Capítulo 5- A festa

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O caminho para a casa da Gabrielle foi silencioso. O Nicolás não tirava os olhos da estrada, a não ser algumas vezes que ele olhava pra mim pelo retrovisor. A Bia ficava toda hora retocando a maquiagem. Ela estava realmente linda.

Depois de alguns minutos o Nicolás para o carro em frente a uma casa azul e com um jardim enorme. De longe dava pra ouvir a música alta. Penso se ainda dá tempo de desistir e voltar pra casa, mas acho que não. Descemos do carro.

- É, parece que hoje eu vou tirar os atrasos - disse o Nic indo em direção a casa

- Nic espera - falou a Bia indo até o irmão - Não vai fazer nenhuma besteira tá bom

- Relaxa irmãzinha. Eu tô sobre controle. Tá tudo bem

- Foi o que você disse da última vez mas ai você....

- Olha eu já disse que tá tudo bem . Aliás , dessa vez é diferente  - falou, interrompendo a Bia e voltando a andar

Eu não entendi nada sobre o que eles estavam falando. Mas também não queria me meter nos assuntos deles

- Vamos? - Perguntou minha amiga. Assenti com a cabeça. Na varanda da casa tinham algumas pessoas que provavelmente ja estavam bebadas. Isso iria ficar pior daqui há algumas horas.

Entramos na casa. A música ficou dez vezes mais alta, mas incrivelmente não me incomodou tanto quanto eu pensava. Aquela casa parecia mais um formigueiro de tanta gente. A sensação de não ver rostos familiares nunca foi tão satisfatória pra mim antes, me senti mais confortável, por incrível que pareça. A música alta fez meu coração acelerar um pouco, talvez porque eu não tava acostumado com aquela situação. Atravessamos o pessoal espalhado pela sala, Nic seguiu até os fundos como se já estivesse estado aqui antes, tenho certeza que esteve. Acho que sei onde quer chegar, na cozinha, onde deve estar as bebidas. Algumas vezes alguem esbarrava em mim, isso era um pouco irritante. Essas pessoas estão bebendo assim e hoje é apenas segunda-feira

- E então o que achou? - disse a minha amiga um pouco alto por causa da música

- Não é bem a minha vibe, mas até que é legal - falei, não sendo muito sincero

- Que bom que você tá gostando. Fica aqui, eu vou pegar alguma coisa pra gente beber - disse se misturando na multidão. Eu ia falar que não bebia, mas ela ja tinha sumido - era tudo o que eu queria, ficar sozinho no meio de uma festa com um bando de gente que eu nunca vi - penso sendo irônico comigo mesmo

Fui procurar algum lugar pra sentar. Eu não ia ficar em pé no meio desse povo todo dançando bebados e drogados. Fui até um canto da sala onde havia um grande sofá daqueles grudados na parede, e um balcão cheio de garrafas de bebidas. Tinha muita gente naquele sofá, mais gente do que deveria. Dei meia volta e vi um casal encostado em uma parede, quase fazendo sexo no meio das pessoas - eu hem -

Aquele concerteza não era meu lugar. Pensei em procurar a Bia, mas meu celular tocou antes. Era o Rodrigo. Eu não ouviria nada, então fui para o lado de fora da casa. Atendi

Ligação on

- Olha não é uma boa hora amigo - falei um pouco alto para que ele escutasse

- Onde você tá? E que música é essa?

- Por incrível que pareça, eu tô em uma festa

- Stefan Rodriguez em uma festa? Essa é nova

- Pois é. Pra falar a verdade eu nem queria estar aqui, mas a minha mais nova amiga insistiu

Meu Hetero Favorito (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora