Calibre 69 - Shortfic.

Madison.

Quem é Madison Dylan Stewart?

Uma mulher de aparência doce, com um cabelo castanho, sorriso fácil e olhos expressivos. Ela tem uma sede que ninguém conhece, a sede de vingar seu pai há cerca de vinte anos, foi morto pelas mãos de Alejandro Cabello durante uma tentativa de assalto ao banco Central de Miami —Flórida. Naquele dia, por um acaso do destino Hugo Stewart conseguiu fazer o senador. Marco Rubio de refém e com calma, paciência e muita inteligência Alejandro matou o bandido com somente um tiro na testa. Dizem que a ocasião faz o ladrão e aquele assalto foi todo esquematizado, Hugo, era imigrante e tentou de todas as formas conseguir dinheiro de maneira honesta, mas seus meios não estavam servindo de muita coisa, com uma filha pequena e uma esposa grávida em casa, ele precisava agir; e foi com as consequências do destino que ele entrou para uma quadrilha e por diversas vezes eles saiam ilesos. Mais cedo ou mais tarde algo iria acontecer e foi inesperado quando todo o alvoroço começou, Hugo sabia que seria complicado, mas não ao ponto de perder sua vida.
Sem acordo, sem volta e assim se findou a vida de Hugo. Já Alejandro, ganhou medalhas, reconhecimento, grana e poder, muito poder, afinal, o senador teve sua vida salva por ele.
Mal sabia Alejandro dos danos que havia causado na outra família, se por um lado o bem prevaleceu, por outro, ele assinava a sentença de sua própria filha.
Madison jurou sob lagrimas, com uma rosa vermelha na mão, o caixão escuro a descer, que aquilo teria volta e que a menina sorridente que aparecia no colo de Alejandro usando seu quepe na TV, que ele iria sofrer, tanto quanto ou mais que ela. Sua mamãe, mal conseguia se manter em pé com a barriga imensa e o rosto banhado por lagrimas.
Não importa quem, onde ou quando, mas o homem iria pagar muito caro colapsar sua família.



ALGUNS ANOS DEPOIS.

— Mad, por que a mamãe tá chorando? — A menina agarrou a mão pequena do irmão e secando a própria lagrima se virou para encarar o mais novo.
— Hoje faz seis anos que o papai morreu.
— Mas... não foi Deus quem levou ele para o céu? —ela negou e o menino arregalou os olhos e ali, ela viu as lagrimas inundarem as orbes azuladas do garoto, olhos que herdara da mãe, o menino fungou começando chorar mais ainda. —E quem foi que levou ele?
Madison sabia que não deveria contar isso para uma criança, mas ela não faria aquilo sozinha, seu irmão precisava saber o que ela sabia.
— Um homem muito mal, ele matou nosso papai, eu vi o noticiário no dia em que tudo aconteceu. Ele estava feliz por isso. Por atirar no papai.
Madison derramou mais lagrimas ao lembrar do sorriso astuto do homem que aparecia na TV.
— ISSO NÃO PODE FICAR ASSIM! — Gritou o menino. — NÃO É JUSTO!
Madison entendia a dor que causara na criança, ela entendia muito bem que aquela dor, na verdade era um ódio que começava a ser alimentado. Um ódio que custaria muito caro. E naquela noite, depois de muito chorar e gritar sobre as injustiças, Madison abraçou o irmão, deitando-se na cama com ele e buscando dentro de si uma força que ela nem sabia que tinha.

— É por isso que eu preciso de você maninho — ela sussurrou fazendo carinho no cabelo dele, —você vai me ajudar a encontrar o homem que tirou nosso pai das nossas vidas? O garoto se sentou na cama e com uma determinação inimaginável nos olhos assentiu e disse: — Sim Mad, eu prometo. Ele vai pagar muito caro por machucar minha mamãe e por matar meu papai.
Madison sorriu como o capeta e o menino abraçou fortemente.

— Eu vou aprender tudo e vou te ensinar cada coisa irmão e vou te proteger sempre, eu te amo Spencer, te amo muito. Juntos seremos invencíveis.

— Eu também vou te proteger Mad e prometo sempre estar do seu lado, sempre.