53 capitulo

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MANU

Assustada, isso resumia tudo o que estava sentindo, minha menstruação estava atrasada e não tive coragem de contar pra ninguém muito menos para o Bruno. Quando estava resolvida em me abrir vejo aquela cena no elevador e me desanimou totalmente, não quis discutir se eu começasse a falar iria chorar e eu não queria isso. Assim que Bruno saiu para o serviço mais cedo abri minha bolsa e peguei o teste de gravidez que havia comprado, fui para o banheiro e fiz todo o procedimento aguardei os 5 minutos mais demorado da minha vida e como eu já estava POSITIVO, caminhei até o quarto e sentei na cama fiquei em choque por alguns minutos peguei meu celular mas não tive coragem de ligar pra ninguém, minha vida iria acabar ali, minha faculdade, o sonho que tinha em me formar como advogada estava indo por água abaixo mas eu não podia falar nada, ainda não precisava do exame de sangue para ter certeza e dar a notícia.

Passei o dia todo trabalhando sem parar, não queria ficar um minuto se quer parada e lembrar do que realmente estava acontecendo. Mandei uma mensagem para Isa dizendo que precisava falar com ela a noite, mais a mesma não visualizou. Respirei aliviada quando ele me chamou para ir pra casa confesso que estava cansada, afinal não parei o dia todo. Quando chegamos em casa deitei no sofá e peguei no sono mas acordei com o seu celular tocando e vi que não deveria, ele não tinha nenhum pouco de vontade de ter filhos e vi que me meti na maior roubada da minha vida, meus pais... Minha mãe, ela iria me matar. Esperei um pouco depois que ele desligou o telefone e levantei, tomei um banho demorado e saí do quarto enrolada na toalha.

Manu: Vou para a festa da Tati, vou ir buscar a Isa depois de te deixar no aeroporto.

Bruno: Não, prefiro que você vá cedo para a festa. Peço para o Leandro me deixar lá, ou melhor, chamo um uber.

Manu: Mas quero te levar, vamos ficar até amanhã longe um do outro.

Bruno: Tá bom linda. — ele sorrio ao ver minha vontade de estar perto.

Coloquei um macacão bem soltinho nas pernas, ele amarrava atrás, coloquei um salto e fiz um rabo de cavalo, passei uma maquiagem leve e saí do quarto com a minha bolsa.

Bruno: Está tão linda, confesso que estou com ciúmes em imaginar você lá sozinha. — me abraçou pela cintura e envolvi meus braços em seu pescoço.

Manu: Mas não precisa. Sou tão sua, mais sua do que minha.

Saímos da casa dele, fui dirigindo até o aeroporto, ouvimos músicas e conversamos sobre as reuniões. Preferia assim, conversando sobre coisas do trabalho menos sobre nós. Demos um beijo demorado antes de Bruno saltar do carro e sair me olhando com aquele olhar de cachorro sem dono, ri e saí de lá quando não o vi mais. Dirigi direto para a casa da Isa, estacionei o carro e liguei pra ela, vi ela e meu irmão saindo de lá abraçados ela atendeu na hora e viu o carro parado, abriu um sorriso de orelha a orelha, saí do carro e eles vieram em minha direção.

Isa: Manu, mil desculpas. — falou ao se aproximar e mostrou a aliança em seu dedo — O mentiroso do seu irmão estava planejando essa surpresa pra mim. — eles riram e olhei para Enzo.

Enzo: Calma, não briga comigo. Eu realmente ia para BH mas cancelaram e preparei uma surpresa pra Isa.

Manu: Tudo bem, vocês não vão para a festa da Tati?

Isa: Iremos passar mais tarde. — falou abraçando meu irmão.

Manu: Ah claro, já entendi. Bom, então vou lá. Uma ótima noite. — falei rindo.

Enzo: Se cuida Manu, qualquer coisa me liga.

Manu: Sei me cuidar mano.

Parei na frente da casa Tati, os pais dela viajou e ela resolveu dar a festa lá mesmo. Senti uma coisa estranha, mas não estava afim de ir pra casa e morrer nos meus pensamentos com essa gravidez. Estacionei o carro do Bruno e entrei, vi algumas pessoas da faculdade, falei com algumas meninas e fui de encontro a Tati, ela estava linda.

Tati: Que bom que você veio Manu. — me abraçou, estava um pouco alterada.

Manu: Dei uma passada rápida pra você não me matar.

Leandro: Bruno deu a ordem, mandou cuidar de você em.

Manu: Estava esperando isso mesmo.

Tati: Dois ciumento. — fez careta e rimos — Vem, vou te apresentar para as meninas.

Leandro: Isa e Enzo já era né, perdido na certa.

Manu: Pois é né, perderam mais um soldado.

Me enturmei com algumas amigas de Tati, até que elas eram legais, meu celular ali estava fora de área balancei a cabeça em imaginar o tanto de mensagens que Bruno havia mandado porque não avisei que estava lá e estava tudo bem. Quando ia pra parte de fora encontrei Nic, ela estava com uma cara de assustada e cabisbaixa.

Nic: Oi Manu. — se aproximou quando peguei meu celular.

Manu: Oi. — tinha receio dela e da Mariana, e muito.

Nic: Veio sozinha?

Manu: Sim, e você?

Nic: É. Mari me deixou aqui mas teve que dar uma saída.

Manu: E esta tudo bem? Você está meio...

Nic: Primeiro um drink pra nós, por favor. — fez cara de pidona e sorri de lado.

Manu: Tudo bem, só um.

Sabia que não era certo beber álcool estando grávida mas eu precisava me distrair e pela cara de Nic ela estava precisando de um ombro amigo também, a mesma saiu para buscar e voltou logo, me deu um copo e dei um gole na bebida.

Nic: Primeiro um brinde. — falou rapidamente e brindamos, dei outro gole e rimos.

Manu: Quem diria né, que iriamos estar assim conversando.

Nic: É Mari não é o tipo de amiga pra isso.

Manu: E como vocês ainda conversam?

Nic: Ah, sei lá. Gosto da farra e ela também, mas agora tudo isso acabou. — sua voz estava arrastada, ela já havia bebido um pouco.

Manu: Porque acabou? E porque esta bebendo assim? Ainda é cedo. — olhei no relógio e marcava 21h25.

Nic: Estou grávida, grávida. — falou baixo — Do Leandro. — me olhou e seus olhos ficaram marejados.

Manu: Sério? E esta na festa da namorada dele?

Nic: Não é namorada oficial vamos falar a verdade né Manu. — deu mais um gole e segurei o copo dela.

Manu: Melhor não beber mais.

Nic: Nós dois sempre transavamos em todo final de balada, sempre que não tinha nada pra fazer mas nossa química, porra. Desde o tempo de escola nós temos isso sabe. E aconteceu, tomei uma porra de um antibiótico e cortou meu anticoncepcional e nem passou pela minha cabeça essa possibilidade.

Manu: E você não falou com ele?

Nic: Como Manu? — ela riu e deu mais um gole — Ele não vai acreditar que o filho é dele, e também não faço questão.

Manu: Mas tem que fazer, é o pai do bebe... e.

Nic: O que Manu?

Senti um gosto amargo na boca e meu estômago revirado, uma tontura dei mais um gole da minha bebida pra vê se aliviava mais não,

Nic: Manu, o que foi? Está tudo bem?

Nic: Manu, o que foi? Está tudo bem?

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