MANU
Fui de carro com a Isa e Enzo, não queria que percebessem nada se fosse para ser tudo discreto e escondido seria era melhor assim. Sem brigas, sem Mari tentando estragar tudo eu só queria a paz que aquele homem conseguia trazer.
Chegamos na Dukke e nosso camarote já estava reservado, meu irmão levou uma caipirinha que eu gostava tanto e fiquei na minha ouvindo sertanejo que estava tocando, estava segurando na grade do camarote olhando a pista e viajando nas músicas até sentir uma mão em minha cintura, olhei de rabo de olho e vi que não era Bruno, sim um outro cara que já vi algumas vezes com o pessoal me afastei mas ele se aproximou novamente.
XXX: Que isso gata, sei que tu é nova mas sei que não é tão acanhada assim.
Manu: Sai daqui! — falei baixo mas firme.
XXX: Vai me dizer agora que é virgem mesmo?
Joguei a bebida que estava na minha mão na cara dele e todos olharam quando ele me xingou tão alto. Bruno foi na direção dele e debruçou o cara no camarote mas Enzo não deixou e puxou ele de volta.
Enzo: Não vale a pena irmão.
Bruno: Você viu o que ele falou da sua irmã porra?
Enzo: Lá fora a gente resolve, aqui dentro não. — falou segurando no ombro dele.
Bruno: Matheus caí fora daqui seu merdinha, some da minha frente.
Continuei no meu canto e ele caminhou em minha direção, passou a mão em meu rosto fazendo com que eu fechasse meus olhos por um momento mas abri logo.
Bruno: Está tudo bem? — ele sussurrou baixo.
Manu: Está sim, só não entendi o que ele falou.
Bruno: Vamos sair daqui? Por favor?
Mari: É melhor mesmo Bruno, sumir com ela daqui antes que seja tarde. — me olhou de cima abaixo e fez cara de desprezo, engoli a seco e respirei fundo.
Isa: Sai fora Mari, ela é maluca não dê ouvidos pra ela Manu.
Enzo: O que ela esta falando Bruno?
Bruno: Nada Enzo, vou levar Manu pra casa.
Manu: Tá tudo bem Enzo, calma. Fica com a Isa. — falei baixo em seu ouvido.
Enzo: Me liga qualquer coisa.
Bruno abriu a porta do carro pra mim e eu entrei, observei ele dando a volta e entrando confesso que não estava aguentando mais aquele suspense e aquele silencio todo dele. Não entendi porque Mari agiu naquela ironia e pareceu que Isa sabia de algo que não havia me contado.
Manu: Preciso que você me conte o que esta acontecendo Bruno.
Bruno: Vamos pra minha casa tá?
Manu: Não, você vai me deixar no meu AP e lá a gente conversa.
Bruno: Porra Manu.
Manu: Não, quero ir pra minha casa.
Ele não disse nada apenas balançou a cabeça afirmando, não demorou muito para chegarmos em casa. Abri a porta do carro e entrei, coloquei a bolsa no sofá e sentei no outro, ele caminhou em minha direção, sentou ao meu lado segurou minhas mãos e me olhou nos olhos.
Bruno: Preciso que você me prometa que não vai embora, não vai me deixar.
Manu: Não tem o porque eu fazer isso Bruno, só se você enrolar mais.
Bruno: Tá , tudo bem. No inicio quando você começou a mexer com a minha cabeça, com os meus neurônios e eu comecei a sentir algo que não sabia de verdade o que era fiquei meio enlouquecido e ouvia geral comentando de você, aliás era nova aqui e linda. — meus olhos não desgrudou do dele, enquanto sua mão estava fria como sempre — O JP, o idiota do JP fez uma aposta, disse que se a gente saísse e rolasse algo, eu iria ganhar uma boa grana, aposta idiota porque não preciso de dinheiro Manu. — ele riu nervoso e eu engoli a seco, soltei minha mão com cuidado da sua e me olhou com os olhos arregalados — Por favor Manu, deixa eu terminar.
Levantei do sofá e comecei a andar de um lado pro outro "aposta, aposta... ganhar uma boa grana"...
Manu: Apostou que ia transar comigo Bruno? Ou melhor, que iria tirar minha virgindade? Minha dignidade? A única coisa importante que mais prezava na minha vida! — balancei a cabeça e ele levantou e veio para cima de mim.
Bruno: Por favor Manu, preciso explicar, preciso te falar tudo que sinto.
Manu: Quantas chances você teve de falar isso cara? Quantas vezes antes de tudo ter acontecido. E agora? Logo agora? Porque?
Bruno: Sabia que estariam todos reunidos hoje e eu não podia deixar você saber pela boca de ninguém, olha pra mim Manu. — suas mãos geladas tocou meus braços e um arrepio tomou conta de mim.
Manu: Tira a mão de mim! — falei entre soluços e vi seus olhos enchendo de lágrimas — Você não tinha esse direito Bruno, contou pra todo mundo o que rolou? Eles sabem disso?
Bruno: Não, ninguém sabe. Deixei essa aposta de lado depois que não tive mais medo de esconder meu sentimento por você.
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NEM TODO ERRO É ERRADO | LIVRO 2 DA SÉRIE: CORAÇÃO DE AÇO
RomanceCorreta, andava sempre na linha e nunca passava dos limites em nada, tudo corria bem. Ela pensava que nada poderia mudar seu jeito de pensar, principalmente suas atitudes até conhecer o maior erro de sua vida, o seu oposto, uma pessoa totalmente dif...