Surpresa

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[ Ponto de Vista; Sanji~] 

Adoraria dizer que aquele semana estava sobre controle, na verdade, ela estava péssima. 
  Os cliente no Baratie aumentavam dia a dia, o que por um lado era muito bom, mas pelo outro, era cansativo e desgastante. Zeff tinha dito que e daria um aumento pela quantidade de tempo que estou dedicando ao restaurante, e eu agradeci muito por aquilo. Eu ganho muito bem lá, ainda mais quando eu sou o funcionário do mês, e um aumento é ótimo. Zoro não estava ajudando muito em casa, sempre que ganha dinheiro corre para gasta-lo com bebidas e apostar num bar que ia, acabávamos ficando sem comida em casa, a única salvação é que eu tenho dinheiro. 

Tinha posto uma regra em casa, e fiz até mesmo uma lista do que deveria ser feito, obriguei Zoro a assinar seu nome bem grande lá para depois dele não vir com a história que não sabia de nada o que havia esquecido. As regras eram simples, separar dinheiro para a casa, e extremamente irritante e desconcertante ter que sair sempre que for cozinhar algo, e a outra era limpar a casa todas as quintas. Por algum motivo, aquela casa fica imunda rapidamente. 

Eram coisas simples para muitos, mas para Zoro era como fazer um morto voltar a vida, tinha apenas um jeito de fazê-lo seguir as regras, o jeito era um mês sem sexo, e tenho que dizer que funcionou até agora. 
 Não sou um empregado para fazer tudo naquele merda. 

Há alguns dias, Reiju tinha me feito uma visita aqui em casa, foi muito bom revê-la sem a presença de meu pai, me senti como uma pessoa normal tendo uma conversa normal, longe de todas as merdas que vivi ouvindo. 

Massageei meus fios com o shampoo, passando um creme hidratante em seguida, não estava prestando muita atenção em minha volta, por isso não percebi quando Zoro entrou no banheiro e se aproximou de meu corpo, abraçando-me fortemente, aquilo me fez voltar à realidade. 
  Zoro beijou minha nuca e apertou minha cintura com sua mão áspera, colando seu membro em mim. — Acho melhor afastar seu pau nojento de mim antes que eu o corte, sai. — Digo, o empurrando para fora do box o fazendo bater de leve na parede. 

— Engraçado, tinha escutado você dizer que adorava ele. — Zoro tinha o fantástico poder de me tirar do sério, casa merda que ele fala é um ponto de raiva crescendo em mim. 

— Não estou a fim, sai daqui. — Peguei a toalha e a contornei em minha cintura, pegando outra para secar meu cabelo. 

— O que você tem em? — Perguntou com os braços cruzados. — Faz um mês que não transamos, minhas bolas vão ficar azuis desse jeito! — Disse enquanto me seguia até o quarto. 

— Que fiquem, não sou obrigado a fazer isso. — Digo ao me sentar na cama, pegando meu celular e olhando se tinha alguma mensagem. Um número desconhecido tinha me mandado algo, desconhecido porém eu o conhecia bem. Entrei em seu contato e uma foto de um pênis atropelou minha tela, torto e duro, nojento. 

' Então loirinho, vai me dar uma chance não? '

Ele realmente não tem noção do quão ridículo ele é, eu poderia muito bem espalhar aquilo para todos do meu trabalho e fazê-lo ser demitido. Nem tratei de responder, simplesmente apaguei aquela imagem dos infernos e querendo queimar meus olhos.  
  A cama afundou ao meu lado, o que me fez olhar Zoro que parecia chateado, mas logo deu um beijo em minha nuca e sorriu. 

— Sanji... — Chamou manhoso, massageando minha coxa com força, força que me fez soltar um baixo gemido. 

— Hum, o que é? — O olhei cansado, esperando o que ele falaria. 

— Quer sair amanhã? — Não estava esperando por aquilo, esperava algo como um pedido nada singelo para transar. Sorri e o puxei para um beijo calmo, sentindo seu corpo cair sobre o meu, reclamaria pelo peso em outro momento, mas eu estava gostando na sensação. 

— Aceito... Mas se for para aquela merda de carro parar no meio da estrada, obrigado mas eu não quero. — Zoro resmungou e revirou os olhos. 

— Não fala assim do Santoryuu.. — Ri. 

— Você é um idiota por dar nome para um carro. — Rimos, voltando a colar nossos lábios, talvez quase nos esquecendo de dormir... 

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Decidimos ir em um restaurante, a melhor opção entre as diversas que Zoro tinha me apresentado. As vezes ele não tem noção do que significa um encontro romântico. 

— Eu quero um prato de arroz primavera com bolinhas de carne ao molho branco. — Digo, procurando alguma bebida do cardápio. — Com uma água sem gás. — O garçom anotou nosso pedido e se foi, permitindo que Zoro me olhasse estranho. 

— Água sem gás? Você sempre pede vinho bem fermentado... — Murmurou.

— Não posso mudar de opinião apenas por hoje? — Zoro revirou os olhos e cruzou os braços. 

— Claro que pode, não precisa me atacar por nada. — Nossos pratos foram postos em cima da mesa, e junto dos pratos uma lata de cerveja que foi posta ao lado de Zoro. 

— Mas que porra é essa Zoro? — Perguntei irritado, vendo-o abrir como se não fosse nada. — Zoro, você me prometeu que não beberia essa semana. — Bem, eu já deveria esperar aquilo, ele quase nunca consegue cumprir as coisas que ele promete. 

— É só uma lata, e é só hoje. — Disse enquanto olhava em meus olhos. — Por que está tão irritado por eu beber? — Por um segundo pude sentir minhas veias saltarem, como ele podia ser tão idiota? 

— O problema, Zoro, é que eu não quero que o nosso filho tenha um pai alcóolatra! — Tinha dito o que tanto queria, e nem ao menos consegui continuar olhando para o rosto surpreso de Zoro que parecia desacreditado, naquele momento eu estava correndo para fora do restaurante em direção ao carro, me assustando quando senti meu braço ser segurado e Zoro parar ofegante em meu lado. 

— Por que não me disse? — Sua voz mansa soou em meu ouvido, me fazendo deixar um suspirar escapar. 

— Eu estava com medo.... — Murmurei, me virando para o mesmo quando tomei coragem. — Você tinha dito que não queria filhos, e caramba, eu só tenho dezenove anos! E-eu realmente...— Zoro me abraçou antes que eu dissesse qualquer outra coisa, soltando seus feromônios para que eu me acalmasse. 

— Eu gostei muito disso. — Disse, dando um beijo na minha testa carinhosamente, deixando que eu escondesse meu rosto em seu pescoço. — Me desculpa, tudo bem? — Pediu baixo, massageando meu coro cabeludo e deixando que eu me afundasse no mesmo. 

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Como Ser o Ômega PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora