Amor Sem Limites II

Capítulo 2

- É sério que vai ficar sem falar comigo? Viemos para aproveitar também, conhecer a cidade, não quero ficar assim com você. - Murmurou Allison enquanto observava Isadora andar de um lado para o outro no quarto de hotel que estavam hospedadas.

- Você precisa pensar antes de tomar suas atitudes. Você comprou uma empresa pra mim, comprou um jatinho pra gente poder vir pra Tóquio, não é assim que as coisas funcionam Alli. - Respondeu a olhando.

- Eu sei, desculpa... Prometo pensar antes de tomar qualquer atitude. - Desculpou-se a olhando. - Eu vou sair e comprar alguma coisa pra gente comer tá? Te amo, qualquer coisa me liga. - Disse pousando um beijo rápido nos lábios de Isadora e retirando-se do quarto.

Isadora tinha conhecimento de que Allison tinha muito dinheiro, e tinha conhecimento de que apesar de serem namoradas, o dinheiro era dela, e ela podia fazer com ele o que bem entendesse. Mas algumas coisas a incomodavam, e no fundo ela decidiu não deixar transparecer para que isso não acabasse afetando o relacionamento das duas. Alice e Beatriz estavam hospedadas em um dos quartos no final do corredor, logo Isadora mandou uma mensagem para a melhor amiga pedindo que ela fosse até lá, precisava conversar.

- Por que você está de roupão? - Indagou Isadora ao abrir a porta.

- Nem te conto. - Respondeu fazendo uma cara de quem aprontou. Isadora deu um leve riso dando passagem para ela entrar. - O nosso quarto fica no final do corredor, só não dá pra andar pelada por causa das câmeras, mas acho que de roupão tá tranquilo... Cadê a Alli?

- Ela foi comprar algo pra gente comer. - Respondeu fechando a porta.

- Ainda está brava porque ela comprou um jatinho? - Questionou a olhando.

- Eu não estou brava, é só que...

- Isa... - Interrompeu ela. - Se eu tivesse a grana que a Allison tem, acredite eu faria a mesma coisa. Mesmo sabendo que o dinheiro não pode comprar tudo, mas eu compraria tudo o que posso... Entende? - Acrescentou dando um leve riso. - Cara, ela só pensou no seu conforto, no conforto do bebê. Você está quase perto de ganhar, então a atenção dela redobra. Pelo que Lice me contou, faz tempo que Allison não pensa só nela, faz tempo que ela não pensa nela. Ela faz tudo por vocês. Só relaxa e aproveita a viagem, aproveita a Alli. - Ela aproximou-se e abaixou próximo a barriga de Isadora. - Acho que a mamãe está com os nervos a flor da pele por sua causa em mocinha, se comporta e deixa a mamãe relaxar. Tudo está deixando ela chata, vamos deixar ela legal e te encho de doces. - Disse como se estivesse falando com o bebê.

- Oh! E ela mexeu, ela sempre mexe quando você fala com ela. Já conhece essa tia doida. - Comentou Isadora rindo.

- Amor eu trouxe umas coisas... - Allison ia entrando enquanto falava, mas logo parou ao ver Beatriz ali. - Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa? Tudo bem com você e a Lind? - Disparou aproximando rapidamente preocupada.

- Está tudo bem amor. - Respondeu Isadora acariciando seu rosto.

- Bom, agora que a Alli chegou, eu vou lá fazer umas massagens na Lice. - Comentou Beatriz passando pela Allison e indo até a porta. - A gente se fala, qualquer coisa me chamem.

- Por que ela estava de roupão? - Indagou Allison. Isadora apenas arqueou uma sobrancelha junto com uma expressão de “Preciso mesmo dizer?”. - Oh, entendi.

- A gente podia tomar um banho. - Sugeriu pegando as sacolas das mãos de Allison e colocando em cima da mesinha que havia ali. - Preciso de um banho, preciso de você... - Acrescentou beijando seu pescoço a fazendo arrepiar-se.

Allison encaixou uma de suas mãos por entre os cabelos de Isadora na altura de sua nuca, e segurando firme aquela região, sem machucá-la, a puxou para si indo de encontro aos seus lábios o tomando em um beijo calmo, porém intenso. Mesmo sem conhecer muito bem o quarto, Isadora foi guiando Allison até o banheiro, sem interromper o beijo. Vez ou outra esbarravam em alguma coisa, e davam alguns risos entre o beijo, mas logo estavam dentro do banheiro livrando-se de todas as peças de roupas, ficando como vieram ao mundo. Logo puderam sentir quando a água quente começou a cair sobre seus corpos.