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Any Gabrielly

Depois de andarmos pelas lindas ruas de Nova Iorque, Noah nos levou para casa. Um prédio enorme. Estávamos agora no elevador.

— Então, Any. — murmurou. — Precisamos conversar sobre meu pai.

— Sobre seu pai? — Perguntei confusa e ele apenas assentiu. Subimos em silêncio depois disso. Não, não tinha nada de simples. Noah abriu a porta do apartamento me dando visão a aquela típica cena chique. Parece que luxo combinava com ele. Estava tudo incrivelmente organizado. As janelas eram enormes, iam do teto até o chão, deixando a paisagem urbana totalmente a vista.

— Isso é incrível. — Coloquei as mãos na boca enquanto adentrava o lugar.

— E só nosso. — Ele sorriu fechando a porta.

Eu estava realmente tão estasiada com aquilo. Observava cada mínimo e magnífico detalhe. Vinnie pôs as mãos em minha cintura e beijou meu pescoço. Eu ainda estava de costas para ele.

— O que acha de inauguramos? — Ele me virou e colocou nossos corpos, apertando firme minha cintura.

— Você tem um tesão acumulado hein, puta que pariu. — Ri passando meus braços em volta do seu pescoço.

— Fiquei uma semana toda sem você. — Ele fez um biquinho fofo. — Você pode escolher o lugar. — Ele riu. — Bancada da cozinha, a mesa de jantar, sofá, banheiro, na nossa cama, na sacada...

— Já é demais, não acha? — Eu ri. — Acho melhor irmos pra cama. — Dei um selinho provocativo. Ele se inclinou para me beijar novamente mas eu desviei de seu rosto. — Precisa me contar sobre o seu pai. Sou muito curiosa e nós não vamos para a cama até resolver me dizer o que tem ele.

— Você é chata pra caralho. — Ele revirou os olhos indo até a cozinha.

— Obrigada. — Coloquei minha mala que estava no meio da casa em um canto. — É meu charme.

— Senta aqui. — Ele me chamou para o balcão. Me sentei em uma das cadeiras altas e dei um gole na bebida que ele havia servido. Fiz uma cara feia porquê aquela coisa era horrível, e ele riu. —  Marco Urrea... — Ele pensou. — Não sei nem por onde começar. — Suspirou apoiando os braços no balcão. — Meu pai tem uma empresa, uma empresa de empréstimos. Essa empresa investe altos valores em tudo, não só coisas legalizadas. — Esfregou seus cabelos. — Meu pai caiu derrubando tudo com ele, pequena. Ele investia em gangues, cassinos, restaurantes, escolas, empresas, hotéis e tudo mais. Não importava pra ele o que era, desde que tivesse seus cinquenta porcento estava ótimo. — Bufou. — Às vezes os proprietários quebravam o contrato então ele tirava eles do caminho e tomava o estabelecimento deles.

— O que quer dizer com "tirava eles do caminho"? — Questionei e ele assentiu como se eu soubesse o que eu pensava. — Seu pai matava eles?

— Ele mandava matar. Nunca sujou suas mãos. — Ele fez uma careta. — Lembra do restaurante que te levei pra jantar? E do cassino depois disso? — Eu concordei com a cabeça, já entendendo. — Poisé. Eram dele. O ponto é: ele tinha inúmeros estabelecimentos por todo o mundo. E agora isso tudo ficou pra mim.

— Vai continuar com o que ele fazia?

— Eu não sei. Seria um bom jogo pegar os negócios dele agora, mas não quero fazer isso do jeito errado. Não quero me envolver com essas coisas. — Apenas suspirei sem saber o que dizer. — A gente pode ir pra cama agora?

— Noah Urrea! — Repreendi rindo.

— O quê? Você disse que iríamos se eu te contasse e eu contei. — Ele deu de ombros. Meu celular tocou nos interrompendo e ele fez uma cara de frustração. Era a minha mãe ao telefone.

— Alô. Mãe. — Atendi me retirando dali e indo a procura do quarto para guardar minha coisas e tomar um banho.

— Oi meu anjo. Chegou bem? — Ela questionou. — Fui convincente? — Cochichou.

— Foi. — Ri. — Porquê está falando baixo? O papai está aí?

— A Megan está. Tá se lementando e tudo mais. Pediu desculpa por me fazer passar por tudo e disse que ela nunca deveria ter feito isso, ainda mais sendo com o seu pai.

— Que evolução. — Arqueei as sobrancelhas mesmo sem ela poder ver.

— Ela disse que seu pai bateu nela.

— Esse homem não cansa de ser filho da puta? — Questionei e ela riu.

— Acho que não. — Ela suspirou. — Preciso ir antes que ela morra desidratada. Manda um beijo pro Noah. Vou segurar as pontas aqui.

— Tá legal mãe. Eu te amo. Fica bem. — Ela disse o mesmo de volta e então eu desliguei o telefone.

— O que ela queria? — Noah perguntou entrando no quarto. Ele tirou a camiseta e vasculhou atrás de uma toalha.

— Saber se eu tinha chegado bem. Ela te mandou um beijo. — Dei de ombros. Ele achou uma toalha e caminhou em direção ao banheiro. — Ei! Não! Eu vou tomar banho primeiro. — Corri atrás dele.

— Sua mãe é um amor. Devia idolatra-la por gerar algo tão divino como você.

— Nossa, essa foi péssima. — Eu ri.

— Toma banho comigo. — Ele fez uma carinha fofa. — Por favor.

— Que reviravolta. A algumas semanas você estava entrando pela porta da sala de aula...

— Queria que eu entrasse pela janela? — Ele perguntou e eu dei um leve soco em seu peitoral nu.

— A questão é que você era meu professor de química é agora é meu namorado. O mundão não gira, ele capota. — Falei ligando a torneira da banheira.

— Bom, eu costumo ensinar química, mas posso te ensinar a ter um bom orgasmo também. — Mordiscou seus lábios.

— Bobinho. — Tirei minha roupa. — Anda, entra. — O convidei entrando na banheira.

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