Mafia Italiana- Sangue Frio

Os sentimentos estão amostra

Alícia...

  Acordo e vejo Liam me olhando, me sinto constrangida porque ele me olha fixamente.
- Buongiorno bella, dormiu bem?.- Me abraça e me beija.
- Buongiorno, dormi sim e você?.- Sorri e diz.
- Dormi como uma pedra, já fazia 5 dias que eu mal dormia,  mas ainda me sinto cansado.- Dou um beijo na sua bochecha, Liam faz uma cara de surpreso.
- Vou tomar um banho, acho que não estou limpa o suficiente.- Me levanto e vou para o banheiro, vejo que não tem nenhum espelho, abro a porta e falo.
- Liam cadê os espelhos do banheiro?.- Cruza os braços agara da cabeça e diz.
- Nada de espelhos por enquanto, não quero que fique mal.- Volto para o banheiro, tiro a roupa e jogo no chão, levanto a cabeça e vejo o meu reflexo no box, emagreci bastante e meu corpo está cheio de manchas, claro não dá para ver nitidamente mas dá para ter uma noção de como o meu corpo está, entro no box, pego a esponja e me esfrego com tanta força e sinto minha pele arder, estou toda dolorida, principalmente na parte íntima, tenho que me livrar de todos os resquícios daquele maldito. Termino visto o roupão e saio, Liam está vestido e tem duas sacolas de roupas nas mãos. Me entrega.
- Mandei lhe trazer roupas, pode se trocar.- Pego e vou indo para o closet.- Porque está indo para o closet?.- Viro e falo.
- Pra me trocar.- Cruza os braços.
- Não precisa Alícia, pode se trocar na minha frente.- Fico receosa.
- Não estou pronta ainda.- Saio e vou me trocar, visto uma calça jeans, e opto por uma blusa de gola alta preta, penteio meu cabelo com cuidado, e saio. Descemos para tomar café, vou para a mesa e sinto tudo rodando, antes que eu caia Liam me segura.
- Você está bem?.- Fico enjoada.
- Sim estou só tive uma tontura.- Dona Rosa vem e me leva até a cadeira.
- O meu amor, é devido a desidratação que teve, logo, logo está bem.- Vejo que todos me olham com dó e raiva.
- Pessoal, não precisam me olhar assim, eu estou bem.- Giovanni fala.
- Alícia olha como você está, vamos faze-lo pagar, você vai querer estar presente?.- Antes que eu responda Lucca fala.
- Ela tem que estar presente Giovanni, a vingança será sua Alícia!.- Sorrio e falo.
- Obrigada pessoal, nem sei como recompensar tudo que estão fazendo por mim, a primeira vez na minha vida sinto que tenho uma família, antes era somente eu e meu irmão, agora olha quantas pessoas importantes estão na minha vida.- Dona Rosa fica com os olhos cheios de lágrimas, Liam me olha abismado, Dom Vincenzo diz.
- Alícia você se tornou parte da nossa família, e cuidamos dos nossos.- Confirmo com a cabeça emocionada, Giovanni fala.
- Você quer nos fazer chorar Alícia?.- Finge que está limpando uma lágrima e começo a rir.
- Olha pequena, vamos fazer de tudo para te proteger, ninguém mais irá te tocar sem a sua permissão.- Liam fala e Lucca diz.
- Alícia cuidado pra ele não te sufocar.- Liam lhe lança um olhar ameaçador.- O que é? Estou falando a verdade, você vai acabar sufocando a garota com o seu protecionismo, dou graças a Deus que você voltou, ele estava insuportável.
- Não estava nada.- Dona Rosa ri e fala.
- Filho tenho que concordar com o seu irmão, nem eu estava te aguentando, ele estava quase queimando essa cidade inteira.- Liam fica emburrado, toco sua mão por debaixo da mesa.
- Muito obrigado por não desistir de mim.- Confirma com a cabeça. Continuamos o café com conversas saudáveis, e Giovanni, Lucca provocando Liam,  e eu ficava dando risada com a sua cara de bravo. Terminamos o café e ele diz que preciso ir fazer os exames.
- Não precisa ir Liam.- Bufa e fala.
- Mas eu quero ir, não vou te deixar sozinha.- Cruza os braços e parece uma criança birrenta.
- Tudo bem pode ir, mas tente matar o médico ok?.- Levanta uma sobrancelha e fala.
- Por que?.
- Você sabe como é uma transvaginal?.- Faz expressão de que está pensando, Reviro os olhos.- Liam, é um bastão com uma câmera e eles como lá dentro.
- Lá dentro da onde?.- Faz bico.
- Dela.- Aponto para minha parte íntima. Faz cara de horrorizado.
- Não, não e não!.- Dou risada e lhe dou um selinho, faz cara de bobo.
- Não se preocupe, você é dono do meu prazer, do meu corpo e dos meus pensamentos.- Sorri de canto.
- Assim você me deixa sem graça.- Sorrio e falo.
- Vamos.- Me despeço de todos, entramos no carro e seguimos para o hospital. Liam me olha e pergunta.
- Você falou sobre isso com o seu irmão?.- Balanço a cabeça em negativa.
- Não quero que se preocupe, por isso não disse nada a ele. Alberto como está a sua filha?.- Liam me olha curioso.
- Está bem senhorita, ela está quase terminando a faculdade de enfermagem.
- Fico feliz com isso.- Liam me questiona com os olhos.- O que foi?
- Nada.
   Chegamos, desço e vou em direção ao consultório de ginecologia, o doutor manda eu tirar a minha calça, Liam fica observando tudo com uma expressão nada boa, me deito na mesa de papanicolau onde fazem transvaginal também, apoia as pernas no apoio.
- Senhora Alícia vou introduzir o aparelho, se sentir algum desconforto me avise.- Liam cruza os braços, se aproxima e fala.
- Não olha muito não.- O encaro.
- Liam se comporta.- O doutor diz meio nervoso.
- Senhor estou aqui para cuidar da sua mulher.- Fica observando tudo o que ele estava fazendo.
- Pode ficar tranquilo doutor.- Ajusta os óculos e fala.
- Não tem nenhum dano no seu colo do útero,  mas tem alguns machucados não graves nas paredes do seu canal vaginal, vou prescrever uma pomada para ajudar na cicatrização, sem relações sexuais por uma semana, é o tempo necessário para cicatrizar, use a noite por 5 dias e ficará melhor, pode se vestir.- Liam tira o terno e me cobre, reviro os olhos, entro no banheiro, me limpo e me visto, saio e me sento na cadeira.- Vamos fazer o teste de DST, é um teste rápido.- Pega um objeto com uma ponta afiada e fura o meu dedo e coloca o sangue em pequenas palhetinhas e todas ficam com um risco o doutor fala.- Todos deram um risco, isso significa que deu negativo, pode ir para a sala de raio x.
   Seguimos para a sala de raio x, tiro minha blusa e faço as posições que o enfermeiro mandou, sentamos no lado de fora para esperar sair o impresso.
- Tudo você tem que tirar a roupa.- Dou risada.
- Você é tão engraçado com ciúmes.- Chamam meu nome, me levanto e pego o envelope o enfermeiro diz.
- Pode ir para a sala do clínico mostrar o resultado.- Agradeço e seguimos, aguardamos chamar. E a doutora chama o meu nome.
- Boa tarde!.- A cumprimentamos me sento e ela da um sorriso enorme para o Liam, que me deixa com raiva.
- Senhor Lucchese, em que posso ajudá-lo.- Ele me olha ajeita o terno, limpa a garganta e responde.
- Não sou eu que sou o paciente aqui,  é a minha mulher.- Toma otária, lhe entrego o envelope e ela fica vermelha.
- Oh sim claro.- Coloca o raio x no painel de luz, o observa e diz.
- Bom não tem nenhuma fratura, somente uma inflamação nos músculos.- Olha para o liam.- Vou passar alguns remédios para remover a inflamação e pomada para ajudar na dor.- Começa a prescrever as receitas me entrega.
- Agradeço pela atenção.- Claro sou irônica. Saio da sala e ouço chamar o Liam, segura na minha mão e diz.
- Me espera aqui.- Vai e volta rápido irritado.
- O que aconteceu?.- Seguimos pelo corredor.
- Veio me pedir para ligar pra ela, pra nós encontrarmos.- Fico irritada.
- E qual foi sua resposta senhor Liam?.- O encaro, sorri me vira e me abraça.
- Disse que já tenho a dona do meu coração e vou me casar com ela, querendo ou não.- Beija a minha cabeça, sorrio e digo.
- Se eu não estivesse nesse estado, você iria ganhar um prêmio.- Sorri de canto.
- Posso esperar, mas posso me aliviar por aí por enquanto?.- Dou um soco no seu ombro.- Estou brincando kkkk.
- Nem pense nisso senhor Liam, se não eu arranco o seu brinquedinho e guardo em conserva.- Da risada.
- E com o que você iria brincar?.- Coloco o dedo no queixo e faço gesto que estou pensando.
- Ah sabe tem muito homens por aí...- Não termino de falar ele me empresa na parede e fala.
- Nem pense nisso Alícia!.- Dou risada.
- Estou brincando.- Começo a beija-la e escuto alguém se aproximando o empurro e ele fala.
- O que foi?.- Começo a caminhar.
- Tem gente vindo.- Coloca uma das mãos na cintura.
- E daí aí ?.- Da de ombros.
-. Vamos Liam.- Entramos no carro, fomos para casa, chegamos e sua mãe pergunta.
- Eai como foi?.- Liam coça o queixo e diz.
- Apesar de não gostar nem um pouco dos médicos, está tudo bem com a Alicia nada grave, só vai precisar de alguns cuidados.- Entre as receitas para o alberto.- Já que vocês são amigos, você não vai se importar de ir comprar os medicamentos dela né?.- O questiona com o olhar.
- Não senhor, o que a garota precisar estarei disposto a fazer.- Alberto sai, dou um tapa em seu braço.
- Da pra parar com isso!.- Se faz de desentendido.
- Não fiz nada, pra que essa agressividade.
- Não se faça de bobo!.- Sua mãe ri e fala.
- Vocês dois em, vamos almoçar.- Sentamos na mesa e almoçamos. Depois fomos para a sala de estar. Lucca fala.
- Então Liam quando vamos matar aquele maldito, os soldados estão se divertindo com ele mais que nós.- Bebe um gole de uísque.
- Quando Alícia estiver totalmente recuperada. E me faz lembrar que ainda não pegamos o maldito do Rubens.- Ele bebe um gole da bebida e Giovanni fala.
- Os soldados estão atrás dele. Precisamos juntar provas contra o Augusto, não podemos deixar esse maldito sair ileso.- Liam confirma com a cabeça.
- Se esse crápula está de complô contra nós, irá pagar com a vida, já venho observando que esse maldito queria estar no lugar do nosso pai.- Vincenzo traga o charuto e fala.
- Muitos querem o meu lugar, muitos querem o que tenho, vivo a vida sendo rodiado por cobras filhos, mas todos que tentaram tomar o meu lugar estão a sete palmos do chão.- Liam demonstra sentir um orgulho imenso pelo pai.
- É por isso que você é o rei da porra toda!.- Liam e os seus irmãos levantam os copos em saudação seu pai.
- Eu também queria estar bebendo!.- Liam sorri.
- Beber esta restrito para você mocinha por tempo indeterminado.- Cruzo os braços com raiva e Lucca fala.
- Não falei? Super protecionismo!.- Faz voz de deboche e começo a rir.- Deixe a garota beber, ela merece, passou por muita coisa!.- Liam semi cerra os olhos e diz.
- Eu sei o que é melhor pra ela.- Lucca bufa.
- Quando você estiver melhor Alícia, vou te levar para uma das nossas boates, você vai beber até vomitar!.- Aponta em minha direção e Liam fala.
- Você não perdeu a noção do perigo!.- Lucca ri.
- E seu eu quiser ir?.- Os dois me encara.- Quando eu estiver recuperada vou querer sim me divertir!.- Ele me olha com raiva.
- Nem pense nisso! Eu não permito!.- Me levanto e falo.
- Que eu saiba, não estamos casados ainda e ainda mais, mesmo que estivermos casados isso não quer dizer que não posso me divertir!.- Me irrito e  Giovanni fala.
- Deu merda!.- Bebe um gole do uísque disfarçando. Dona Rosa tira a atenção do livro que estava lendo.
- Isso é verdade menina, um casamento não é uma prisão.-O pai de Liam se intromete na conversa e fala.
- Ah é? Então você quer se divertir também?.- Dona Rosa bufa e responde.
- Não quis dizer isso, e eu já sou velha o que vou fazer em uma boate cheia de jovens? Mas Alícia ainda é nova e tem sim que se divertir!.- Vincenzo se cala depois da resposta de sua mulher.
- Está vendo tenho razão!.- O encaro Liam fala.
- Depois falamos sobre isso, mas se casar comigo será sob as minhas regras!.- Fico mais irritada ainda.
- Então você quer uma boneca que segue as suas vontades como esposa!? Pois fique sabendo que se nos casarmos, não será tudo do seu jeito! Farei minhas vontades também! E você viverá sobre minhas regras também!- Fico frente a frente a ele o encarando.
- Alícia! Eu sou homem porra não vou ficar aceitando ordens de uma mulher! Ainda mais pelo o que você passou! Não quero sentir aquela agonia de novo! Então sim você só vai sair de casa sob as minhas ordens e não se fala mais nisso!.- O olho e saio para o meu quarto, bato a porta com ódio, não adianta o que eu faça, ele não vê o que sou e o que quero, nada disso importa pra ele, eu vou me recuperar e voltar para Nova York o mais rápido possível. Deito na cama e ouço batidas na porta, pergunto.
- Quem é?.
- Sou eu o liam.- Me levanto e abro a porta.
- Fala!.- Coça a cabeça e entra.
- Não quero brigar Alícia.- Reviro os olhos e ele fala.- Não revira os olhos pra mim! Você não entende, mas uma mulher da máfia é submissa e você vai ter que aprender isso.
- A é mesmo? Então está bem serei o que você quer, uma boneca sem vontades e sem emoções, quando quiser eu abro as pernas e pronto, mas sem sentimentos e sem prazer algum.- Revira os olhos.
- Não é isso que eu quis dizer! É só que você tem que me obedecer.
- Você quer mudar quem eu sou! E isso não vai acontecer!.
- Essa é sua palavra final?.
- Sim!
- Ok.
- Amanhã eu vou voltar para a casa do meu pai! Depois que eu estiver melhor vou voltar para Nova York, de onde eu nunca devia ter saído!.- Se aproxima de mim.
- Você não vai! Ouse sair da Itália Alícia, ouse!.- Me aproximo mais dele e ficamos cara a cara.
- Tente me impedir! Já era pra mim estar lá! Só não estou por causa desse maldito sequestro!- Seus olhos demonstra puro ódio.
- Veremos então se você vai! Quer jogar Alícia ? Quer ver quem tem mais poder?.
- Vamos jogar Liam! Vamos ver se você é tudo isso mesmo!.- Sorri de canto e fala.
- Eu nunca perco!.- Sai batendo a porta, que ódio, que raiva pensa que domina tudo em minha vida, sou totalmente grata a ele por me salvar, mas se sentir no direito de me dominar aí já é demais. A noite chega e eu não saio do meu quarto, a empregada me trás uma bandeja com alguns lanches, disse que Rosa que mandou, depois que termino de comer, tomo meus remédios, e vou tomar um banho, depois aplico a pomada ginecológica, e vou dormir.