Luffy entrou no quarto e se deitou na cama, soltando um suspiro pelo cansaço que foi a viagem.
Planejavam ir de carro, mas acabou que o carro quebrou quando estavam saindo da casa de seu tio e não ligou mais.Estava animado para os três dias que passaria lá. Tinha crescido naquele lugar e feito algumas amizades. Não via a hora de encontrar seus velhos amigos. Porém, esses reencontros nem sempre são flores...
— Ah.. — Luffy murmurou ao lembrar que prometeu enviar mensagem assim que chegasse para Kid e Law, então se apressou para fazer isso.
" Eu cheguei. " Foi o que mandou, e quando percebeu que não teria sua mensagem lida na mesma hora, desligou o celular novamente e se deitou.
Nunca gostou de andar em ônibus, sempre passava mal depois e seu avô tinha o prejuízo de o carregar até sua casa.Algumas batidas na porta de seu quarto o acordaram do estado de pré-dormindo.
— Hum, entra. — Era Sabo.
—Oi... Eu, a gente, quer dizer... — Luffy suspirou.
— Sim, pode se sentar ai. — Apontou para a cadeira no canto do quarto. Sabo se sentou lá sem discutir e esfregou suas mãos de maneira nervosa. — Então, o que você quer? — Luffy queria acabar com aquele assunto o mais rápido possível.
— Você sabe, quero me desculpar por aquilo... — Luffy desviou o olhar dos dele e assentiu.
— Não é para mim que deveria pedir desculpa. — Ele concordou.
— Já conversei com Ace, ele disse que está tudo bem... — Luffy o olhou novamente. — Sabe, eu me arrependo muito por aquilo, eu realmente sinto muito. Não quero continuar afastado de você, eu te considero um irmão, Luffy. Éramos crianças, não tive controle sobre meus atos e... Acabei fazendo aquilo. Eu sinto muito por você ter visto aquilo também. Você era muito novo, deve ter sido uma coisa... — Sabo não terminou sua frase, apenas se manteve quieto enquanto colocava seus pensamentos no lugar. — Eu obviamente não faço essas coisas, foi um erro, Luffy. Eu me arrependo muito mesmo.
— Certo, se ele te perdoou, eu te perdoo. — Luffy disse hesitante. — Só... Não vamos tocar mais nesse assunto. — Sabo assentiu. — Eu vou dormir agora, então... — Sabo deu um sorriso entristecido e concordou.
— Durma bem.. — Fechou a porta.
Luffy olhou para seus pés e respirou fundo, tentando não se lembrar daquele dia.
A casa tinha uma forte fragrância de chocolate com baunilha, o ambiente parecia se tornar pesado conforme se respirava, até mesmo para Luffy que era um ômega estava sendo difícil se manter naquele lugar.
Ace, seu irmão mais velho, tinha entrado no cio pela primeira vez. Ele tinha pedido para que fosse até a lojinha da esquina comprar alguns supressores, e simplesmente foi fazer o que ele pediu.
Porém, quando voltou, o cheiro que antes era forte aumentou absurdamente. Mas agora o cheiro de chocolate com baunilha se misturava com o cheiro de menta.
Luffy, com seus 5 anos de idade, se aproximou da porta do quarto e olhou pela fresta aberta, e arregalou os olhos com o que viu.— Sabo! Para! Por favor! — Ace gritava enquanto tentava tirar o amigo de cima de si. — Não, Não! — Sabo era um beta, mas por conta dos fortes feromônios acabou por virar um alfa nesse dia. E atacou seu melhor amigo.
Luffy tremeu enquanto olhava a cena de seu irmão sendo violado, e chorou por saber que não podia fazer nada, mas ao seu lado um abajur chamou sua atenção.
Apertou-o fortemente em sua mãos e entrou na sala, quebrando o abajur na cabeça de Sabo que desmaiou rapidamente.Ace estava assustado e chorando muito, e quando viu a imagem de seu irmão mais novo segurando o cabo do abajur com os olhinhos molhados em lágrimas se quebrou por inteiro.
Garp chegou posteriormente e tirou Sabo da casa.
Por mais que tivesse sido algo horrível, não foi por querer. Sabo guardou aquela culpa por anos sendo odiado por seus melhores amigos. Como ele poderia saber que viraria um alfa? Ele tinha apenas 13 anos..
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Como Ser o Ômega Perfeito
FanfictionPara algumas pessoas, no caso, para poucos por cento da população, se descobrir ômega é algo incrível. Mas infelizmente ou felizmente, Luffy não era um desses poucos por cento, e sim a grande maioria. Ele odiava esse fato. Claro, não poderia faze...