Capítulo 2- Novatos

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Depois de alguns minutos, finalmente tínhamos chegado em frente aquele grande prédio, ou seja a escola. Fomos até o portão, onde ainda tinha alguns alunos na frente e um senhor de idade, que creio eu ser o porteiro

- Eu preferia a nossa antiga escola - fala a minha irmã antes de entrarmos

- Bom dia - falo quando passo pelo senhor

- Bom dia. Vocês devem ser os alunos novos não é mesmo? Sejam bem vindos - fala o senhor sendo simpático

- Somos sim. Obrigado - Respondo forçando o meu melhor sorriso - não sou muito bom nisso - E então ele volta para onde estava

- Porquê você tenta ser tão gentil com as pessoas? Você nem as conhece - fala a minha irmã Stella do meu lado

- Ele foi gentil com a gente. Eu apenas retribui - Mesmo ela estando certa. Eu não sou de fingir simpatia com as pessoas, mas eu tento o máximo que posso. Por isso eu prefiro ficar sozinho e não falar com ninguém

Continuamos andando pelos longos corredores, até que temos que nos separar. Pois a Stella ainda estava no 1° ano, que ficava de um lado da escola. E eu estava no 2° ano, que ficava do outro lado

- Te vejo no intervalo tá bom - falo antes de seguirmos para nossas salas de aula

- tanto faz - responde com toda sua gentileza - essa é minha irmãzinha -

Segui pelo longo corredor. Tinha um grupinho de alunos no meio dele. Quando passei por eles ouvi alguns cochichos, mas não liguei e continuei andando

Quando cheguei na sala, a porta estava entre-aberta. A professora ja estava la dentro.

- Licença professora. Posso entrar? - perguntei batendo na porta. Todos os olhares se voltaram pra mim - eu detesto isso, odeio ser o centro das atenções, mas como eu era o navato né-

- Claro que pode. Procure um lugar pra se sentar- Ela respondeu voltando a dar a aula

Não tinha muitas cadeiras vazias na sala, apenas uma no fundão. Fui andando até lá quando ouço alguns alunos falando coisas do tipo: "esse é o aluno novo? Ele é muito bonito. Parece um nerd. Tá mais pra um viadinho" A última frase me fez parar e olhar para o lado onde o garoto tinha falado. Ele me olhou com um sorriso cínico no rosto. Eu não sabia seu nome, mas já o detestava.

Como alguém, em pleno século 21, ainda consegue ser homofobico? Isso é tão cringe - Eu pensei

Aquele garoto tinha cara de quem gostava de arrumar encrenca apesar de ser muito bonito. Melhor eu ficar longe dele

Voltei a andar até a cadeira vazia

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Voltei a andar até a cadeira vazia. Me sentei, tirei a mochila das costas e tirei meu caderno e caneta. A professora começou a falar algo que eu não entendia, eu só queria que isso acabasse logo.

Não sei porquê mas aquele garoto não parava de olhar em minha direção e falar alguma coisa com uma garota que estava sentada na sua frente.

Até que as primeiras aulas passaram rápido - graças a deus - não tá sendo tão ruim quanto eu pensei, há não ser pela vergunha que o professor de Química me fez passar, pedindo para eu me apresentar na frente da sala inteira. E mais uma vez as fofocas e olhares debochados do grupinho do garoto que eu não sabia o nome até o professor fazer a chamada. O indivíduo se chamava Alan - Até o nome me dá ranço -

O sinal do intervalo toca, mas mais parecia aquelas sirenes de presídios - só faltou um guarda entrar na sala e dizer "hora do banho de sol" -

Fui o último a sair da sala, não queria esbarrar em ninguém e ter que pedir desculpas. Fui até a cantina e vi minha irmãzinha sentada em uma das mesas vazias mechendo no seu celular

- Yae. Como foi? - falei sentando ao seu lado

- Normal. Só algumas alunas metidas com fofoquinhas olhando pra mim. Me deu vontade de levantar e esganar cada uma delas e depois perguntar do que elas estavam falando - respondeu sem olhar pra mim e ainda mechendo no seu celular

- Eu sei como é - falei olhando para a mesa que estava a nossa frente, com o grupinho do Alan e aquela garota, que acho ser a sua namorada

- Oieeeee - falou uma garota me assustando e sentando na nossa frente tirando totalmente a minha visão. Ela era muito bonita. Tinha o cabelo curto e preto, olhos castanhos e boca pequena, e algumas sardas que deixavam seu rosto ainda mais bonito

- Prazer. Meu nome é Beatriz Bennett, mas podem me chamar de Bia. E vocês como se chamam? - Ela perguntou

- Prazer. Meu nome é Stefan Rodriguez - respondi

- Prazer. Me chamo surda e muda - minha irmã como sempre, simpática

- Bom.... é um prazer Stefan e surda e muda - ela falou rindo - gostei dela -

- Olha desculpa ser tão direta, mas é que eu te achei um gatinho e....

- Desculpa, eu sou gay - falei a interrompendo

- Sério? Meu deus, melhor ainda - ela falou se levantando e batendo palmas - por acaso ainda tá na moda ser melhor amiga de um garoto gay? Porquê nos seremos melhores amigos - essa garota é muito doida - mas eu amo pessoas assim -

- Pelo o que eu ouvi por ai vocês também são novos na cidade né? Não se preocupem eu vou mostrar tudo pra vocês

- Olha não precisa fazer isso - falo meio sem graça

- Claro que precisa, não se preocupa depois a gente marca o dia - ela falou se levantando e indo embora, mas ai ela volta - é doidinha essa ai -

- Aproposito, a gente vai tá junto na próxima aula - Então ela vai embora. Agora de verdade

- Tá bom então né - falo sem entender nada

- Você vai mesmo nisso? - pergunta a Stella

- Acho que sim

- Então pode ir, mas eu não vou nem que me paguem - falou voltando a sua atenção para o celular, provavelmente falando com o namorado

Eu não entendi muito o que acabou de acontecer aqui, mas pelo visto eu ganhei uma nova amiga....









Contínua......

Meu Hetero Favorito (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora