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Any Gabrielly;

Segunda-feira. Mal consegui dormir ontem a noite. Não posso negar, apesar do que aconteceu, acho que me apaguei mesmo no Noah. Eu tenho certeza que meu pai não vai aceitar isso de uma boa forma.

Encarei os mínimos traços do rosto de Noah, o lado que não estava enfiado no travesseiro. Sorri esfregando minha mão de leve pela sua bochecha e me levantei da cama. Me vesti, peguei minhas coisas e saí de casa. Pedi um Uber e quando ele chegou, fui direto para a casa da minha mãe.

Eu não sabia ao certo como encarar aquilo. Essa oficialmente seria a semana de despedida da escola. Depois disso, direto pra Espanha pra fazer a faculdade. Eu sei que já tinha meus dezoito anos, mas meu pai sempre daria um jeito de infernizar minha vida de alguma forma.

— Eu sinto muito querida. — Minha mãe me abraçou. — Seu pai disse que já está chegando.

Não consegui dizer uma palavra sequer. Parecia ter um nó em minha garganta. Não demorou muito para que campainha tocasse e me causasse um enorme frio na barriga. Tentei regular minha respiração quando ele entrou pela porta e me fuzilou com o olhar.

— Que falta de vergonha, Any.— Ele cruzou os braços. — Eu juro minha filha, estou tão desapontando. — E eu pouco me fodendo pra isso. — Não tem nada pra falar?

— Quer que eu peça desculpas? — Ri.

— É o mínimo que poderia fazer. — Ele foi aumentando o tom de voz. — EU TE CRIEI COM TANTO AMOR E CARINHO, PRA SER A MINHA PRINCESINHA E SE RELACIONAR COM UM CARA DA SUA IDADE. UM CARA DA SUA LÁBIA! E NÃO COM O SEU PROFESSOR ADULTO.

— A vovó e o vovô também devem ter te criado pra ser um príncipe. Um que ama a sua esposa acima de tudo e não a trai. — Lancei meu olhar para ele que só faltava suar sangue de tanto ódio

— ESTAMOS FALANDO DOS SEUS ERROS E NÃO DOS MEUS. — Ele se aproximou quase enfiando o dedo na minha cara. — O QUE FALTA MAIS? FALTA VIRAR UMA PUTA, VADIA QUE É PAGA PELOS HOMENS RICOS E VELHOS?

— Ótimo meio de dinheiro fácil. — Dei de ombros e ele acertou meu rosto o um tapa.

— FICOU MALUCO? — Minha mãe o empurrou.

— Tá tudo bem mãe. — Murmurei antes que aquilo virasse uma imensa bola de neve. Enchi meus olhos de lágrimas e o encarei novamente.

— Você vai pra Espanha. Vai fazer a faculdade e ficar sob supervisão da sua tia.

— Eu vou. Eu vou pra Espanha se quiser. Mas eu vou me despedir dos meus amigos e você não vai tirar isso de mim. Vou me despedir inclusive do Noah. E aí de você se encostar a mão em mim de novo. Eu faço da sua vida um inferno. — Me levantei, avançando em sua direção. — Você não é nada exemplar pra querer me dar sermão. Cuida do seu rabo primeiro, cuida das suas escolhas de merda. Não é porque fodeu com a sua vida que vai foder com a minha também. — Dei as costas sem nem pensar que ele poderia literalmente me arrebentar de tanto me bater.

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eu odeio esse véio! odeio

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