9. Transbordar

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Bitches, I'm back by popular demand.

VOLTEIIIIII e já peço desculpas pela demora. É meus amores, só pepino na vida da princesa aqui, mas agora tudo deu certo. Sejam felizes (ou não?).

Capítulo dedicado pro Benício (o baby Luazinha da @/LeFreireAndrade) e pras pestes que tiveram a audácia de me pedir atualização na fila do show.

Xerô.

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"transbordar (v.)

é não caber em si mesmo, é ser piscina em dia de chuva. quando um corpo é pequeno demais para a própria alma. é o que acontece quando alguém mergulha (de verdade) na gente. é a teimosia de querer você comigo até mesmo em dias difíceis demais. é você dando um jeitinho de caber nós dois na mesma vida.

é perceber que bordas limitam demais."

-J.D.


POV JULIETTE

Me abri com Sarah, permiti que ela soubesse o que eu sentia, não queria que ela colocasse um peso que não lhe pertencia sobre os próprios ombros, mas eu sabia que não conseguiria manter nossa amizade sem resolver aquela situação, e não poderia simplesmente sumir e magoá-la, Sarah estava carregando coisas demais e eu não queria acabar sendo mais uma ferida em sua vida. Eu já estava pronta para receber um não, tinha esperança que ouvir uma negativa dela me faria entender que nem sempre quem nosso coração escolhe nos escolhe de volta, mas não foi isso que aconteceu. Sarah me aceitou, ela deu o primeiro passo depois que eu me abri, ela se aproximou. Ela me beijou e naquele momento eu senti que todas as outras coisas haviam se tornado pequenas. Eu tinha tantas coisas lindas em minhas mãos, e era grata a todas elas obviamente, mas nenhuma sensação se igualava a sentir meu coração bater descompassado enquanto minha boca tocava a dela, era como se uma carga enorme de felicidade tivesse tomado conta de mim. Eu ainda não sabia exatamente o que ele aquele beijo significava, mas ela estava tão entregue, tão presente, não poderia ser outra coisa: Sarah sentia algo por mim, algo diferente daquilo que eu imaginei que ela sentia, e eu estava totalmente disposta a não deixá-la ir embora, eu estava disposta a cultivar, a cuidar e a fazer brotar meu espaço no coração dela.

Abracei Sarah e pedi com toda a minha sinceridade que me deixasse tentar nos fazer felizes, e ela simplesmente me puxou para si e me abraçou, me fazendo entrar num estado paradoxal de paz e euforia ao mesmo tempo. Ficamos ali, abraçadas, aconchegadas, com os corações quase colados entendendo e se adaptando a presença um do outro, até que nos afastei e ela me sorriu de um jeito tímido.

- Sarah, eu nunca imaginei que.. – ela franziu a testa e eu cortei meu pensamento negativo – eu tô muito feliz, é isso, não sei o que acabou de acontecer mas eu tô tão feliz que isso basta.

- Nunca imaginou que eu também cairia no seu papinho, Juliette? - me desafiou rindo.

- Papo? Que papo? Ahhhh, Sarah, deixe de coisa – respondi brincando de volta.

- Tô brincando, mas a gente precisa conversar sobre isso, Ju – falou mais séria.

- Tudo bem, eu entendo.. acho que foi muita informação pra você, mas eu realmente já te disse o que aconteceu – fui sincera.

- Você se apaixonou por mim? Isso é sério? - ela perguntou de uma forma retórica - Eu não acredito, Juliette – disse como se tentasse convencer a si mesma e abriu um sorriso largo, como eu amava aquele sorriso.

- Não sei porque tu tá tão surpresa, Sarah, nunca assistiu o programa pelo twitter, não? - perguntei

- Assisti, mas achei que era só coisa da cabeça das fanfiqueiras – parou por um instante – e você também não viu? Eu também não consegui disfarçar muito bem.

MASTERPIECEOnde histórias criam vida. Descubra agora