Mafia Italiana- Sangue Frio

Ninguém sai impune

Liam...

   Desligo o telefone, me visto, pego minha arma e abro a porta do quarto, Alícia me grita.
- Liam me deixa ir com você!?.- Passo a mão no cabelo impaciente.
- Alícia estamos sob risco, não posso colocá-la em perigo entende!?.
- Sua mãe deve estar precisando de apoio, e se eu estiver com você não estarei em risco, você prometeu que não deixaria acontecer nada de ruim comigo!- Isso me convenceu.
- Está bem se vista te espero lá embaixo!.- Desço as escadas e fico na sala de estar esperando, não demora muito ela desce, com uma blusa preta gola alta, calça jeans preta e um sobretudo cor creme. Entramos no carro e seguimos para o hospital, 4 horas e meia de viajem, já estava ficando impaciente e Alícia a todo momento tentava me acalmar segurando minha mão. Entro no hospital direito sem falar com ninguém, meu irmão já estava me aguardando próximo do elevador, subimos para  o 6° andar onde fica a UTI e salas de cirurgia, vejo minha mãe sentada em uma poltrona e vem me abraçar chorando desesperadamente.
- Oh meu filho! Seu pai está em cirurgia! Ele quebrou várias partes do corpo, não sabem se vai sobreviver!.- Engulo seco.
- Nosso pai é forte mãe! Ele vai sair dessa! O que mais o médico falou?.- Limpa as lágrimas.
- Só disse para aguardarmos.- Vou até Lucca, que dá um soco na parede nervoso.
- Era pra ser eu irmão,! Era pra ser eu! Eu ia entrar no carro primeiro, eu voltei para buscar minha carteira que tinha esquecido na sala de administração do cassino!- O abraço.
- Calma irmão que fez isso vai pagar e caro! Preciso de você forte e são para nosso vingança, ninguém mexe com um Lucchese e sai impune!.- Confirma com a cabeça, chamo Giovanni.- Quais são os relatórios?.
- Mandei investigar, a bomba é uma das nossas  fabricações, o interessante é que nenhuma câmera de gravação tem filmagens antes e nem depois da explosão, quem fez isso conhece bem o lugar.- Já sei quem foi.
- Foi o maldito do Augusto, aquele cassino é um dos que tem sociedade com sua família é óbvio que o desgraçado conhece bem, precisamos pegá-lo e rápido. Quero seguranças vinte e quatro horas vigiando o papai, ninguém sai e nem entra sem autorização. Marque uma reunião com o conselho para amanhã, avise o consigliere do papai para voltar o mais rápido possível. Precisamos da ajuda dele,  vou ser o " líder interino" do papai, vamos ver como o maldito vai reagir.- Meu irmãos vão fazer o que mandei, Alícia está conversando com a minha mãe, me aproximo e sento ao lado delas.
- Obrigado por estar aqui Alícia, você é um anjo.- Sorri e responde sem graça.
- Obrigada é generosidade sua me chamar de anjo.
- Mesmo depois de tudo o que você passou com o Ivan...- Interrompi meio que pensando alto.
- Ivan... Ivan... O maldito deve saber de tudo! Alícia preciso que você vá comigo!.- A puxo pela mão, chamo Giovanni para vir junto e dou ordens a Lucca para ficar de olho no nosso pai.
  Entramos no carro e seguimos para o galpão onde o maldito está,  três carros com o soldados nos seguem. Chegamos e mando Alícia entrar quando eu gritar seu nome, ela faz como mandei, eu e Giovanni entramos, abro as portas e Ivan está de cabeça baixa, em péssimo estado, regalia dos meus soldados.
- Vim aqui te oferecer uma proposta, me diz quem é o traidor e eu te livro do sofrimento.- Ligo o gravador e me sento na cadeira ao contrário.
- O que aconteceu para você vir todo bonzinho?.- O desgraçado sorri, mesmo com o rosto todo inchado.
- Bom digamos que já né cansei da sua cara, e quero me livrar logo de você, mas não posso fazer um favor sem algo em troca.- Me encara de cima abaixo.
- Não estou afim! Mas posso te dar uma dica, é alguém que quer poder, o lugar dos Lucchese, alguém que faria de tudo para ter o que quer!.- Me canso dessa merda toda e chamo Alícia.
- Sabe essa dica não foi muito precisa, muitos querem isso! Mas tem alguém que quer vingança e vou conceder isso a ela!.- Os olhos dele brilha quando Alícia para do meu lado, fica ofegante.
- Alícia meu amor! Me tira daqui e podemos ser felizes juntos! Eu te dou tudo o que você quiser!.- Ela gargalha como uma maldita sádica. Se aproxima e fala bem em seu rosto.
-Voce está péssimo em? E desesperado como da para notar! Está gostando da hospedagem?.- Faz biquinho.
- Alícia por favor eu...- Ela faz sinal para ele se calar e faz ahhhh de um jeito muito sexy.
- Me fala quem é o traidor?.- O maldito engole seco.
- Eu... Eu... Não posso falar! Me pede qualquer coisa mas isso não!.- Ela pega um estilete e arranca dois dedos do pé de Ivan que grita sem forças.
- Eu te fiz uma pergunta!.- O olhos dele se arregalam.
- Não faz isso comigo amor!.- A demone sorri.
- Você teve piedade de mim? Você teve misericórdia?.- O apunha-la várias vezes sua mão.- Responde a merda da pergunta e posso ter misericórdia de você!
- Está bem! Está bem! É o Augusto, ele me passava informações da família Lucchese e de você Alícia, ele me disse que quer ser o Dom e que vai passar por cima de todos para conseguir, agora me mata, estou cansado, e se for pra morrer que seja nas suas mãos!.- Alícia pega o estilete e passa na sua garganta e sangue joga pra todo lado.
- Eu disse que teria misericórdia mas não disse que sua morte seria rápida com um tiro na cabeça.- Segura o queixo do Ivan e o olha, olho no olho.- Adeus Ivan te encontro no inferno.- E o russo maldito se vai, ela pega o gravador me entrega e eu fico aqui impressionado.- Vamos preciso me limpar.- A sigo sem falar nada, até Giovanni fica calado. Entramos no carro em silêncio, fico a observando, vira a cabeça me olha de cima a baixo.- O que foi?
- Da onde você saiu garota? Bom até entendo que muitas mulheres querem seus abusadores mortos, mas ter o sangue frio de fazer é outra coisa!.- Da risada.
-Não foi a primeira pessoa que matei Liam!.- Sorri.- Então já tem o que precisa, para matar o responsável pelo o que aconteceu com o seu pai?- Ajeito o meu terno.
- Isso quem vai decidir vai ser o conselh, não sei se vão acreditar na palavra de um russo. Mas eu tenho um plano, vou armar uma emboscada para o maldito Augusto, ele não vai ter como fugir, eu sinto que ele está escondendo o maldito do Rubens.- Me encara e diz.
- Eu tenho uma ideia!.- Sorri Giovanni finalmente fala.
- Estamos disposto a escuta-la, mas sem se colocar em risco entendeu pirralha?.
- Liam você toma o posto de Dom do seu pai enquanto ele está ausente, finge que vocês não sabem de nada sobre o Augusto, provavelmente ele vai querer causar um atentado contra vocês e sinto que vai ser uma explosão igual e vai colocar a culpa nos russos, e claro ele vai querer averiguar que vocês estão mortos, marque um encontro com ele, quando a situação apaziguar.- Fico pensando e falo.
- Certo e ninguem pode saber do estado do meu pai entendidos?.- Eles confirmam. Chegamos na mansão e ligo para minha mãe para saber como estão as coisas por lá. Meu pai ainda está em cirurgia, Alícia vai para o banheiro se limpar e volta com o telefone falando com alguém. Vai para a sacada fica alguns minutos e volta irritada.
- Augusto e Felippo não querem desmarcar o jantar de noivado, sabem como a situação está e mesmo assim não querem desmarcar, meu irmão chega amanhã de manhã ele quer participa.- Senta no sofá.- Não estou nada afim dessa merda toda.- Sento ao seu lado.
- Isso é temporário Alícia, suporta mais um pouco, prometo que você vai se livrar dessa, afinal não pode se casar com um traidor, tenho que me encontrar com a escolhida amanhã, por mim pode ser qualquer uma.- Me olha indignada.
- Você vai ir com ela para o jantar de noivado?.- Limpo a garganta.
- Você vai estar com outro certo?.- Bufa.
- Não vou brigar com você porque não é momento para isso.- Sorrio.- E tire esse sorrisinho.- Só ela mesmo pra me fazer rir em um momento desses.
- Está tarde, vai descansar Alícia, você tem um dia cheio amanhã, tem que estar linda para o seu noivinho.- Me olha irritada.
- Eu só vou porque tenho muitas coisas a resolver, não me deixe sem notícias do seu pai, e tente convencer a sua mãe vir descansar.- Sai e eu grito.
- Sim chefe!.- Se vira e me lança um olhar assassino que me faz rir e vai para o quarto. Pego um copo de uísque e puxo assunto com Giovanni que está muito quieto.
- Relaxa um pouco irmão, você precisa manter a cabeça no lugar.- lhe entrego o copo. E pego outro pra mim.
- Eu preciso arrumar uma esposa irmão.- Me assusto Giovanni querendo casar?.
- Por que isso agora?.- Suspira e responde.
- Isso que aconteceu com papai mexeu muito comigo, vi o desespero da mamãe ela não saiu de perto dele nenhum momento, e se acontece uma merda dessa comigo? Preciso de uma mulher pra estar do meu lado, nos bons e nos piores momentos, preciso ter filhos alguém para carregar o meu legado e preciso acordar e saber que alguém me ama o suficiente pra dormir tranquila do meu lado.- Me surpreendeu, pensando nisso nunca falei de filhos com a Alicia.
- Você está mal mesmo kkk.- Dou uma risada forçada mas me tocou, não posso deixar o meu irmão ficar pensando tanto pra se torturar.
- Estou falando sério, você já encontrou alguém que ame, eu também preciso sentir tudo isso que está sentindo, acho que é só assim que sabemos que estamos vivos quando amamos.
- Você está certo, vou arrumar uma mulher pra você, de preferência igual a Alicia, para te fazer sofrer kkk.- Da risada.
- Deus que me livre Liam, você viu como ela é ruim? Essa mulher vai arrancar suas bolas se você a trair e vai ser quando você estiver dormindo, se eu fosse você dormiria com um olho no rato e o outro no queijo.- Arremesso uma almofada nele.
- Sai pra lá louco! Vira essa boca pra lá!.- Ficamos conversando por um bom tempo e o meu celular toca vejo que é Lucca.
- Fala irmão notícias?.- Pergunto para o Lucca.
- Nosso pai já saiu da cirurgia, ele está na UTI mas está estável.- Suspiro aliviado.
- E a mamãe?.
- Deram um calmante a ela que a fez dormir.
- Está bem, obrigado por avisar.- Se despede e desliga.
   Subo e vou para o quarto da Alicia para ver se ela está dormindo abro a porta e porra ela não perde essa mania de deixar destrancada. A vejo dormindo serenamente, só de lingerie porque não trouxe roupa e porra está com um sutiã vermelho de renda sem bojo, e uma calcinha de renda que parece um shortinho, meu pau enlouquece dentro da calça, respiro fundo e tento se controlar, me aproximo da sua cama e lhe dou carinho na cabeça, não posso deixa-la se casar com outro, não posso deixar outro a tocar,  Alicia nasceu pra ser minha de mais ninguém. Começa a se mexer e resolvo deitar do seu lado, tiro minhas roupas primeiro e fico só de cueca, a puxo pra perto e a abraço. Fico alguns minutos assim a olhando dormir e acabo pegando no sono.