Meu Hetero Favorito (Romance gay)

Capítulo 24- Monstro

"O capítulo a seguir irá conter cenas de abuso sexual e violência, se você é sensível ou pode ter algum gatilho com isso, sugiro que pule o capítulo"

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Estava parado em frente a mansão dos Dolabella. Fazia alguns segundos que eu tinha tocado a campainha e ouvido uma voz feminina dizer "estou indo". Enquanto esperava olhei para a casa ao lado, a casa do garoto que me ameaçou de morte segundos depois de ter me beijado

"Eu juro por deus que se eu te ver na minha frente de novo, eu te mato"

Essa frase rodava em minha cabeça quando fui tirado de meus devaneios com uma pessoa me chamando

- Stefan? - falou a Clarisse escorada na porta. Nem havia visto quando ela tinha aberto a porta

- Oi, desculpa eu tava viajando - falei sem graça

- Percebi - falou rindo largamente

- O Matheus está? - perguntei

- Tá sim, vem entra - falou dando espaço para que eu passasse

Entrei e dei alguns passos até o centro da grande sala, ouvindo os passos da Clarisse logo atrás de mim

- Ele está lá em cima no quarto dele - falou me fazendo virar para a mesma. Assenti com a cabeça

Na mesma hora, a Elizabeth entra na sala, vindo da - creio eu - cozinha, com alguns papeis na mão

- Amor você acredita que o carteiro nos entregou a correspondência do vizinho por engano de novo? - falou olhando para os papais/correspondência sem notar minha presença. Mas assim que me viu deu um sorriso e veio até mim me dando um abraço

- Nossa Stefan, que surpresa - falou me soltando. Fiquei um pouco sem graça e apenas dei um sorriso - veio ver o Matheus? - fiz que sim com a cabeça

- Eu posso ir entregar pra ele se você quiser amor - falou a Clarisse tomando nossa atenção

- Nossa amor isso séria ótimo. O pai daquele garoto me assusta - falou a Elizabeth, fazendo a sua esposa rir

Pera, elas estão falando do pai do Alan?

- Eu posso levar se vocês quiserem - falei sem pensar - que porra eu tô fazendo? - pensei. As duas me olharam confusas

- Você faria esse grande favor pra gente meu amor? - falou a Elizabeth juntando as mãos

- Sim - mais uma vez falei sem pensar

Depois de mais agradecimentos e mais abraços, elas finalmente me deram os papeis. Me arrependi amargamente assim que estava no lado de fora da casa, e quando fui andando até o gramado da casa vizinha. Minha respiração parou assim que cheguei em frente a porta da varanda

Eu sei que vocês devem está pensando que eu enlouqueci ou que eu tô tentando me matar, provavelmente estou, mas acho que a minha curiosidade é um pouco maior do que o meu medo

Eu queria saber o porquê daquele beijo sem sentido. Também queria saber o motivo do comportamento sociopata dele. No fundo eu ainda tinha esperança de que o Alan não era um assassino psicótico e que ele não queria me matar de verdade. Talvez ele tenha falado aquilo da boca pra fora, num momento de raiva. Ou talvez eu só gostava de brincar com a morte mesmo

Juntei todo o resto da coragem que eu tinha para levar minha mão até a porta, mas antes que eu batesse, a mesma foi aberta por um Alan totalmente desleixado, sem camisa, usando apenas um short moletom preto e com o cabelo, que era levemente castanho, bagunçado