35 capitulo

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MANU

Minhas mãos estavam suando, fiquei sem reação enquanto passava um filme na minha cabeça. A primeira vez que a gente se viu, nosso primeiro beijo, quando ele me tocou a primeira vez, aquela voz rouca dele baixinho falando em meu ouvido. Abri meus olhos e ele estava me encarando sério.

Manu: Acha que assim vai me fazer ficar? — cruzei os braços e ele riu alto mas reclamou de dor logo em seguida.

Bruno: Que porra Manu, você consegue ter o coração de gelo pior que o meu cara. — sua mão foi em direção a minha e entrelaçamos nossos dedos.

Manu: Se foi pra me convencer a ficar você conseguiu, você é o verdadeiro coração de pedra não eu. — mostrei língua e acariciei a palma da sua mão — E, eu não sei ainda dos meus sentimentos por você. — engoli a seco ao lembrar da aposta- deve ser amor porque mesmo querendo te matar eu ainda estou aqui. sorrimos juntos e ele apertou minha mão — Me promete uma coisa?

Bruno: Até duas. — me olhou atentamente.

Manu: Promete que vai aprender a se controlar? Respirar mil vezes até conseguir lidar com tudo que ruim que vem acontecendo?

Bruno: Prometo, não sei se consigo claro, se você for embora é meio difícil isso acontecer. — ele riu e revirei os olhos.

Manu: Estou falando sério Bruno.

Bruno: Vem cá linda. — me puxou suavemente me fazendo deitar em seu colo ali mesmo naquela cama de hospital.

Manu: Só até você se recuperar viu? Preciso ver meus pais, preciso estar com eles por um momento.

Bruno: O que você quiser eu quero Manu. — ele falou baixinho e fechei meus olhos.

Não sabia se isso era passageiro ou não, mas estava cansada em só pensar no meu futuro e surtar em não imaginar Bruno comigo. Ele tinha o lado sensível e amável e só eu conhecia, só de pensar fazia meu coração pulsar forte. Bruno dormiu bastante, afinal os remédios eram forte ele ainda sentia muita dor, intercalei com Isa para ficar no hospital durante 3 dias até ele ganhar alta. Acordei com a ligação da Isa dando essa notícia, dei um pulo da cama e tomei um banho rápido, coloquei uma calça jeans com uma alpargata e uma polo, peguei minha bolsa e desci correndo.

Enzo: Já sei da novidade. — ele disse rindo e dei um beijo em seu rosto.

Manu: Estou indo buscar ele e vou dispensar a Isa tá? — ri e sentei para tomar um café.

Enzo: Me responde uma coisa mana?

Manu: Claro. — enchi minha xícara e peguei um pão de queijo.

Enzo: Ele te faz bem? você sabe, faz sua cabeça pirar também? — riu baixinho.

Manu: Conheço um lado dele que ninguém vê mano, Bruno é mais do que esse jeito marrento que ninguém gosta. — ri ao lembrar — Estou feliz.

Enzo: E a aposta? Você não pensa nisso?

Manu: Todos os dias. — dei um sorriso triste — Só preciso viver o hoje.

Enzo: Tô com você. — apertou minha mão e sorrio.

Peguei meu carro e acelerei até o hospital, estava ansiosa para ver ele longe daquele hospital. Nesses dias em que fiquei com ele Leandro foi o único que apareceu pelo menos no momento em que eu estava presente. Estacionei, peguei minha bolsa e desci caminhei até a recepção e me liberaram, cheguei no quarto e bati na porta antes de entrar. O seu sorriso ao me ver me confortava ao extremo, Isa estava sentada na poltrona e o Dr conversando com ele.

Dr: Adeus atenção de Bruno. — todos riram.

Bruno: Fala sério doutor, quem tem uma mulher nessa na vida e não dá Adeus para tudo e todos? — me olhou de cima abaixo e corei.

Manu: Ninguém precisa saber né Bruno. — encostei a porta e eles riram mas Isa estava com uma cara bem estranha-.

Isa: Preciso ir, você dá conta desse marrento Manu?

Manu: Claro, vai em paz. — sorri e ela retribuiu.

Isa: Nos vemos mais tarde Bruno

Bruno: Não estarei lá.

Isa: O que?

Bruno: Estarei no meu AP, está pronto já.

Olhei surpresa, ele não havia falado que enfim iria morar sozinho e senti meu estomago embrulhar ao pensar nas festinhas que ele e os meninos poderiam dar lá.

Isa: Vou lá depois então.

Ela saiu e ele me olhou preocupado, o Dr saiu deixando nós dois a sós. Ajudei ele com as coisas e se trocar também, seu braço estava mobilizado bateram na porta e abriram era Carol, sorri pra ela e olhei pra ele, sua fisionomia mudou na hora.

Manu: Bom, dá licença. — olhei para o Bruno que quase me implorou para ficar só com aquele olhar — Vou levar suas coisas pro carro, já volto. — me aproximei dele — Comporta-se. — sussurrei baixo em seu ouvido e ele apertou minha cintura.

Saí com as coisas dele e caminhei até o carro, abri o porta mala e guardei tudo. Quando estava voltando passei pela recepção e vi uma mulher tatuada quase discutindo com a recepcionista, não, não, não poderia ser ela.

Mari: Quero ver ele porra, sou da família praticamente. É sério. — disse alto.

Recepcionista: Senhorita Manuela, essa mulher quer visitar o senhor Bruno mas expliquei que ele recebeu alta e já esta de saída.

Manu: Fez o seu trabalho, agora se a pessoa é burra pra entender, o que podemos fazer né? — cruzei meus braços e olhei sério para Mari.

Mari: Tá com a corda toda né Manuela? você não passa de uma otária, você é trouxa. O cara faz uma aposta com os amigos para conseguir foder você e ainda tem cara de pau de me chamar de burra? — ela riu e a recepcionista olhou surpresa.

Manu: Sai por favor, ou se quiser sair escoltada pelos seguranças não vejo problema algum.

Engoli a seco e saí de lá caminhando até o quarto de Bruno, parei em frente onde havia algumas poltronas e me sentei longe de tudo.

Engoli a seco e saí de lá caminhando até o quarto de Bruno, parei em frente onde havia algumas poltronas e me sentei longe de tudo

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NEM TODO ERRO É ERRADO | LIVRO 2 DA SÉRIE: CORAÇÃO DE AÇO Onde histórias criam vida. Descubra agora