Na parte da tarde eu estava sozinho em casa. A mamãe tinha ido na casa do Fernando. Eu estava de certa forma feliz por ela, a mamãe nunca ficou com ninguém desde o papai, ela também merecia ser feliz, e se o Fernando a fazia feliz, quem era eu pra me impor
A Stella havia ido no Shopping com o Alex, a amizade deles parecia tão verdadeira quanto a minha com a Bia, e era maravilhoso
Me cansei de assistir séries na tv e tive uma excelente ideia - ou péssima ideia -. Subi correndo pro meu quarto e vesti outra roupa, peguei meu celular e tinha uma chamada perdida do Nicolás
Desculpa Nic, você vai ter que esperar um pouco
Saí de casa e pedi um uber, logo eu já estava na frente daquelas duas casas, uma era de uma pessoa que eu gostava muito - e ainda gosto - mas foi embora da minha vida, talvez pra sempre. E a outra era de uma pessoa que eu queria ajudar, mas não queria a minha ajuda, mas isso não iria me impedir
Cheguei na varanda da casa e senti um arrepio na espinha. Aquela casa tinha um ar estranho, talvez até sombrio. Olhei para o lado e vi a Dona Clarisse sair de dentro da sua casa, pensei em falar com ela, mas tive medo da sua reação, então achei melhor deixar pra lá
Finalmente criei coragem e bati na porta, não tive resposta. Tentei mais uma vez e de novo ninguém respondeu
Será que não tem ninguém em casa?
Me virei pra ir embora e já estava descendo o segundo degrau da pequena escada da varanda quando ouço a porta sendo aberta
Por favor não seja o pai do Alan. Por favor não seja o pai do Alan
Ufaaaa
Soltei um suspiro de alívio quando vi que era o próprio Alan, as eu não sabia se isso era menos assustador, afinal ele já tinha me ameaçado de morte logo depois de me dar um beijo, ou seja, a bipolaridade do gato né
- Que merda você tá fazendo aqui? - perguntou me assustando com a sua voz grossa
Involuntariamente meus olhos percorreram seu corpo semi-nu, usando apenas um short de futebol azul. Seu braço ainda estava enfaixado e sua respiração um pouco ofegante como se tivesse acabado de correr uma maratona - ou tranzado - Ele também não estava usando cueca, digo isso porque seu membro parecia solto no seu short, e também seu short estava um pouco abaixo da cintura, como se tivesse sido vestido as pressas. Seu cabelo também estava bem bagunçado
- Meu olhos estão aqui em cima - falou me fazendo encara-lo - e eu te fiz uma pergunta - disse ríspido
- E-eu......só quero te ajudar - disse com a voz trêmula
- Eu não quero a porra da sua ajuda! - disse um pouco alto, mas logo voltou ao seu tom normal parecendo lembrar de alguma coisa, ele olhou pra trás, em direção as escadas de sua casa que levavam para o andar de cima - Vai embora - sussurrou
Ele virou empurrando a porta mas eu fui mais rápido e usei meu pé para impedir que a porta fechasse - o que doeu pra cacete -. Ele revirou os olhos bufando e entrou na casa, também entrei
Eu não ia desistir tão fácil
- Alan por favor me deixa te ajudar - falei o seguindo
Ele estava inquieto, como se estivesse com medo de alguma coisa ou de alguém
- Fala baixo porra! - pediu, na verdade foi mais uma ordem do que um pedido
Não estava entendo por que ele estava tão nervoso e com medo. Do que ele tinha tanto medo? Do pai dele? Não
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Meu Hetero Favorito (Romance gay)
Random"Por alguns motivos duvidosos, Stefan, sua mãe Isabella e sua irmã (rebelde) Stella, acabam tendo que mudar de cidade, e essa nova mudança inesperada, trará consequências boas e ruins, na vida deles, principalmente na de Stefan, que acabará se apaix...