Capítulo III

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Já haviam se passado uma semana desde que o pequeno Léo havia visto a morena ali e vivia atrás dela sempre que possível. Passava metade de seu tempo no porão com ela, quando sua mãe estava ocupada ou dormindo.

A loira havia estranhado, o filho mal ficava no quarto de brinquedo, que era um de seus lugares favorito, parecia mais agitado e estava sempre indo ao porão.

Segundo o garotinho, lá era bem melhor de se brincar e aproveitava isso para escrever suas músicas na calma e no silêncio, mas ainda sim. O mais novo era muito inquieto e não tê-lo lhe aperriando por qualquer coisa que fosse, era muito estranho.

Por outro lado, Maraisa estava amando a companhia do menino, não se sentia mais sozinha. A saudade de sua irmã era o que mais lhe doía, não conseguia imaginar como ela estaria naquele momento, não ter contato com era difícil, nunca havia passado se quer um dia sem falar com ela.

Mas Léo por vezes lhe distraia, ele costumava lhe chamar para jogar, contar histórias e até mesmo, ficava abraçadinho com ela quando a morena não conseguia esconder sua tristeza.

Havia criado um apego grande no menino e seria difícil quando precisasse sair dali de uma vez, sentiria saudades de ver o mais novo literalmente o tempo inteiro.

Eram oito horas da manhã quando Leozinho acordou, a sua mãe ainda dormia tranquilamente na cama quando ele decidiu se levantar.

Colocou um sorriso no rosto e saiu do quarto descendo as escadas á passos rápidos, queria dar bom dia a Maraisa. Foi até a cozinha, arrastou uma cadeira até o armário e subiu ficando na pontinha do pé, pegando um de seus biscoitos favoritos.

Sua mãe brigaria feio se lhe visse ali, então apressou-se para descer e arrastar a cadeira de volta para o lugar e correu até o porão, entrando em seguida.

Marília estava cansada demais para acordar com aquele barulho, não tão alto graças ao piso liso e aos protetores nos pés das cadeiras.

Desceu as escadas e ao não ver ninguém, foi até atrás do armário vendo a mais velha levar a mão ao coração ao ver que era o menininho ali. Suspirou em alívio e sorriu ao ver o mesmo abrir um sorriso e lhe abraçar forte.

— Titia, eu trouxe pra você.- Deu o pacote de biscoito a Maraisa que o pegou com um sorriso, logo depositando vários beijinhos em seu rosto.

— Obrigado, amor.- Agradeceu vendo o pequenininho colocar os braços para trás e dar sorriso.— O que cê quer fazer hoje?

— Conta historinha titia? - Pediu animado sentando no sofá, acompanhado pela morena que sentou-se ao seu lado.

Marília acordou com o barulho de seu telefone tocando, bufou alto com o som irritante que invadia seus ouvidos e atrapalhava seu sono. Com raiva, pegou seu celular na cômoda ao seu lado e olhou o identificador vendo o nome de Murilo ali e resmungou atendendo a ligação.

— Vei, cê me acordou.- Reclamou colocando o celular no ouvido, logo colocando o rosto contra o travesseiro.

— Bom dia margarida, são oito e meia da manhã.- O tom de quem estava rindo da loira era perceptível.— Posso falar com o meu pequeno?

— Meu jesus, pera que ele. - Antes que pudesse concluir o que ia falar, percebeu o lugar ao seu lado vazio e levantou-se rapidamente seguindo até o quarto do pequeno.

Vazio.

Seguiu até o quarto de brinquedos e também estava vazio, suspirou ao lembrar que o mais novo vivia no porão e seguiu rapidamente até lá.

— Perdeu nosso filho? - A risada de Murilo fez a loira acabar por sorrir também. Abriu a porta do porão silenciosamente e seguiu até o mais novo com um sorriso no rosto.

Innocent {Malila}Onde histórias criam vida. Descubra agora