Capítulo VII

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Henrique andava impaciente de um lado para o outro, Juliano tentava buscar sinal. De alguma forma e por algum motivo desconhecido, não estavam conseguindo mais sinal.

Marilia havia adormecido nos braços de Maraisa, essa que havia acabado por adormecer junto. Após tanto choro, ambas adormecendo na cama do quarto da loira.

O pequeno Léo, ainda dormia. O que deixava a casa em um completo silêncio, os dois irmãos estavam no andar de baixo em busca de sinal.

— Onde que tá a Maiara, em? - Henrique perguntou retoricamente baixinho, enquanto soltava um suspiro cansado e o irmão acabou por lhe olhar.

— A gente precisa achar ela.- Juliano chegou a conclusão, jogando o celular ao seu lado. Realmente havia algo muito errado, o sinal ali até poderia ser fraco, mas sempre funcionava.

— Ela tá morta cara.- O mais velho concluiu andando de um lado para o outro, enquanto massageava as temporas.

— Do que cê tá falando? O corpo dela não foi encontrado.- Rebateu vendo o outro revirar os olhos, levando as mãos ate a cintura.

— Por que cê acha que alguém sequestraria ela e a manteria viva? - Questionou curioso, vendo o irmão sorrir balançando a cabeça negativamente.

— Cê ainda não sacou? - De certa forma, Juliano parecia ter certeza do que dizia.— A pessoa que tá fazendo isso, provavelmente sequestrou a Maiara e não vai mata-la. A pessoa quer se fingir de Maraisa, isso significa que ela vai fazer com que a Maiara pareça ter fugido, como se fosse cúmplice da Maraisa, sacou?

— Cê acha mesmo que a polícia pode ser burra ao ponto de achar isso? - A polícia estava atrás da gêmea mais nova, pelo simples fato de ter encontrado algo da mesma na cena do crime.

— Isso é questão de investigação. Se a polícia achar que tudo isso faz muito sentido, então sim, eles vão intensificar ainda mais as buscas pela Isa.

O silêncio havia tomado conta do ambiente, ambos presos em seus próprios pensamentos. Henrique realmente queria achar uma solução, não era possível que alguem poderia cometer um crime tão perfeito ao ponto de não deixar provas.

A não ser que...

Não!

— Cara, e se realmente foi a Maraisa? - Henrique deixou sua dúvida escapar em um sussurro para não correr o risco de alguém os ouvir e seu irmão acabou por olha-lo como se tivesse digo algo absurdo.

E tinha.

— Cara? - Juliano olhava o irmão procurando ver se era alguma brincadeira, afinal, não fazia nem sentido desconfiar da mesma.— É a Maraisa.

— Ela tava estranha no dia, mano. Cê lembra como ela parecia nervosa? - Henrique parecia ligaram alguns pontos sobre o dia do ocorrido.

— Claro que tava, a Maiara tava desesperada atrás daquele cretino.- Rebateu ao lembrar do nervosismo de Maraisa ao ver a situação em que a irmã se encontrava.— Não teria nem tempo de ter encontrado aquele cretino. O assassinato foi as oito da noite, a Maraisa saiu de lá de casa às sete e cinquenta.

— Exatamente, bate com o horário que ela saiu.- Comentou pensativo. Tentava criar um possível caminho que a mais velha tenha trilhado.

— Cara, cê não vê que é tudo uma armação muito bem feita? - Juliano perguntou ao ver o irmão tentando arranjar um caminho para incriminar a amiga.— Não tinha como ela chegar na casa dele em dez minutos, além do mais, ela ainda mandou mensagem quando chegou em casa às oito e cinco no grupo. E além de tudo, é a Maraisa, ela jamais faria isso.

Innocent {Malila}Onde histórias criam vida. Descubra agora