5 capitulo

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BRUNO

Eu era uma pessoa explosiva, tinha muita raiva dentro de mim, raiva acumulada, raiva da minha mãe, do meu pai por ter ido embora pra sempre. Praticava luta todos os dias, lutava, espancava o saco de porrada só pra tentar me livrar desses demônios que não saiam da minha cabeça, e meu tio era a ultima pessoa que deveria brigar ali dentro. Saí da sala rapidamente e entrei na minha, Emily entrou logo em seguida e trancou a porta.

Bruno: Não. — falei levantando ela do meu colo.

Emily: O que foi Bruno? Vem cá, me deixa te acalmar.

Bruno: Não preciso que ninguém me acalme porra! — falei baixo mais grosso.

Percebi ela engolindo a seco e saindo rapidamente de lá, fiz tudo que precisava fazer, quando olhei no relógio já era 17h50, meu estomago estava fraco não havia comido nada e mal percebi, mal peguei no celular e mal olhei no relógio. Saí Carol levantou seu rosto que estava abaixado mexendo em alguns papeis e seus olhos me encontrou.

Carol: Boa aula Bruno.

Bruno: Obrigada. — falei com desdém.

Carol: Releva o seu tio, você sabe como ele é. Gosta de ter você aqui.

Bruno: É, já percebi. — revirei os olhos.

Saí e sem dizer nada, Carol me acolheu e esteve em todos os momentos quando meu pai se foi ela deu uma assistência que não teve igual quase ninguém da minha família se importava a não ser pelo dinheiro, coloquei o capacete e subi na moto, acelerei e fui direto para a faculdade. Cursava direito na Mackenzie de Alphaville, daqui pra lá tinha chão ainda mais com o transito de são Paulo, acelerei direto pra lá nem passei em casa cheguei e estacionei na rua mesmo, em frente havia alguns barzinhos top e já conhecia os donos, tirei o capacete e entrei já havia anoitecido e faltava 10 minutos para as 19h inicio das aulas. A volta do Semestre era sempre muito bom,sempre estava uma gostosa diferente e a gente se divertia bastante estava cursando uma DP do segundo semestre que acabei vacilando e era a aula de hoje, olhei a sala no quadro e caminhei até lá, bati na porta e entrei, havia alguns alunos, algumas alunas bem bonitas mas quem me chamou atenção foi só ela.

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MANU

Acordei quando Enzo chegou em casa, ouvi alguns barulhos e sabia que ele não estava sozinho e também não fiz questão de saber, virei para o lado e dormi. Me detestei por alguns segundos quando o sol invadiu meu quarto, esqueci a cortina aberta, me arrastei para fora da cama, fiz minhas higienes e desci de pijama mesmo, Beth havia preparado uma mesa de café da manhã bem farta eu já estava acostumada com isso mas nunca em tomar café assim sozinha.

Manu: Enzo já saiu? — perguntei enquanto enchia minha xícara com café.

Beth: Não acordou ainda. — ela deu um sorriso de lado.

Manu: A noite foi boa. — revirei os olhos.

Tomei meu café e quando estava quase acabando ele desce as escadas, sua cara amassada entregava o horário que ele foi dormir, o mesmo abriu um sorriso ao me ver e deu um beijo em minha testa.

Enzo: Bom dia mana.

Manu: Bom dia baladeiro. — fiz careta e ele riu.

Enzo: Perdeu a noitada ontem. — falou enquanto dava um gole no café.

Manu: Nada disso, hoje é meu primeiro dia de aula e preciso estar ótima sem ressaca.

Enzo: Meu orgulho! — apertou minha bochecha e mostrei língua.

Manu: Você, é... não vai ir trabalhar?

Enzo: Sabe né Manu. — ele deu um sorriso canalha que eu já conhecia — Escritório da mamãe.

Manu: Por isso mesmo Enzo, precisa mostrar que não é bagunçado assim.

Enzo: Tá, tá, desculpa. — deu um ultimo gole — Vou tomar um banho bem gelado para curar a ressaca e ir trabalhar, tá bom? — vi ele segurando o riso e gargalhei.

Manu: Como queria que o papai estivesse aqui, ai ai.

Enzo: Maldosa!

Passei o dia procurando uma roupa descente e nada muito formal para o primeiro dia, era o meu segundo ano de faculdade mas em uma nova cidade não conhecia ninguém a não ser o meu irmão. Tomei um banho e vesti uma calça flear e um salto, uma camisa e deixei o cabelo solto, fiz uma make bem básica só para tirar as olheiras e me perfumei, Enzo deixou avisado que iria me encontrar lá pois não daria tempo de sair e ir me buscar mas deixou a chave da Porsche que ele havia ganhado do nosso pai. Peguei minha bolsa e a chave e entrei no carro, coloquei no GPS o endereço da faculdade em Alphaville e acelerei pra lá.

 Peguei minha bolsa e a chave e entrei no carro, coloquei no GPS o endereço da faculdade em Alphaville e acelerei pra lá

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NEM TODO ERRO É ERRADO | LIVRO 2 DA SÉRIE: CORAÇÃO DE AÇO Onde histórias criam vida. Descubra agora