estavam reunidos no cemitério da cidade, desde familiares a amigos de Stefan. Seus pais choravam inconsoláveis por terem perdido o único filho. Isadora estava anestesiada pela dor, queria muito ter tomado um calmante, mas não podia pois ainda amamenta e não quer trazer problemas a sua filha. Essa era amparada por Beatriz, Alice e sua mãe Suzana. Em uma das universidades de Seattle Chucky acabava de sair de sua última aula quando trombou com Allison. Essa estava toda de preto, uma camiseta lisa, calça jeans, um tênis vans e um óculos viador.

 Essa estava toda de preto, uma camiseta lisa, calça jeans, um tênis vans e um óculos viador

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- Allison. - Indagou ele surpreso em vê-la ali, achava que ela estaria no cemitério. Havia acompanhado os noticiários e sabia que Stefan também era amigo dela.

- Oi Chucky. - Cumprimentou o olhando.

- Pensei que estivesse no cemitério. - Comentou. - Eu sinto muito.

- Eu não sei se consigo ir. - Disse comprimindo os lábios.

- Quer que eu te acompanhe? Não conhecia bem o cara, só o conhecia como xerife da cidade, mas... Se quiser eu vou com você, sou seu amigo e amigos também servem pra isso. - Sugeriu a olhando.

- Faria isso?

- Claro, vamos lá. Eu vou pegar meu carro e te sigo logo atrás. - Respondeu saindo andando. Allison o viu se distanciar e logo foi para o seu carro também, onde entrou e saiu dali sendo seguida por ele.

No som de seu carro tocava “Justin Timberlake - Mirrors” e ela só conseguia pensar em Isadora, pensava no quanto ela deve estar mal com tudo isso. Allison não era de ferro, na verdade ninguém é, e ao pensar que Stefan morreu tão jovem e que Lindsay não terá a chance de conhecê-lo melhor, uma lágrima percorreu seu rosto. Lembrar de Isadora dizendo o quanto está precisando dela nesse momento a deixava ainda pior. Não seria justo não estar lá nesse momento difícil.

Quando chegaram estacionaram os carros dentro do cemitério há poucos metros de onde as pessoas estavam. Allison desceu do seu veículo e batendo a porta foi caminhando em direção a eles, Chucky a acompanhava logo ao lado. Quando Isadora a viu ali correu até ela e a abraçou forte, Allison a tomou em seus braços, podia ouvir seu choro desesperador que saia abafado em seu peito. Ela pousou seu queixo na cabeça de Isadora e fechou os olhos uns instantes.

- Um adeus é a metade da morte. É uma despedida que dói, uma incerteza de um reencontro, é uma saudade permanente, é uma lembrança marcada para vida. A pior despedida não é feita de palavras mas de silêncio. - Dizia o padre. - Stefan escolheu dar a sua vida para proteger a todos, e infelizmente não teve quem o protegesse dessa crueldade. Acredito que sempre será lembrado pela boa pessoa que era, um homem corajoso, um grande amigo, um bom pai, um bom filho... A morte realmente nos surpreende. Nos pega despercebidos. Uma hora você está com a pessoa, brincando, conversando e segundos, minutos ou horas depois você está se lamentando em cima do caixão. Engraçado...  Algumas pessoas nunca vão deixar de fazer falta. Os anos passam, você nem sente mais como no começo, mas de alguma forma a falta daquela pessoa nunca passa. E seria uma pena se passasse, não restariam lembranças, nem risos e nem choros. Penso que a vida é um  sonho e que a morte é o despertar deste sono profundo.

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