Fifty Three

626 47 15
                                    

Acaso Perene.

Uma gravidez dura até quarenta semanas.

Sentada no sofá a mais de quarenta minutos tudo em que ela mais conseguia pensar enquanto encarava o cachorro aninhado confortavelmente ao seu corpo, era aquilo que tinha que acabar.

Suas pernas doíam;

Suas costas doíam;

Seus pés estavam inchados;

Tinha azia o tempo todo;

Dormia mal;

Tinha câimbras;

Sua bexiga tinha virado um amendoin;

E mal conseguia andar sem sentir que tinham roubado o ar a sua volta.

E sua barriga, estava enorme!
Que espécie de monstro estava crescendo
dentro dela? Aquilo tinha que acabar!

Escutou o barulho da chave na porta da
frente de sua nova casa de quatro quartos
na Upper West Side, o ser maligno que havia posto aquela coisa dentro dela passou pela porta com uma sacola de papel da Ferrara Bakery, que nos últimos meses tinha se convertido na terceira maravilha do mundo para ela.

A segunda era um banho quente.

E a primeira era ele! Inferno!

Ele caminhou em sua direção com um sorriso largo no rosto, estava tão bonito, como ele podia ter ficado mais bonito e atraente e ela tão irritada, cansada e redonda?

Odiava ele!

Beijou sua testa como de costume quando
chegava em casa, Sirius deixou o aconchego
de seu corpo pulou sobre ele.

— Como está rapaz? — Ele a estudou sentada com os braços cruzados acima da barriga e O rosto emburrado. — Eu te trouxe cannolis de creme e Sorvete... — Se sentou ao lado dela cobrindo a barriga com as mãos. — Como está o meu bebê hoje?

— Tentando me matar! — Fuzilou ele com os olhos.

— Te matar? De novo? — Pressionou a
boca sobre o tecido que cobria a barriga,
disfarçando um sorriso. — 0 que ela fez dessa vez?

— Ela se recusa a sair! Isso não é normal...

— Bom, se eu estivesse no lugar dela eu
também iria querer ficar o máximo de tempo possível dentro de você. -Sorriu malicioso.

— Não é engraçado.. Já passou uma semana!

— Você está nervosa, precisa se acalmar ela
sente todo seu estresse.

— Quer dizer que a culpa é minha?

— Eu não disse isso...

— Que bom! Porque a culpa é sua... — fixou os olhos verdes no rosto dela — Não me olhe assim você colocou isso aqui e agora eu dou dois passos e preciso de um tanque de oxigênio porque seu filho está comprimindo os meus pulmões. — Despejou, buscando ar logo em seguida.

— Filha! — Arregalou os olhos.

— Tanto faz! — fez uma careta.

— Onde está seu pai?

— Não sei, ele disse que tinha coisas para fazer... — Se levantou com certa dificuldade, tomando o saco de papel. — Espero que o sorvete seja de morangos.
Ele revirou os olhos. — Escuta! — Disse
sumindo na cozinha, escutou barulhos de
talheres se batendo e logo voltou a aparecer
Com unma colher na boca e o sorvete nas mãos. — Onde estava?

Acaso Perene - Adaptação NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora