30 capitulo

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MANU

Fui de carro com a Isa e Enzo, não queria que percebessem nada se fosse para ser tudo discreto e escondido seria era melhor assim. Sem brigas, sem Mari tentando estragar tudo eu só queria a paz que aquele homem conseguia trazer.

Chegamos na Dukke e nosso camarote já estava reservado, meu irmão levou uma caipirinha que eu gostava tanto e fiquei na minha ouvindo sertanejo que estava tocando, estava segurando na grade do camarote olhando a pista e viajando nas músicas até sentir uma mão em minha cintura, olhei de rabo de olho e vi que não era Bruno, sim um outro cara que já vi algumas vezes com o pessoal me afastei mas ele se aproximou novamente.

XXX: Que isso gata, sei que tu é nova mas sei que não é tão acanhada assim.

Manu: Sai daqui! — falei baixo mas firme.

XXX: Vai me dizer agora que é virgem mesmo?

Joguei a bebida que estava na minha mão na cara dele e todos olharam quando ele me xingou tão alto. Bruno foi na direção dele e debruçou o cara no camarote mas Enzo não deixou e puxou ele de volta.

Enzo: Não vale a pena irmão.

Bruno: Você viu o que ele falou da sua irmã porra?

Enzo: Lá fora a gente resolve, aqui dentro não. — falou segurando no ombro dele.

Bruno: Matheus caí fora daqui seu merdinha, some da minha frente.

Continuei no meu canto e ele caminhou em minha direção, passou a mão em meu rosto fazendo com que eu fechasse meus olhos por um momento mas abri logo.

Bruno: Está tudo bem? — ele sussurrou baixo.

Manu: Está sim, só não entendi o que ele falou.

Bruno: Vamos sair daqui? Por favor?

Mari: É melhor mesmo Bruno, sumir com ela daqui antes que seja tarde. — me olhou de cima abaixo e fez cara de desprezo, engoli a seco e respirei fundo.

Isa: Sai fora Mari, ela é maluca não dê ouvidos pra ela Manu.

Enzo: O que ela esta falando Bruno?

Bruno: Nada Enzo, vou levar Manu pra casa.

Manu: Tá tudo bem Enzo, calma. Fica com a Isa. — falei baixo em seu ouvido.

Enzo: Me liga qualquer coisa.

Bruno abriu a porta do carro pra mim e eu entrei, observei ele dando a volta e entrando confesso que não estava aguentando mais aquele suspense e aquele silencio todo dele. Não entendi porque Mari agiu naquela ironia e pareceu que Isa sabia de algo que não havia me contado.

Manu: Preciso que você me conte o que esta acontecendo Bruno.

Bruno: Vamos pra minha casa tá?

Manu: Não, você vai me deixar no meu AP e lá a gente conversa.

Bruno: Porra Manu.

Manu: Não, quero ir pra minha casa.

Ele não disse nada apenas balançou a cabeça afirmando, não demorou muito para chegarmos em casa. Abri a porta do carro e entrei, coloquei a bolsa no sofá e sentei no outro, ele caminhou em minha direção, sentou ao meu lado segurou minhas mãos e me olhou nos olhos.

Bruno: Preciso que você me prometa que não vai embora, não vai me deixar.

Manu: Não tem o porque eu fazer isso Bruno, só se você enrolar mais.

Bruno: Tá , tudo bem. No inicio quando você começou a mexer com a minha cabeça, com os meus neurônios e eu comecei a sentir algo que não sabia de verdade o que era fiquei meio enlouquecido e ouvia geral comentando de você, aliás era nova aqui e linda. — meus olhos não desgrudou do dele, enquanto sua mão estava fria como sempre — O JP, o idiota do JP fez uma aposta, disse que se a gente saísse e rolasse algo, eu iria ganhar uma boa grana, aposta idiota porque não preciso de dinheiro Manu. — ele riu nervoso e eu engoli a seco, soltei minha mão com cuidado da sua e me olhou com os olhos arregalados — Por favor Manu, deixa eu terminar.

Levantei do sofá e comecei a andar de um lado pro outro "aposta, aposta... ganhar uma boa grana"...

Manu: Apostou que ia transar comigo Bruno? Ou melhor, que iria tirar minha virgindade? Minha dignidade? A única coisa importante que mais prezava na minha vida! — balancei a cabeça e ele levantou e veio para cima de mim.

Bruno: Por favor Manu, preciso explicar, preciso te falar tudo que sinto.

Manu: Quantas chances você teve de falar isso cara? Quantas vezes antes de tudo ter acontecido. E agora? Logo agora? Porque?

Bruno: Sabia que estariam todos reunidos hoje e eu não podia deixar você saber pela boca de ninguém, olha pra mim Manu. — suas mãos geladas tocou meus braços e um arrepio tomou conta de mim.

Manu: Tira a mão de mim! — falei entre soluços e vi seus olhos enchendo de lágrimas — Você não tinha esse direito Bruno, contou pra todo mundo o que rolou? Eles sabem disso?

Bruno: Não, ninguém sabe. Deixei essa aposta de lado depois que não tive mais medo de esconder meu sentimento por você.

 Deixei essa aposta de lado depois que não tive mais medo de esconder meu sentimento por você

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NEM TODO ERRO É ERRADO | LIVRO 2 DA SÉRIE: CORAÇÃO DE AÇO Onde histórias criam vida. Descubra agora