Olá, boiolinhas, voltei!
Segura, berenice!
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"interesse (s.m.)
aquilo que eu sinto pela cor dos seus cabelos e pelo timbre da sua voz. é aquilo que me invade os olhos quando eu vejo você e esqueço que o resto do mundo inteirinho está ali do lado. é a sensação de sempre querer te impressionar sem ao menos saber com o quê. moeda de troca do amor."
-J.D.
POV NARRADOR
O dia de Sarah passou arrastado, os minutos viravam horas toda vez que ela se lembrava que iria jantar na casa de Juliette, soava muito estranho mas ao mesmo tempo ela se sentia incrível pela oportunidade que achou que nunca mais teria, a oportunidade de estar próxima da morena novamente e poder desfrutar de todo o brilho que sua companhia trazia. Sarah apresentou a sua primeira conferência com excelência, sendo muito elogiada pelo diretor que a havia chamado para a missão, e também pelos acionistas que tiveram sua atenção roubada pela forma clara e intensa com que a loira de comunicava, ela se sentiu aliviada por ter completado aquele primeiro dia com êxito. Sarah voltou ao hotel às pressas para ver sua pequena, que estava muito bem sob os cuidados de Amélia, ao chegar ao quarto viu sua pequena dormindo no berço e Amélia ao seu lado mexendo no celular enquanto vigiava o sono de Helena, Sarah se sentiu aliviada porque com esse cochilo pela tarde, Helena não ficaria irritada e sonolenta durante o jantar na casa de Juliette, um ponto a menos para dar errado. Enviou uma mensagem para Juliette, confirmando o horário em que ela e a filha poderiam chegar para o jantar, e claro que Juliette disse que poderiam ir a hora que fosse melhor para elas.
Juliette também passou o dia um pouco fora de órbita pela ansiedade do encontro que aconteceria em sua casa, pediu para a mulher que cozinhava para ela e sua família que fizesse a melhor comida caseira que pudesse, claro, com toques que só a culinária paraibana tinha. Para evitar qualquer tipo de situação, Juliette avisou a todos que Sarah e sua filha iriam jantar com eles naquele dia, não deu maiores explicações e nem foi preciso, aparentemente ninguém se surpreendeu o suficiente para não conseguir disfarçar uma reação de espanto, apenas alguns trocaram olhares, Giu sorria suavemente olhando nos olhos da amiga e dona Fátima, ainda alheia a novidade, ficou animada em saber que Sarah agora tinha uma filha e que a criança estaria com eles mais tarde, apesar do acontecido no programa, dona Fátima gostava de quem a filha dela gostasse, era um cálculo muito simples para a senhora.
Sarah contou com a ajuda de Amélia para conseguir se aprontar e aprontar Helena a tempo, quando estavam prontas, dispensou a babá e chamou um carro de aplicativo. Durante o trajeto, em meio ao trânsito complicado que o Rio de Janeiro tinha entre o final da tarde e o começo da noite, Sarah sentia suas mãos transpirarem, o coração levemente acelerado e o frio na barriga de quem estava prestes a viver algo que antes parecia tão distante, a loira não queria admitir tão facilmente, ainda tentava manter uma certa pose, uma distância segura, mas já estava difícil demais fugir do que Juliette lhe causava, parecia que o sentimento que teve que censurar durante o jogo e, mais ainda, durante o ano difícil e cheio de novidades que tivera, agora havia ganhado espaço sem pedir licença, agora não era algo que Sarah conseguia disfarçar ou colocar debaixo de um tapete, agora ele estava ali, presente, sólido, palpável.
A loira se sentia alguém a parte, nunca havia se sentido dessa forma em relação a uma mulher, nunca havia se sentido dessa forma por ninguém, e o motivo não era claro em sua mente, ela não conseguia apontar exatamente o que lhe prendia tanto à Juliette, fosse seu jeito de ser, sua forma de conseguir ultrapassar barreiras físicas e enxergar as pessoas por dentro, fosse sua forma de cuidar ou suas palavras sinceras e ao mesmo tempo acolhedoras, fossem suas brincadeiras bobas que a divertiam plenamente, fosse seu sorriso injusto com outros sorrisos porque nenhum deles poderia lhe alcançar, na verdade, o conjunto era perfeito. Simplesmente, Sarah havia se encantado por Juliette como um todo, por suas qualidades incontáveis, pela sua forma de ver a vida, até por seus defeitos que a tornavam tão singular, mas Sarah não conseguia colocar tudo isso em palavras nem, ao menos, num raciocínio lógico, então todas essas amarras que a faziam se sentir ligada de uma forma especial à Juliette se misturavam em sua cabeça, se traduzindo num sentimento único, uma paixão que não alcançava definição numa mente ainda confusa e assustada, mas que se fazia sentir a cada vez que Sarah lembrava da morena e uma descarga de endorfina a tomava, causando uma bagunça gostosa ali dentro.
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MASTERPIECE
FanfictionE se a vida lhe pregasse uma peça? E se essa peça fosse a ponte entre o que você sonha e o que você vive? E se essa peça fosse o que faltava? Num pós confinamento cheio de descobertas para Sarah e Juliette, elas vão entender juntas que viver não s...