34 capitulo

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MANU

Carol: Foi culpa minha. — falou abaixando a cabeça em suas mãos e soluçando de tanto chorar.

Manu: Por favor, não se culpe. Se ele bebeu assim como falou, foi pelo o que aconteceu com a gente, você sempre cuidou dele Carol. — repousei a mão em suas costas e ela me olhou.

Carol: Você sabe não é?

Manu: Que você é a mãe dele? A mãe de verdade? Eu sei. — dei um sorriso e ela retribuiu — Na verdade ouvi uma discursão entre ele e Daniel e eu estava na hora, então ele não teve como esconder.

Carol: Bruno sempre foi assim explosivo, desde pequeno. Mas depois da morte do pai dele as coisas ficaram pior. Tara foi embora, ela largou tudo e foi embora queria a herança de Miguel o pai dele. — ela deu uma pausa para respirar — Por isso ele é tão impulsivo, por isso ele tem tanto pavor do desprezo e das pessoas saindo da vida dele. — ela me olhou e segurou minha mão — Ele te olha diferente Manu, quando te vi a primeira vez com ele levei um susto porque nunca tinha visto Bruno acompanhado com ninguém. — ela riu e eu sorri — Vocês estão juntos? Porque ele estava perturbado daquele jeito?

Manu: Ele fez uma coisa muito feia. — passei a mão nos olhos limpando as lágrimas — Fez algo que partiu meu coração e eu preciso de um tempo longe daqui, com os meus pais, naquela paz que eu tinha antes de tudo isso. Bruno é o meu pior lado Carol. — olhei séria pra ela — Ele faz existir 100 Manu's que eu não sabia que existia.

Carol: E isso é ruim? — ela sorriu triste.

Manu: Talvez seja para o mundo, mas ele me faz um bem danado. — rimos.

Acabei dormindo em seu ombro, quando abri meus olhos já estava de dia e o movimento no hospital havia aumentado. Enzo e Isa chegaram e a cara dela não era nada boa, pelo jeito não encontraram o Daniel. O médico veio em seguida com uma prancheta na mão e a ficha dele.

Dr: Quem é Manuela? O Bruno acordou e perguntou por ela.

Manu: Sou eu. — falei baixinho e engoli a seco.

Enzo: Vou primeiro.

Isa: Ele não pode passar nervoso Enzo, pega leve em.

Enzo: Ele é meu amigo, vocês esqueceram? — olhou bravo.

Isa: Vai atrás dele. — falou baixinho em meu ouvido.

Enzo saiu na frente e eu fui atrás, Bruno já estava no quarto observei ele passando entre alguns corredores até chegar lá esperei Enzo entrar e fui para a porta do quarto e graças a Deus ela estava entre aberta e pude ouvir se caso os dois discutissem. Fiquei do lado de fora apoiada na parede, qualquer tom de voz estranho eu iria entrar. Odiava ter que ouvir conversa dos outros ou algo do tipo mas Enzo era meu irmão e sempre me protegeu, porque não faria algo agora?

Bruno: Chamei a Manu, não você. — falou com dificuldades e Enzo riu.

Enzo: Nem ferrado encima da cama você consegue ser gentil né Bruno?

Bruno: Fazer o que né meu amor. — ouvi sua risada e sorri junto.

Enzo: Me responde uma coisa, agora que sei que você está bem e vivo. — riu e revirei os olhos — O que você sente pela Manu? — ficaram em silêncio e meu estomago embrulhou.

Bruno: Eu... eu não sei explicar Enzo. Porra, ela me deixa maluco, mexe com a minha cabeça em todos os sentidos. Ela foi a primeira que olhei nos olhos e não na bunda, não pensei em transar com ela ou algo do tipo.

Enzo: É, realmente isso te deixou mudado não é o Bruno que conheço que só pega e depois esquece. Mas porque ela? Porque essa aposta idiota? Não quero ver a cara do JP porque ele começou isso e eu te conheço, vocês sempre fizeram essas apostas idiota mas a minha irmã não.

Manu: Licença. — abri a porta e os dois me olharam paralisado. — É, o horário de visita não é tão demorado e meu voo sai ainda hoje. — olhei para Enzo que ficou surpreso.

Enzo: Vou deixar vocês a sós. — olhou para o Bruno — Juízo que você não é gato, não tem 7 dias. — eles riram e Enzo saiu fechando a porta.

Bruno: Então você vai mesmo?

Manu: Não fala sobre isso, por favor. — caminhei perto dele e observei os machucados em seu rosto — Você precisa parar com isso Bruno, parar de fazer essas merdas sem pensar. — caminhei pelo quarto e ele me seguiu com os olhos.

Bruno: A Carol acabou chegando na hora e revirou minha cabeça mais ainda.

Manu: Ela esta aí fora desde a hora que descobrimos o acidente, ela é sua mãe Bruno. — me aproximei — E ela te ama como se tivesse criado você, ela se culpou, se culpou tanto sendo que a culpa disso tudo é minha.

Bruno: Por favor, não se culpe Manu. Sou explosivo, eu bebi, sai vendo mil coisas na minha frente e a merda aconteceu! Ninguém tem culpa se eu sou assim tão problemático, ninguém é obrigado a aguentar isso Manuela eu me odeio por ser assim, mas o que eu posso fazer? Já perdi as pessoas que amo, o que mais tem de bom por aí? — ele resmungou de dor e fiquei perto.

Manu: Quer que eu chame um médico?

Bruno: Tá tudo bem, só uma pontada no braço acho que o efeito está passando.

Manu: Descansa mais nós conversamos quando você sair desse hospital e quando eu voltar da casa dos meus pais.

Bruno: Você ainda vai?

Manu: Preciso, consegue entender? Eu tenho que ter o meu porto seguro perto de mim agora.

Bruno: E eu preciso do meu.

Manu: O que você está falando?

Bruno: Preciso do meu porto seguro também, preciso de você. Eu te amo Manu, eu te amo porra. Nunca disso pra ninguém nem mesmo para o meu pai, nem mesmo quando vi ele naquele caixão eu disse isso. — seus olhos estava marejados e meu estômago totalmente embrulhado.

 — seus olhos estava marejados e meu estômago totalmente embrulhado

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NEM TODO ERRO É ERRADO | LIVRO 2 DA SÉRIE: CORAÇÃO DE AÇO Onde histórias criam vida. Descubra agora